O Cafajeste já tem Dona romance Capítulo 32

Resumo de Capítulo 32: O Cafajeste já tem Dona

Resumo do capítulo Capítulo 32 do livro O Cafajeste já tem Dona de Érica Mayumi

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 32, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O Cafajeste já tem Dona. Com a escrita envolvente de Érica Mayumi, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

- Fiquem. – Ordenei.

- Jamais. – Tyler falou – Estou louco por uma boa briga de bar.

- Não faça isso, Thiago. Ela só está dançando. Pode perder o emprego se você se envolver em alguma briga por causa dela. – Jonathan, como sempre, tentando apaziguar os ânimos.

- E o que espera que eu faça? Que fique vendo enquanto ele a toca com as mãos e outros coisas também? – Retruquei.

Ele não disse mais nada, mas também não ficou para trás. Me seguiu até o bar.

Quando estava perto o suficiente, tive consciência do momento em que seus olhos pousaram em mim. Ela arregalou os olhos e eu ordenei a ela:

- Desça já daí!

Então me virei para o babaca e acertei um murro em seu nariz. Ele cambaleou para trás com o impacto, segurando o próprio nariz. Levou cerca de cinco segundos para que revidasse.

E a boate virou um caos.

Enquanto levava e distribuía socos, percebi que talvez não tivesse sido uma boa ideia começar aquilo. O cara não estava sozinho e, enquanto brigávamos, percebia que Jonathan, James e Tyler também brigavam, tentando me ajudar. Se não fosse por eles, talvez eu já teria desmaiado no chão. Eram mais do que imaginei que fossem.

Não sei o que me atingiu. Só sei que tudo ficou escuro e eu apaguei.

Talvez eu tivesse sido atingido por um dos seguranças tentando nos apartar. Ou talvez o imbecil tivesse conseguido me atingir com aquele soco que estava mirando. Seja lá o que tivesse acontecido, em nada aplacou a minha raiva pelo que tinha visto.

ELENA

Quando vi o ringue que aquele bar tinha virado, não hesitei em chamar os seguranças. Tentei proteger as garrafas para que ninguém tivesse a ideia imbecil de usá-las como armas. Ou as coisas poderiam ficar piores do que já estavam.

Vi quando Thiago se aproximou, com o mesmo olhar insano daquela última manhã antes que eu desse à luz. Quando a ordem chegou até meus ouvidos:

- Desça já daí! – Eu tinha certeza que as coisas não seriam boas, nem para mim e nem para aquele idiota que eu tentava impedir que passasse as mãos em mim.

Desci do balcão, não porque ele mandou, mas porque eu precisava chamar os seguranças. E, por um instante, amaldiçoei Jean por colocá-los somente nas portas e áreas internas onde ninguém tinha acesso além dos funcionários, fazendo com que tivesse que andar muito antes de encontrar qualquer um dos caras de preto.

Em meio ao desespero de alguém terminar morto, o caminho se fez eterno, antes que conseguisse alcançar a porta principal.

Esbaforida, segurei o braço de um deles, dizendo:

- Preciso de ajuda. Está tendo briga lá no bar.

Antes que desse por mim, já haviam dois seguranças correndo na direção que apontei, quando percebi:

- Eu acho que vai precisar de pelo menos uns dez seguranças para aplacar aquela briga.

Pelo comunicador preso ao ouvido de um deles, outros seguranças foram chamados, já que a porta não poderia ficar sem supervisão.

Quando vi, a briga já havia terminado. E um dos homens de preto se aproximou de mim, perguntando:

- Devo colocá-los para fora, senhora ? – Eu havia me esquecido que, na ausência de Jean, era eu quem estava responsável por tudo o que acontecia lá dentro. Então falei:

- Não. Leve-os até o escritório. Quero conversar com eles.

- Acho que não caberão todos lá dentro. – Ele me avisou.

Então reparei na quantidade de homens que estavam brigando. E disse:

- Só leve aqueles quatro. – Apontei. Supus que três deles deviam ser amigos de Thiago, já que entraram na briga também. Reparei que Thiago estava tendo que ser carregado por dois dos seguranças, já que estava desacordado. – O resto pode colocar na rua. – Acrescentei.

Ele foi transmitir as minhas orientações aos seus colegas, quando percebi que deveria subir na frente para encontrar um lugar mais quieto onde Lizie e Alex pudessem continuar dormindo sem tanto barulho.

Subi as escadas correndo e entrei no escritório, onde havia um segurança do lado de dentro, parado perto da porta. Quando me viu, ele disse:

- O senhor Jean me mandou tomar conta deles e avisá-la caso acordassem. Mas continuam dormindo.

- Certo. Obrigada. Você já pode ir.

Ele assentiu e saiu.

Peguei meus filhos, olhando em volta, pensando onde seria melhor colocá-los. No banheiro ou na copa?

Decidi pela copa, já que o banheiro era pouco higiênico para dois bebês sem imunidade. Coloquei-os em suas cestinhas de transporte e depositei em cima da bancada da copa, saindo e fechando a porta logo em seguida.

Prevendo que as pessoas entrariam no escritório berrando e fazendo escândalo, corri para calar a boca de todos antes que Lizie e Alex acordassem aos berros e ninguém mais tivesse descanso.

- Muito bem, agora prestem atenção! – Meu tom autoritário acabou com qualquer ruído proveniente daqueles três homens e seis seguranças, já que Thiago, o principal causador de tudo aquilo, ainda estava dormindo como uma princesa, e eu não poderia descarregar a minha frustração nele, ainda.

O cara mais perto de mim exclamou:

- Uau! Você é ainda mais linda de perto. Posso enfiar minha boca no seu decote?

Estava obviamente embriagado. Embora ainda conseguisse se manter de pé, o que provavelmente significava que não tinha bebido mais do que os outros.

- Nós entendemos que não estava acontecendo nada naquele balcão, a não ser uma bartender fazendo o seu trabalho. – Um dos caras no sofá falou. – Mas não podíamos deixar que nosso amigo comprasse uma briga sozinho e corresse o risco de apanhar. Tínhamos que ajudar.

- Qual o seu nome? – Perguntei.

- Jonathan. E esse aqui é o James. – Ele apontou para o cara ao lado dele.

- Certo. Jonathan, James e Tyler, a próxima vez que vocês quiserem ajudar um amigo, ainda mais se esse amigo for Thiago, talvez o melhor a fazerem por ele é arrastá-lo para bem longe das brigas, e não acompanhá-lo. Assim nenhum dos quatro vão apanhar. Não parece mais inteligente?

- Não sei. – Tyler respondeu. – Minha mente está devagar agora.

- Sim. Faremos isso. – Jonathan respondeu. E James assentiu.

Guardando todo o meu ódio para quem realmente merecia, perguntei a ninguém em especial:

- Então, como foi que vocês se conheceram?

Enquanto curava seus ferimentos, eles me contaram histórias sobre suas aventuras na época da faculdade, e como todos acabaram trabalhando juntos na empresa de Thiago. Todos pareciam ter Thiago em alta estima, como um herói. Esse Thiago do qual eles me falavam não parecia em nada com o que eu conhecia, que traía, mentia e fazia escândalos. Embora talvez tivesse alguma ligação com aquele Thiago que me deu a casa de presente. Um gesto altruísta, que se encaixava melhor com o homem que eles me diziam que era do que com o qual eu estava acostumada.

Foi cerca de meia hora depois, quando eu praticamente já havia me esquecido de Thiago largado no chão, que ele resolveu acordar.

- O que aconteceu? – ele gemeu, colocando a mão atrás da cabeça. Deveria ter batido a cabeça quando caiu.

- Aquele soco apagou você. – Tyler confidenciou.

- Qual dos socos? – Ele perguntou.

- Provavelmente o último que você se recorda.

- Sente-se aqui para que sua esposa possa cuidar de você. – Jonathan falou.

Nem à pau que eu cuidaria dele! Ainda estava muito zangada pelo escândalo que ele fez. E ainda nem sabia o motivo exato que o fez agir daquela maneira tão idiota e revoltante.

- Podem nos dar licença? Quero falar com Elena a sós.

- Tudo bem. – James falou. – Mas não estrague tudo e não diga coisas de que possa se arrepender.

Quando os três se encaminhavam para a porta, Tyler ainda parou perto de Thiago e falou em um sussurro completamente audível de onde eu estava:

- Eu gosto dela. Vê se não faz merda.

Então a porta foi fechada, e ficamos só nós dois.

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