O Cafajeste já tem Dona romance Capítulo 25

Resumo de Capítulo 25: O Cafajeste já tem Dona

Resumo do capítulo Capítulo 25 do livro O Cafajeste já tem Dona de Érica Mayumi

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 25, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O Cafajeste já tem Dona. Com a escrita envolvente de Érica Mayumi, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Embora a luz estivesse acesa, Elena dormia profundamente. Não havia nem sinal dos meus filhos.

Deveriam estar no berçário. Se por um lado senti uma onda de desilusão por não tê-los por perto, por outro lado imaginei que fosse o melhor. Já que se fosse de outro modo, não conseguiria dormir. Ficaria ali, acordado, velando o sonho dos três.

Deitei na poltrona reclinável, já que não havia outro lugar para dormir, apaguei a luz e tentei dormir.

Embora estivesse cansado, demorei a pegar no sono. Foram muitas emoções para um dia só e eu ainda sentia um pouco daquela adrenalina correr pelas minhas veias.

Saí da Inglaterra carregando o título de maior covarde do mundo.

Entrei naquele hospital com o título de maior imbecil do mundo.

E sairia do hospital segurando o título de pai.

Eu me sentia o homem mais afortunado do mundo. Tinha cometido uma burrada atrás da outra com Elena, enquanto ela só trouxe mais alegria para a minha vida.

Sabia que aqueles bebês eram um voto de fé que eu estava recebendo do destino. A chance de poder provar a Elena que eu mudei, que sou um homem melhor, que me importava com ela e os meus filho, a minha família, acima de tudo.

O caminho a ser percorrido não era reto e nem plano. Muito pelo contrário. Eu conhecia Elena o suficiente para saber que ela faria da minha vida um inferno até que eu conseguisse tocar seu coração novamente.

E pensar que um dia aquele coração me foi dado sem pedir nada em troca...

Nada mais justo que agora eu lutasse para tê-lo novamente.

Só então eu poderia dizer que era um homem inteiro novamente. Até lá, sempre estaria faltando um pedaço meu.

ELENA

Quando despertei, não estava do outro lado, como imaginei. Eu ainda andava pelo mundo dos vivos. 

O sol entrava pelo janela aberta e eu estava em um quarto de hospital. 

Meu corpo inteiro doía. A dor nas costas me matava. Sem contar outros músculos que nem sabia que possuía. 

Ao meu lado, deitado em uma poltrona, estava Thiago dormindo. 

Então me lembrei do que tinha acontecido. 

Ele passou doze horas em pé, ao meu lado, segurando minha mão enquanto eu a esmagava por causa da dor. 

Nada  mais justo do que deixá-lo dormir em paz. Deveria estar cansado tanto quanto eu. 

Onde estaria Jean? 

Em algum lugar da minha memória, parecendo ter acontecido há muito tempo, lembrei que Jean havia me acompanhado até o hospital também. 

Olhei em volta, vendo que faltava mais uma pessoa. Ou melhor, duas pessoinhas. 

Eu pensei que os filhos ficassem com as mães nos quartos depois que nascessem. 

Ainda estava sendo um choque saber que eu era mãe, e ainda por cima em dobro! Quando eu esperava que só nascessem dali a dois meses. 

Eu teria que trabalhar duas vezes mais para mantê-los. Meu salário não era assim tão bom, para sustentar duas crianças. Logo eu teria que procurar um emprego melhor. 

Ainda  mais quando pensava que precisaria de outro berço, mais roupas e de um lugar maior para criar duas crianças. 

Meu Deus... Como seria minha vida dali em diante? 

Deixando todos os problemas de lado, me levantei da cama. 

Não sabia se poderia levantar, mas como ninguém deu recomendação alguma e as dores não eram tão terríveis a ponto de não  conseguir levantar, desci da cama, querendo chegar ao banheiro. 

- O que pensa que está fazendo?! – Thiago perguntou, se levantando também e vindo ao meu encontro, me amparar. – Não deveria estar de pé, não sente dores? 

- Um pouco, mas preciso usar o banheiro. Onde estão os bebês? 

Ele colocou um braço em volta da minha cintura, dizendo:

- Vou te ajudar, então. Apoie-se em mim. E ainda não trouxeram nossos filhos para cá, talvez tragam hoje. – Fez uma pausa, então acrescentou – Elena, não estamos dançando. Quer fazer o favor de se apoiar em mim? 

- Eu posso ir sozinha ao banheiro. – Falei, ainda parada no meio do quarto, sem usá-lo como apoio. 

Ele suspirou. 

- Poderia, só hoje, me deixar ajudá-la? Detestaria que meus filhos  ficassem órfãos de mãe por ser tão teimosa. 

Então joguei todo o peso do meu corpo em seus braços, frustrada. O peso foi tão repentino que ele chegou a cambalear. Então se estabilizou e praticamente me carregou até o banheiro. Me recusei a andar. Se ele queria que eu agisse como uma inválida, então que assim fosse. 

Ele me depositou lá dentro e fechou a porta quando saiu. 

- Ei! – Exclamei antes que a porta fechasse completamente – Não tem medo de que me afogue na  privada se tentar usá-la sozinha? 

Não obtive uma resposta. 

Quando saí do banheiro, eu tinha visitas. 

Era Jean quem estava no quarto, segurando um bebê em cada braço. Nem sinal de Thiago por perto. 

Me aproximei, querendo olhá-los como não pude fazer logo após o parto. 

Usavam roupinhas brancas, umas das primeiras que compramos. 

Pude distinguir alguns traços de Thiago, como o nariz e a boca. E os olhos. Fiquei um pouco frustrada ao perceber que saíram mais  parecidos com ele do que comigo, que os carreguei durante meses na barriga. 

A vida era tão injusta! 

Embora me sentisse um pouco traída pelos meus próprios filhos, segurei-os quando Jean me ofereceu. 

Então uma enfermeira apareceu e disse:

- Que bom que já saiu do banho. Está na hora de alimentá-los. 

Jean saiu do quarto, me dando privacidade. 

Ela me instruiu como deveria segurá-los, enquanto cada um tomava um peito. 

- Sim. Precisamos de mais três nomes para dar a ela. 

- Não precisa ser três. – Ele riu – Mas poderia ser um nome composto. 

- E qual outro nome você sugere? – Perguntei. 

- Eu gosto de Katherine. 

- Elizabeth Katherine? – Fiquei indecisa. 

- Elizabeth Katherine Green Evans. – Ele  disse, com tanta convicção que aos meus ouvidos soaram como o nome de uma rainha. E eu não tive mais dúvidas. Era o nome perfeito. 

- E ele? – Perguntei. – Vai ter um nome da plebe? 

- Todo príncipe que faz par com uma princesa precisa de um nome real também. – Ele fez uma pausa – O que você acha de Alexander? Poderia chamá-lo de Alex como apelido. 

- Gosto de Alexander. Só Alexander? 

- Claro que não! Eu gosto de Philip.

- Alexander Philip Green Evans. Gostei.

- Perfeito então!

Lizie e Alex já estavam saciados e dormiam profundamente em meu colo. 

- Me dê. – Thiago estendeu os braços – Para que você possa cobrir os seus... 

Ele não terminou a frase. 

Fiquei intrigada quando o vi corar. 

Passei Lizie e Alex para ele, que não desgrudava os olhos dos meus mamilos inchados. Demorei um pouco para conseguir desembolar a camisola de hospital caída até a cintura. Quando havia conseguido, Thiago exclamou:

- Pelo amor de Deus, mulher! Cubra logo esses peitos! Está me deixando louco! 

Rapidamente, subi a camisola. 

Percebi quando ele soltou a respiração que estava segurando, e seus ombros relaxaram um pouco. 

O clima ficou um pouco tenso, então perguntei:

- Onde você estava? 

- Ah, quase me esqueci. Olhe o que eu comprei. 

Ele depositou nossos filhos na cama,  foi até a porta e a abriu, mostrando o que estava dependurado na porta. Era um enfeite entrelaçado, em rosa e azul, com os dizeres “Bem vindos à família”. 

Não era nada demais. E, obviamente, foi comprado às pressas. Mas isso não impediu que lágrimas viessem aos meus olhos. Embora eu ainda estivesse tremendamente irritada com ele, por tudo, era bom ver quanta consideração ele tinha pelos nossos filhos.

As lágrimas escorreram pelos meus olhos. Não pude evitar.

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