Resumo do capítulo Capítulo Dezenove - Ana e Matteo do livro O Amor de Um CEO de Ninha Cardoso
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo Dezenove - Ana e Matteo, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O Amor de Um CEO. Com a escrita envolvente de Ninha Cardoso, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Parte 1...
Matteo
Ana ainda não tinha voltado, mas eu preciso falar com ela sobre a ida ao cartório. E outras coisas também.
Engraçado, estou ansiosos e faz muito tempo que não me sinto assim. Talvez a situação nova seja a responsável. Ainda não me acostumei.
É estranho demais essa parte de ter alguém ao meu lado. Mas pelo menos Ana me parece ser bem mais fácil de lidar, do que se fosse uma de minhas ex amantes, que iriam querer atenção o tempo todo e depois ficariam me cobrando por tudo.
Meu celular tocou. Era um dos funcionários querendo saber sobre uma reunião que estava marcada e que eu tinha me esquecido completamente.
Quem me lembrava dos compromissos era a Ana e com isso dela entrar em minha vida, nem me toquei, mas vou ter que achar alguém competente para ocupar o lugar dela.
Preciso falar com ela sobre nossa ida à casa de meu irmão. Tenho que deixá-la por dentro de como é minha relação com ele e dar uma breve história sobre o casamento de Lucas.
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Ana
Eu tenho que pegar algumas coisas minhas que ficaram na empresa. Matteo disse que devo parar de trabalhar porque se seremos marido e mulher, as pessoas vão começar a questionar essa parte.
Eu sabia que ele era machista, já tinha percebido pelo modo como aje na empresa, mas conversando com ele de forma mais íntima, entendi que tem muito mais de machista por trás, do que eu já tinha visto no trabalho.
Mas terei tempo de aprender mais sobre ele. Matteo me parece solto para falar, mas notei que dá uma travada quando o assunto envolve família.
— Ei, moça!
Virei na direção do chamado. Era uma das assistentes do setor de marketing, vindo em minha direção. Pelo sorriso acho que sei que vem fofoca nova por aí. Só espero que não seja sobre mim.
— Oi!
— Menina, estava doida pra ver você - ela foi segurando meu braço.
— Ah, é? - sorri meio de lado.
— Preciso te perguntar uma coisa - ela me puxou de lado, perto do canteiro de rosas — Não me enrola, fala direto… É verdade que você á pegando o chefe?
— E-eu? - dei uma leve gaguejada.
— É o que estão falando nos corredores - ela deu uma risadinha se balançando toda — E aí? Como ele é na cama? Vale a pena aguentar aquela gritaria dele? - apertou meu braço.
Juro que fiquei travada, minha mente ficou limpa e não sabia o que responder. Ainda não tinha acertado essa parte com Matteo.
Uma coisa era responder à empregada dele que me pegou de manhã na casa. A mentira saiu normal e fácil ali. Só que aqui na empresa é mais complicado.
O que eu devo dizer? A gente não combinou por completo essa parte?
— Olha, não acho que seja legal ficar falando sobre essas coisas, ainda mais sendo ele nosso chefe e também aqui dentro da empresa.
— Bom, isso é verdade, mas estamos curiosos… Você tem que contar.
— Desculpe, não tenho que contar nada - dei um sorriso singelo e me afastei, entrando no prédio.
Assim que cheguei no escritório, já ouvi a voz do Matteo e pelo jeito estava reclamando com alguém. Nenhuma novidade nesse ponto.
A porta da sala dele se abriu de vez e um funcionário saiu de lá de dentro com os olhos arregalados. Coitado. Me deu até vontade de rir.
Parei ao lado da porta e bati de leve. Ele se virou de cara feia e já ia falar algo quando viu que era eu. Veio andando rápido até mim e me puxou de vez para dentro, quase me fazendo cair.
— Ai, Matteo… Eu quase caí - reclamei e olhei para ele, que tinha um sorriso meio idiota na cara — O que foi?
— Você me chamou de Matteo.
— É o seu nome, não é?
— É… - ele mexeu o ombro — Só que não estou acostumado a que você me chame assim - riu.
— Se quiser, eu posso te chamar pelos nomes que os funcionários te chamam, pelos corredores - segurei o riso.
— Você está engraçadinha - ele parou em minha frente — E por que? Você já era assim e se escondia ou tem algum motivo novo?
— O motivo novo é que estou feliz - mexi os ombros — Já acertei tudo no hospital para a transferência da Acácia.
— Isso…
Ele abaixou o rosto sobre o meu e seus lábios tocaram de leve minha boca. Engoli em seco. Ele ia me beijar.
Senti de imediato um arrepio e minhas mãos tremerem com o toque. De novo minha mente deu um branco e não consegui pensar em nada mais.
Os lábios dele forçaram os meus de leve e senti a ponta de sua língua. Nossa, isso me deu um calor diferente. Apertei as mãos e fechei os olhos.
Nossa, eu deixei meu corpo me dizer o que fazer. Não tinha ninguém ali e a gente não precisava desse beijo.
O plano era fingir uma intimidade apenas quando a gente estivesso perto de alguém, na rua ou algo assim, porque poderíamos ser visto e isso ajudaria para comprovar que ele já tinha alguém antes mesmo de ter feito a leitura do testamento. Ali não tinha ninguém.
Nem percebi e dei um passo adiante, ficando mais próxima dele. Senti uma de suas mãos em minhas costas, me puxando de encontro ao seu corpo e a outra mão desceu para meu pescoço, me segurando no lugar.
Jesus! Que beijo era aquele? Matteo estava querendo provar algo ou apenas era assim mesmo que ele agia com todas as outras?
Comecei a retribuir o beijo. Foi por instinto mesmo. Eu nem me recordava de algum dia na vida ter dado um beijo como esse.
A língua dele buscava a minha e fazia minha pulsação acelerar. Eu quase conseguia sentir meu sangue percorrendo minhas veias apressado, levando informações para meu corpo todo.
Não sei se eu sou tonta com relação a isso ou se é normal ter essa reação ao ganhar um beijo.
Só sei que nem me toquei onde estava, com quem estava e porque.
Pra mim pareceu normal retribuir ao beijo, ainda que minha mente estivesse gritando para eu sair de meu sonho e encarar a realidade.
Era Matteo ali e ele estava fazendo aquilo porque precisava de mim, não porque gosta mesmo de mim.
Só que eu também não gosto dele. É apenas meu chefe. Ou ex chefe. Agora nem sei mais. Eu também quero algo dele. Quero seu dinheiro e o que ele vai me dar de oportunidades na vida.
Até já comecei a usufruir. Estou eufórica por poder ajudar Acácia e isso está me deixando fora de mim. Eu sei que tem a ver uma coisa com a outra. Não é por causa dele de verdade. É porque estou começando a corrigir minha vida.
É isso. Só por isso.
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