O CEO sem coração romance Capítulo 112

LINDA

Dia da premiação

Terminei de me aprontar, quer dizer, a maquiadora terminou e então eu me perfumei e peguei a guardei o celular na bolsa que iria levar para a festa.

— Obrigada, viu. — virei para a maquiadora e tirei o dinheiro da carteira.

— Foi um prazer, Linda. ótima festa pra vocês.

— Obrigada. — a acompanhei até a porta.

Uma facada a maquiagem e cabelo, mas é patrocínio do Rômulo, que não quer de jeito nenhum que eu me vire sozinha.

Como se eu fosse ficar feia me arrumando sozinha.

Eu posso não ficar com cara de rica, como estou agora, mas eu fico bonita sim!

Voltei para colocar a sandália.

— Linda, já está pronta? — Rômulo entrou no quarto.

— Só falta o sapato. — olhei para ele e ele estava impecável, como sempre.

Eu quero dizer que todos os ternos são iguais, mas convivendo todo dia com o Rômulo eu comecei a notar diferenças.

Este que ele usa hoje é muito elegante. Está com uma gravata cinza escuro e uma camisa branca.

— Tá chique.

Ele riu. — Você está perfeita. — veio até mim e eu terminei de abotoar a outra sandália e levantei. — Hoje é um dia muito importante para a empresa. Estava pensando em fazer algo para comemorar com todos os funcionários, mas seria algo grande demais e acabaria com a logística de trabalho.

— Faça o acha melhor. — peguei a minha bolsa na cama e o acompanhei até a saída do quarto.

— Espera, Linda. — ele segurou meu braço antes de sairmos.

— O que foi? — me virei para ele.

— Esse batom, ele fica borrado? — perguntou, aparentemente preocupado e eu ri de imediato.

— A maquiadora jurou que não transfere, mas eu não testei.

— Então vem cá. Vamos testar agora, enquanto ainda estamos aqui. — ele segurou a minha cintura e me puxou para perto dele, então nós a beijamos.

Já beijamos tanto que me acostumei quando ele veio com essa intenção, eu não fico mais assustada.

Quando os amassos ficaram mais intensos, eu parei e olhei para ele. — Caramba, não borrou!

— Não mesmo? Nem um rosadinho? — ele foi para o banheiro.

— Nada. Pelo menos em você. — fui atrás dele, para me ver também no espero.

— Nossa, que magia é essa?!

— Também não sei, mas já quero um batom deles. — me olhei no espelho e estava tudo impecável.

— Bom assim. Já sei que posso te beijar a noite inteira hoje. — comemorou, saindo do banheiro.

— Você pretende fazer isso mesmo? Porque as pessoas vão estar olhando e eu fico envergonhada com essas coisas. — o acompanhei e ele riu.

— Eu falo assim, mas sou do mesmo jeito que você.

Ainda bem.

[•••]

E lá estávamos nós mais uma vez no tapete vermelho. Desta vez, eu estava mais confortável ao lado dele. Nós estamos numa relação de verdade e não estamos fingindo nada.

Consegui sorrir sem ser forçada e eu acho que vi um leve sorriso nos lábios do Rômulo.

Ele não sorri muito na frente dos outros.

Quando entramos na festa, cumprimentamos algumas pessoas conhecidas do Rômulo e logo encontramos o meu chefe Gustavo, que estava bastante elegante também.

— Mas é o prefeito e a primeira dama!

Eu dei uma gargalhada. — Você não perde a piada, né? Cadê a sua?

— Não trouxe. Não quero ser taxado de cara comprometido. Deixo isso para o meu amigo aqui. — ele deu leves tapinhas no ombro do Rômulo.

— Cadê o merdinha do seu amigo? — Rômulo perguntou.

— Se fala do Caleb, acho que ele não vem. Da última vez que falei com ele, ele estava no exterior.

Chique.

— Olha aqui, mãe! — ouvimos a voz do Rodrigo se aproximando, sendo zero discreto. Olhamos para trás e lá vinha ele, todo elegante e sorridente e com ele também seus pais.

Ele veio logo me cumprimentar. — Cunhada, que isso! Vão trocar o nome da premiação para miss universo e te dar o troféu. — me abraçou e eu fiquei rindo com a ideia.

— O que?

— Que estava orgulhoso de você.

— Não foi bem isso.

— Foi sim. É que ele é como você. Orgulhoso. Ele disse que era motivo de orgulho, mas na verdade disse que estava orgulhoso de você.

Eu vi um sorriso querendo se formar em meus lábios e o incentivei a isso, sorrindo também.

— Você vê coisas demais.

— Mas isso estava nítido. Acho que hoje é um ótimo dia para se acertarem. — o encarei sorrindo.

— Não vamos esperar tanto.

— Mas admite que você tem esperanças? Que tem um broto de perdão nascendo aí no seu coração.

— Me diz você, que mora nele.

— Rômulo! — fiquei sem jeito e ele beijou o meu rosto.

— Não quero fazer isso hoje. Não sei se uma conversa dessas acaba bem ou mal. Vamos aproveitar a festa.

— Está bem.

[•••]

Quando o Rômulo subiu no palco para receber o prêmio, eu fiquei nervosa por ele. Tinha até equipe de tv ali filmando.

Ele falou palavras chiques em seu discurso. Eu não entendi metade daquilo. Me senti numa reunião do Gustavo, mas eu sabia que era coisas bem bonitas do jeito culto dele.

Já o final não teve como eu não entender.

— …E por último e não menos importante, na verdade, muito importante, eu quero agradecer a mulher que me ensinou que a vida não é só isso aqui. — ele levantou o prêmio. — Não é só trabalho, não é só negócios. A vida é muito mais do que isso e eu só aprendi não só esta lição como também muitas outras depois que ela apareceu na minha vida. Obrigado, Linda. Você fez de mim uma pessoa melhor. — ele olhou para mim e sorriu.

Eu fiquei mortinha. Não sabia o que fazer. Não sabia o que dizer, mas sorri para ele e então as pessoas aplaudiram e ele desceu do palco.

— Eita, Linda, que lavagem cerebral você fez no meu irmão, hein? — Rodrigo perguntou enquanto aplaudia.

Eu fiquei rindo e então quando o Rômulo chegou eu lhe dei um abraço. — Parabéns.

Ele beijou a minha testa. — Obrigado.