O Amor de Um CEO romance Capítulo 51

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Parte 1...

Matteo

Ana ainda não tinha voltado, mas eu preciso falar com ela sobre a ida ao cartório. E outras coisas também.

Engraçado, estou ansiosos e faz muito tempo que não me sinto assim. Talvez a situação nova seja a responsável. Ainda não me acostumei.

É estranho demais essa parte de ter alguém ao meu lado. Mas pelo menos Ana me parece ser bem mais fácil de lidar, do que se fosse uma de minhas ex amantes, que iriam querer atenção o tempo todo e depois ficariam me cobrando por tudo.

Meu celular tocou. Era um dos funcionários querendo saber sobre uma reunião que estava marcada e que eu tinha me esquecido completamente.

Quem me lembrava dos compromissos era a Ana e com isso dela entrar em minha vida, nem me toquei, mas vou ter que achar alguém competente para ocupar o lugar dela.

Preciso falar com ela sobre nossa ida à casa de meu irmão. Tenho que deixá-la por dentro de como é minha relação com ele e dar uma breve história sobre o casamento de Lucas.

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Ana

Eu tenho que pegar algumas coisas minhas que ficaram na empresa. Matteo disse que devo parar de trabalhar porque se seremos marido e mulher, as pessoas vão começar a questionar essa parte.

Eu sabia que ele era machista, já tinha percebido pelo modo como aje na empresa, mas conversando com ele de forma mais íntima, entendi que tem muito mais de machista por trás, do que eu já tinha visto no trabalho.

Mas terei tempo de aprender mais sobre ele. Matteo me parece solto para falar, mas notei que dá uma travada quando o assunto envolve família.

— Ei, moça!

Virei na direção do chamado. Era uma das assistentes do setor de marketing, vindo em minha direção. Pelo sorriso acho que sei que vem fofoca nova por aí. Só espero que não seja sobre mim.

— Oi!

— Menina, estava doida pra ver você - ela foi segurando meu braço.

— Ah, é? - sorri meio de lado.

— Preciso te perguntar uma coisa - ela me puxou de lado, perto do canteiro de rosas — Não me enrola, fala direto… É verdade que você á pegando o chefe?

— E-eu? - dei uma leve gaguejada.

— É o que estão falando nos corredores - ela deu uma risadinha se balançando toda — E aí? Como ele é na cama? Vale a pena aguentar aquela gritaria dele? - apertou meu braço.

Juro que fiquei travada, minha mente ficou limpa e não sabia o que responder. Ainda não tinha acertado essa parte com Matteo.

Uma coisa era responder à empregada dele que me pegou de manhã na casa. A mentira saiu normal e fácil ali. Só que aqui na empresa é mais complicado.

O que eu devo dizer? A gente não combinou por completo essa parte?

— Olha, não acho que seja legal ficar falando sobre essas coisas, ainda mais sendo ele nosso chefe e também aqui dentro da empresa.

— Bom, isso é verdade, mas estamos curiosos… Você tem que contar.

— Desculpe, não tenho que contar nada - dei um sorriso singelo e me afastei, entrando no prédio.

Assim que cheguei no escritório, já ouvi a voz do Matteo e pelo jeito estava reclamando com alguém. Nenhuma novidade nesse ponto.

A porta da sala dele se abriu de vez e um funcionário saiu de lá de dentro com os olhos arregalados. Coitado. Me deu até vontade de rir.

Parei ao lado da porta e bati de leve. Ele se virou de cara feia e já ia falar algo quando viu que era eu. Veio andando rápido até mim e me puxou de vez para dentro, quase me fazendo cair.

— Ai, Matteo… Eu quase caí - reclamei e olhei para ele, que tinha um sorriso meio idiota na cara — O que foi?

— Você me chamou de Matteo.

— É o seu nome, não é?

— É… - ele mexeu o ombro — Só que não estou acostumado a que você me chame assim - riu.

— Se quiser, eu posso te chamar pelos nomes que os funcionários te chamam, pelos corredores - segurei o riso.

— Você está engraçadinha - ele parou em minha frente — E por que? Você já era assim e se escondia ou tem algum motivo novo?

— O motivo novo é que estou feliz - mexi os ombros — Já acertei tudo no hospital para a transferência da Acácia.

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