O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 148

O sol mal começa a riscar o céu quando Marta desperta com uma sensação estranha no corpo. O estômago parece em guerra, embrulhado, pesado, inquieto. Ela tenta se levantar devagar, mas mal dá o segundo passo e corre apressada para o banheiro, cambaleando.

O som seco do vômito preenche o ambiente silencioso. As mãos seguram firme a borda da pia. Os olhos marejados não escondem o pânico.

Ela se apoia, respira fundo, enxágua o rosto e encara o reflexo no espelho.

— Não... não pode ser... — murmura, mas uma voz dentro dela já sabe a verdade.

Escova os dentes apressadamente, veste um moletom qualquer e sai, deixando apenas um bilhete na mesa da cozinha: "Já volto. Preciso resolver uma coisa."

No laboratório da cidade, o tempo parece parar enquanto Marta espera o resultado. Suas mãos suadas não conseguem ficar imóveis, e o coração martela dentro do peito.

Quando a atendente retorna com o envelope fechado, Marta não precisa abrir para saber. Mas ainda assim, o faz. Lentamente.

Gravidez confirmada. Beta HCG: Positivo

O mundo gira.

Ela sente as pernas fraquejarem, mas se segura.

Jonathan.

É tudo o que pensa.

A imagem dele surge em sua mente, vívida, tão real que ela sente até o cheiro da pele dele, a firmeza das mãos, os olhos intensos, o toque...

O filho dele. O filho deles.

O sol ainda mal aquece a varanda dos Maia quando Caio Ramos desce de sua caminhonete. Terno leve, sorriso polido, olhos famintos de um reencontro que ainda não aconteceu. Ele vem com o pretexto de visitar a família, mas o coração denuncia outro motivo: Marta.

Ela não atende suas mensagens há dias. Isso o inquieta. E agora, ao chegar, vê apenas Heitor e Miguel sentados em cadeiras de madeira, conversando sobre manejo de aves e os próximos investimentos da propriedade. Dona Maria borda em silêncio, com os óculos pendendo na ponta do nariz.

— Cadê a estrela da casa? — pergunta Caio, tentando soar casual, mesmo com a ansiedade transbordando.

— Resolvendo umas coisas na cidade — responde Miguel. — Mas deve voltar a qualquer momento.

Caio se senta. Sorri. Ri das histórias de Heitor, acompanha a conversa sobre ração balanceada e reaproveitamento hídrico, mas seu olhar está sempre voltado para a estrada de terra, como se a qualquer instante ela fosse aparecer, rindo, com os cabelos soltos e as botas sujas de barro.

Mas quando Marta enfim chega... não é nada disso.

Ela surge na curva da estrada como uma sombra. Passos vacilantes, os olhos vermelhos, o rosto pálido. A bolsa pendendo do ombro. O corpo encolhido, como se mal coubesse em si mesma. Um silêncio pesado se instala na varanda.

— Marta? — Dona Maria se levanta, alarmada.

— Filha, o que houve?

Caio se ergue imediatamente, o coração disparando.

Mexam com todo mundo, menos com ela, pensa. Se alguém encostou nela...

Marta não responde. Apenas caminha até a mãe e se j**a em seus braços. O choro vem profundo, sem som, sem trégua. O tipo de dor que fala mais alto que qualquer palavra.

— O que foi, filha? Você tá doente? — Miguel já está ao lado dela, aflito.

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