A manhã se estende preguiçosa pelas janelas semi abertas, e o quarto de Darlene se enche de uma luz dourada que banha tudo com uma suavidade quase etérea. Os lençois, ainda amassados pela inquietação da madrugada, exalam calor e um perfume discreto de jasmin e lembranças.
Eduardo está ali, sentado ao lado dela, imóvel, como se o menor gesto pudesse romper a frágil bolha de intimidade que os envolve. Seus olhos percorrem cada centímetro do rosto de Darlene, os cílios longos que adornam os seus lindos olhos, a curva suave do nariz, os lábios entreabertos em respiração calma. Ele a contempla com uma reverência silenciosa, como se estivesse diante de algo sagrado.
Darlene sente o olhar dele. Mesmo de costas para ele, ela sente, como uma carícia invisível sobre a pele nua, uma vibração no ar entre os dois. O corpo dela ainda guarda a memória do abraço noturno, da respiração quente dele no pescoço, do peso reconfortante de seus braços ao redor da cintura. Uma parte de si queria afastá-lo. Mas a outra… a outra o desejava com uma força quase dolorosa.
Ela se vira para olhá-lo, puxando o lençol até o peito, o tecido deslizando pela pele ainda quente. Os olhos se encontram. E ali, naquele olhar, está tudo, culpa, saudade, desejo e medo. Ela tenta resistir, mas há algo no silêncio dele que a desarma.
Eduardo, com um gesto sereno, pousa a mão sobre a dela. Não há pressa, nem domínio, só presença. O calor da palma dele aquece sua pele como uma promessa muda. Ela sente a firmeza do toque, mas também a ternura. É um convite. É um pedido.
— Darlene… — ele sussurra, com a voz rouca de sono e emoção.
A palavra dita como um segredo, o nome que ele sempre carregou com tanto peso no peito. O som quebra qualquer resistência que ainda restava nela. Darlene ergue os olhos devagar, como se estivesse saindo de um sonho. O que vê a faz perder o fôlego, Eduardo está ali, mas não é o homem arrogante e impulsivo de antes. Ele está nu de orgulho, inteiro em vulnerabilidade.
— Eu ainda te odeio um pouco… — ela murmura, com um meio sorriso triste.
— Eu posso lidar com isso. — ele responde, com um brilho nos olhos e um sorriso torto que ainda tem o poder de desmontá-la por dentro.
E então ela o beija.
O toque dos lábios é hesitante no início. Um beijo cheio de camadas, mágoa, ternura, saudade. É um reencontro. Um reconhecimento silencioso do que ainda pulsa entre os dois. Aos poucos, os movimentos ganham intensidade. As mãos dela se entrelaçam na nuca dele, puxando-o para mais perto, como se quisesse apagar todo o tempo perdido. As línguas se tocam, tímidas no início, e depois se reconhecem com sede.
O lençol escorrega, revelando parte do ombro dela. Eduardo se afasta um instante, apenas para encarar aquele pedaço de pele exposta como se fosse a primeira vez. Seus olhos escurecem de desejo. Ele leva a mão até lá, e os dedos deslizam devagar, desenhando o contorno da clavícula dela. Seu toque é leve como o vento, mas intenso como o fogo.
— Eu senti tanta falta de você… — ele diz, os lábios roçando a pele do pescoço dela.
— Então me mostra. — ela sussurra, com a voz carregada de desejo e entrega.
Ele atende ao pedido como quem cuida de um segredo precioso. Suas mãos exploram o corpo dela com paciência e devoção. Passam pelo pescoço, descem pelos ombros, seguem o desenho dos braços, os lados da cintura. Ele toca como quem quer memorizar. Como quem teme esquecer de novo.
Darlene se apoia sobre os cotovelos e começa a tocar no corpo dele. A pele quente dele reage ao seu toque, se eriçando, indicando o quanto ele a deseja.
Ele a deita com delicadeza. O corpo dele repousa sobre o dela com cuidado, como se quisesse protegê-la do mundo inteiro. Ela se encaixa nele com naturalidade, como se os seus corpos lembrassem do caminho que esqueceram. As pernas dela envolvem a cintura dele, puxando-o com mais firmeza, ela geme ao sentir o sex0 rijo dele tocar sua intimidade molhada.
— Você não imagina o quanto me segurei para não te f0der ontem a noite.
— Então porque não fez ainda?
Eduardo desliza os dedos pela cintura de Darlene como se tocasse algo sagrado. Seus olhos percorrem cada curva dela com uma fome misturada à reverência. Há desejo, sim. Mas também há algo mais: arrependimento. Amor. A necessidade de reparar o que feriu.
— Porque quero primeiro fazer amor com você… — ele sussurra, com a voz rouca, carregada de emoção.
Ele beija o queixo dela com delicadeza, depois desce até a curva do pescoço, onde sua língua quente provoca arrepios, e morde suavemente a clavícula. Darlene solta um gemido baixo, apertando os ombros dele, o corpo reagindo como se o reconhecesse, como se só ali, com ele, fizesse sentido.
Cada beijo que Eduardo dá carrega um pedido de desculpas. Cada toque é um “me perdoa” que não precisa de palavras. Ele a reverencia com a boca, com as mãos, com a alma.
— Você é minha, Darlene… — ele murmura no ouvido dela, a voz vibrando entre desejo e ternura.
Um tremor profundo percorre os corpos ao mesmo tempo. Eduardo geme o nome dela como uma prece desesperada, os olhos fixos nos dela. Darlene grita seu nome com os lábios colados ao seu pescoço, o corpo inteiro se contraindo sob o dele.
O 0rgasmo os consome como uma explosão de alma, não só de carne. É entrega, reconciliação, promessas silenciosas e um amor que nunca morreu.
Ele permanece dentro dela, o corpo colado ao dela, o rosto enterrado em seu pescoço.
Depois, os dois se deitam lado a lado. Ele entrelaça os dedos nos dela, os olhos ainda fixos nos seus. O quarto está silencioso outra vez. Mas é um silêncio bom, cheio de significado, de presença.
Darlene vira-se para ele, passa a mão devagar pela linha do maxilar, e respira fundo antes de dizer:
— Isso não muda tudo, Eduardo. Ainda estou com raiva de você.
Ele assente com um olhar sincero.
— Então me diz o que posso fazer para você me perdoar?
Ela hesita por um segundo, mas então sorri maliciosa já se sentando no seu colo.
— Que tal agora fazer o que sentiu vontade ontem a noite?
— Vou te foder tanto que você não vai conseguir sentar depois, sua safada!
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