O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 149

Caio Ramos chega em casa como um furacão contido. O portão eletrônico se abre devagar demais para o seu gosto. A caminhonete freia com violência na garagem. Ele salta do veículo como se estivesse fugindo de si mesmo. O blazer vai parar na cadeira da sala, a gravata no chão.

O silêncio da casa é ensurdecedor. O mesmo silêncio que, até pouco tempo, ele gostava. Agora é um castigo.

Ele caminha até o bar, abre a porta do móvel sem cerimônia e saca uma garrafa de whisky envelhecido. Serve-se como se fosse água. Gole. Outro. Mais um. O líquido arde, mas não o suficiente.

Ela está grávida.

E não é de mim.

Com o celular em mãos, os dedos dele tremem de leve enquanto busca um número antigo, quase esquecido. Um contato que guarda para situações específicas e raras.

— Caio Ramos — atende a voz do outro lado, fria e objetiva.

— Preciso de um levantamento completo. Nome: Marta Maia. Quero tudo. Onde morou, com quem viveu, com quem dormiu, até o grupo sanguíneo. Se já teve animal de estimação, me diga. Eu quero a alma dela no papel.

— Algum prazo?

— Hoje ainda. Pague o dobro, se precisar. Mas traga a verdade.

Desliga antes de ouvir a resposta. O copo volta aos lábios. Mais whisky. Ele não bebe para esquecer. Bebe com raiva. A cada gole, tenta engolir o nó no peito.

Ela voltou mais linda. Mais mulher. E se entregou a outro. Carrega um filho dele. Ama outro homem.

E o pior: nunca foi minha. Nem um beijo. Nem um sim.

Mas ele nunca precisou de um sim para saber que ela era dele. Sempre foi. Pelo menos no seu coração. E agora, sente como se tivessem roubado o que era seu, mesmo que ele nunca tenha tocado nela.

Ele tenta abrir os relatórios do laticínio, conferir as planilhas da produção de ração, as projeções das exportações. Mas as letras dançam na tela. Marta. Marta. Marta. Grávida de quem?

Quem é o maldito que fez um filho nela?

As horas se arrastam.

Quando o dossiê finalmente chega por e-mail, Caio está no escritório, com a garrafa pela metade e os olhos vidrados.

Abre o arquivo. E então, a bomba cai no seu colo.

Fotos. Relatórios. Relatos. Uma linha do tempo precisa, cruel.

Marta Maia. Ex-assistente de Jonathan Schneider. Residiu com ele por quase três anos. Acompanhava o empresário em viagens oficiais, eventos políticos, encontros estratégicos. Imagens dos dois em restaurantes caros, reuniões privadas. Ao lado do governador, em jantares que Caio jamais pisaria.

Ela não era só uma funcionária. Ela era a mulher dele.

E pior: ainda recebeu uma fortuna da empresa dele e ainda recebe depósitos mensais generosos na sua conta pessoal.

— Filho da putta! — Caio j**a o copo contra a parede. Os cacos se espalham.

Ela viveu com um homem que ainda a sustenta? E que talvez ainda a ame?

O relatório informa que não há registros recentes de encontros. Nenhum novo relacionamento atribuído a Marta e nem a Jonathan. O homem está sozinho. E silenciosamente... esperando?

Caio passa as mãos no rosto. A raiva dá lugar a algo pior: um sentimento de inferioridade que nunca conheceu.

Jonathan tem mais dinheiro. Mais poder. E teve Marta.

E agora, a malldita criança.

O ego de Caio sangra. Ele se sente rebaixado. Humilhado.

Mas, com o copo quebrado, ele encontra dentro de si algo que não esperava: um desafio maior ainda.

Porque se Marta não se vende por poder, nem se entrega por riqueza...

— Então eu preciso ir além. Muito além.

Ele se recosta na cadeira, respira fundo e murmura para si:

— Se for para conquistar Marta... eu destruo qualquer estratégia de quem for. E então, uma pergunta o atravessa, como um raio:

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