POV ODIN.
Minerva havia dito tudo. Cada palavra dela me atingiu como um soco no peito. Uma parte de mim queria gritar, outra queria se esconder. Senti vergonha, dor e raiva… Mas não dela, de mim, de Caspian. De toda essa situação.
Ela ficou ali, firme, mesmo carregando tanta mágoa e dor. Tão quebrada, tão frágil… e, ao mesmo tempo, tão forte. “Ela quase desaparece…” Essas palavras não saíam da minha cabeça. Minerva e Gaia quase morreram por nossa causa.
— Caspian — chamei em pensamento.
— Estou aqui. — A voz dele soou hesitante.
— Você ouviu tudo o que Minerva disse? — perguntei, tentando manter o controle.
— Sim. E eu… Odin, eu não imaginava. Juro, eu não fazia ideia de que elas sofreriam tanto. E poderiam morrer — falou, culpado.
— Você a rejeitou — rosnei mentalmente, a fúria pulsando em mim. — E por quê? Por ódio? Você sabia que ela era nossa companheira! — falei.
— Eu sei! — Caspian gritou dentro da minha mente. — Você sabe de tudo que passei com aquela maldita bruxa. Sabe por que odeio todas as bruxas. Revivi tudo que sofri no momento em que senti o cheiro de magia em Gaia — falou com rancor e dor. As palavras dele me fizeram relembrar também.
— Eu te entendo, mas Gaia era a chance que a Deusa Lua estava nos dando para curar nossas feridas — falei, mais calmo agora, mas ainda amargo.
Olhei para Minerva. Tão bela, tão determinada. E tão ferida. Ela me olhou de volta e desviou o olhar, tentando esconder o que sentia. “Eu não quero passar a vida sozinha.” Suas palavras me deram esperança. Eu também não queria ficar até meus últimos dias sozinho.
— Precisamos delas — sussurrei para Caspian.
— Eu sei. Vou consertar tudo. Mas preciso de ajuda. Odin, preciso da sua ajuda para reconquistar nossa companheira. Me ajude a trazer Gaia e Minerva de volta para nós — falou.
— Vamos conquistar nossa companheira — falei, garantindo. Eu queria protegê-las. Minerva e Gaia mereciam um companheiro que as valorizasse. E nós seremos esse companheiro.
— Minerva — falei, voltando minha atenção a ela. — Eu aceito seu acordo. Faremos isso juntos — garanti. Ela assentiu, séria.
— Gaia não pode suspeitar. Caspian precisa mudar. Ser menos… estranho — disse ela, com um toque de ironia. — Gaia já está desconfiada. Se ela descobrir o vínculo, vai rejeitar vocês de vez — falou, preocupada.
— Vamos ser discretos — prometi.
— Muito bem. Então sugiro que mudem a postura de vocês e parem de ser gentis. Caspian sempre foi rude e mal-humorado com Gaia. Se começar a ser gentil, logo Gaia vai descobrir tudo — falou.
— Quer que continuemos tratando ela mal? — perguntei, preocupado, pois não queria fazer isso.
— Não precisa ser um babaca. Mas evite esse olhar de cão apaixonado. Seja mais frio e distante. Gaia nega, mas ficou mexida com o beijo. Então podemos explorar esse ponto fraco. E Gaia gosta de parceiros mais bruto e com pegada — disse Minerva. Eu e Caspian rosnamos ao mesmo tempo.
— Que história é essa de parceiros? — rosnei, possessivo. Minerva riu.
— Então está combinado. Gaia, em hipótese nenhuma, pode desconfiar. Caspian precisa conquistá-la. Mas já aviso que não será uma jornada fácil — comentou.
— Com sua ajuda, conseguiremos — falei.
— Ótimo. Agora preciso ir, antes que Gaia estranhe a demora dessa conversa — falou, e se virou para ir embora.
Mas eu segurei seu braço e a puxei para mim. Colei seu corpo ao meu, coloquei minha mão em sua nuca e a puxei para perto. Abaixei a cabeça e minha boca tomou seus lábios com intensidade e fome. Pensei que Minerva resistiria, e estava pronto para isso. Mas ela retribuiu o beijo com fervor.
Senti uma vibração no meu corpo e um incômodo entre as pernas. Meu membro ficou rígido. Minha língua invadiu sua boca e Minerva gemeu, excitada. Foi o estopim para aprofundar o beijo e meu membro crescer ainda mais. Paramos para respirar. Afastei um pouco para olhá-la.
Minerva estava ofegante e entregue a mim. Isso me alegrou — e muito. Eu a queria ali e agora, com toda minha força. Mas eu queria que nossa primeira vez juntos fosse especial e inesquecível. Preciso apagar qualquer transa passada da mente dela. Minerva abriu os olhos e se afastou.
— Eu preciso ir — disse com um sorriso lindo. — Até a próxima — falou, e saiu apressada.
— Parabéns, Odin. Ela parece ter gostado do beijo — disse Caspian, e tomou o controle de volta.
— É claro que gostou. E digo mais: aquela lobinha ficou bastante balançada com o beijo. Eu pude sentir o cheiro doce da excitação — falei, feliz.
— Agora resta conquistar Gaia. Essa será difícil — falou.

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