Resumo do capítulo Capítulo 9 O positivo do livro O bebê do bilionário de Ravenna
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 9 O positivo, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O bebê do bilionário. Com a escrita envolvente de Ravenna, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.
— O quê? — perguntei, sorrindo como se fosse uma piada.
— Seu exame de sangue deu positivo para uma possível gravidez.
Eu me endireito e ouço meu próprio batimento cardíaco em meus ouvidos. Eu respiro fundo, trêmula. Caramba. Estou um pouco nervosa. Nervosa a ponto de ouvir coisas.
Mas então, a médica repente..
— Não... Não... Não... O que você tá dizendo? — respirei fundo e saí da maca.
— Deseja que eu chame alguém? — Ela finalmente me olhou, tirando os olhos do exame.
— Não! — gritei. — Eu não quero ver ninguém! Eu quero refazer esse exame.
— Ok. Se quiser, podemos fazer um exame de ultrassom transvaginal.
— Claro. — Assumi de forma pouco grosseira.
— Só um momento. Vou trazer o equipamento para cá. Quer que eu peça para alguém vir ficar com você? A sua sala de visitas está cheia.
— Não! Apenas quero acabar logo com isso e voltar para casa. Por favor — sussurrei. Minha voz abaixando alguns decibéis— Não diga nada a ninguém. Eu preciso de um tempo para assimilar isso tudo.
— Tudo bem — ela disse, abrindo a porta. — Sigilo médico. Melhor ir ufazer xixi. —Em seguida, deu uma piscadela.
O exame só podia estar errado! Eu me lembro bem do dia em que eu e Luck transamos, nós usamos camisinha. A minha anemia pode ter dado alguma alteração no exame. Minhas mãos suavam frio, eu estava inquieta. Subia e descia da maca, aquele exame estava errado.
Passei minutos, que se pareciam horas, dias, anos, assim.
Até que a médica voltou, empurrando um carrinho contendo muitos equipamentos. Minutos depois, ela havia instalado tudo. Deitei na maca ginecológica, que se escondia atrás de uma cortina. Senti-me um pouco envergonhada por estar exposta daquela forma, mas queria acabar de uma vez com aquilo. Ela se sentou em um banquinho na minha frente. Vi quando colocou o gel no equipamento devidamente encapado com uma camisinha. Ela disse:
— O exame não é doloroso, só uma pequena parte das mulheres sente desconforto. Apenas uma pequena porção do transdutor é colocada dentro da vagina. Não se preocupe, não vai doer. — Ela sorriu docemente.
Eu estava tão ansiosa que nem consegui sorrir de volta. Porque ela tinha que dizer que uma pequena parte sentiu desconforto? E se eu estivesse na estatística da minoria? Apenas concordei com a cabeça.
Ela introduziu o transdutor calmamente, mas não pude evitar de me sentir invadida. Mexi-me de forma desconfortável.
— Você precisa relaxar — ela disse. — Eu não vou te machucar, mas você
precisa relaxar o corpo.
— Ok — eu disse, fechando os olhos.
Novamente ela introduziu. Mas aquilo era péssimo. Tudo para provar que ela estava errada. Espremi meus olhos como se o tempo fosse correr mais rápido.
Bop bop bop bop.
Aqui está ele — ela disse, sorrindo. — Esses são os batimentos, consegue ver?
Abri meus olhos e vi uma pequena mancha na tela.
— Não, não! Deus! — Foi a primeira coisa que consegui dizer. Aquilo nem mesmo parecia um batimento, estava mais para um ruído. Botei as mãos na boca enquanto chorava. — É um bebê?
— Sim — ela disse. — E mede cinco milímetros, o seu peso é de aproximadamente um grão de arroz.
Em seguida, tirou o equipamento.
— Está com cerca de seis semanas.
— Não, não, não... — Eu estava em choque. — O que eu vou fazer agora?!
Chorei baixinho. A médica, que pareceu se comover, aproximou-se, acariciando os meus ombros.
— Se quiser, posso pedir para alguém entrar. As pessoas da sala de espera estão com os nervos à flor da pele. Vai fazer bem para você ter alguém para compartilhar isso.
Eu não respondi. Estava em choque. E só conseguia chorar.
Minutos se passaram enquanto ela imprimia o papel do ultrassom, a prova física de que aquilo estava mesmo acontecendo.
— Aqui está! — ela disse, entregando-me um envelope branco com ultrassom. — Você vai precisar começar um acompanhamento pré-natal o mais breve possível e tomar as vitaminas necessárias, além de se alimentar de forma adequada para que não passe mal de novo. Se desejar manter a gestação, isso pode ser muito prejudicial para você e o bebê.
Eu não conseguia responder, apenas sinalizei com a cabeça e apoiei os exames na mesa ao lado.
— Você provavelmente vai precisar de alguém que te ajude caso essas quedas de pressão continuem, e de acompanhamento médico preciso. Tirando isso, você está bem e já está de alta. — Em seguida, ela saiu, deixando-me sozinha.
É, definitivamente consegui concluir que a vida não é justa. Como aquilo podia estar acontecendo comigo? O que eu ia fazer? Como ia contar para Madeleine? Como ia contar para o Luck? Sim, eu estava ferrada.
Abotoei o último botão da minha calça jeans e vesti minha camisa. Que haviam trago para mim, pois a anterior estava com vômito. Quando Alice abriu a porta, fiquei sem reação. Será que ela sabia? Será que desconfiava?
— Deus! Você quase nos mata do coração. — disse Vivian, que entrava atrás dela.
Soltei um sorriso triste.
— O que é? Não está com nenhuma doença terminal, né? — Abraçou-me forte.
— Não. — Pigarreei. — Apenas uma anemia boba.
— Não parecia boba. Pensei que estava morrendo. Posso rir agora, mas realmente foi assustador. A sorte é que estava com Mateus e ele ajudou te carregando.
— Agradeço, meninas. Mas não era nada de mais, prometo me cuidar melhor agora.
— Sim, você vai — disse Alice. — Sua mãe está vindo, Nicole. Ela pegou o primeiro voo quando Mateus ligou para ela contando o ocorrido.
— Nós não pudemos nem interferir. Não sabíamos o que você tinha, não
Quando isso aconteceu? — Alice perguntou.
— Na noite da nossa formatura.
Alice soltou um assovio baixo.
— Luck é mesmo um filho da puta. A gente pode ir até a casa dele. Ir na policia, não sei. Deu um sorriso triste. — Oque eu sei é que no seu estado, nenhum cara deveria transar com uma mulher.
— A gente pode falar com meu pai, pedir para darem uma surra nele. — Vivian sugere.
— Não. — Alice avisa. — Esqueceu que ele é filho do prefeito. Ouvi dizer que ele tem conexões perigosas. Nicole não precisa de mais problemas.
— Sendo assim, o que você vai fazer?
— Eu não sei. — Respondo a Vivian, sentando na maca atrás de mim.
— Você vai tirar esse bebê, né? Você não pode ficar com essa criança, o Luck nunca assumiria esse filho. E ainda tem Madeleine.
Meu estômago revira com suas palavras.
— Sim, eu sei — respondi. — Mas ele precisa saber.
Vivian riu, mas era lamentável, infeliz.. — Qual é o seu problema? Sério. Posso até estar enganada, mas juntando as peças, dá para perceber que ele abusou de você. Você não tem a quem recorrer Nicole.
— Sim, eu sei. — Limpei as lágrimas escorrendo em meu rosto. — Mas ele precisa saber.
— Ok, eu lavo as minhas mãos. Você precisa começar encarar a realidade. Olha onde essa paixão platônica te levou. Você é linda, podia ter tido qualquer garoto decente dessa cidade. Mas não, precisou experimentar a única pessoa que não presta. E pior, engravidar dele. E ainda pior, alimentar a esperança de que esse pedaço de merda que ele é, assumirá você e essa criança. De verdade, eu tentei alertar você que Luck não era o mocinho. Eu amo você, e por isso que temo, que se levar essa história adiante, quebrará o seu coração de uma maneira irrecuperável. Você teve todas as chances para escolher certo e acabou de ferrar a sua vida. E sabe, mesmo que não queira assumir, que sua melhor chance é se livrar desse bebê— Ela jogou seus olhos em direção à minha barriga. —Eu te levo a um lugar e ninguém ficará sabendo que isso um dia aconteceu.
— Você não precisava ser tão má. —As palavras foram ditas debaixo de sua respiração tensa. — Por Deus Vivian. — Ela sussurra infeliz. — E não acho que seja a melhor pessoa para dizer coisas assim, você sabe o porquê! — Alice estreitou os olhos para Vivian, que estava entre nós. Ambas compartilhando um segredo do qual eu não fazia ideia.
— Alice, eu só disse o que você queria dizer há muito tempo! Você não tem mais dez anos, Nicole, vê se cresce.
— Eu queria ter contado, juro, só não sabia como. Eu estava tão confusa... — Suspirei fundo entre os soluços. — Nunca pensei que Luck me trataria assim.
— Nicole, por favor... — Alice disse, alisando meus braços carinhosamente de cima para baixo. — Se ele lhe fez algo, se você não queria, ou se ele te forçou, você precisa nos falar. Não há vergonha nisso, mas nós precisamos saber de tudo.
— E que credibilidade eu tenho? — falei. — Eu quis! Subi para o seu quarto por livre e espontânea vontade. — Limpei meu rosto. — E mesmo não querendo continuar, em nenhum momento eu fui corajosa para dizer para ele parar, para dizer não.
— Eu sinto muito que esteja passando por isso Nicole. — Vivian completa. — Mas você não precisava chegar a esse ponto para poder enxergar a verdadeira face do Luck, que estava lá o tempo todo, você apenas não quis ver. Nem quero pensar em como esse caminho será longo para você. — Ela disse baixo e, em seguida, saiu batendo a porta.
— Ei, tá tudo bem. — Alice me abraçou. — Ela só precisa de um tempo. Todas cometemos erros.
Caí no choro por muito tempo. Saímos e fomos para casa. Ela quis dormir
comigo, mas preferi ficar sozinha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O bebê do bilionário
Está faltando capítulos autora...
Cadê o resto dos capítulos?...