O CEO sem coração romance Capítulo 8

RÔMULO

Eu dormi um pouco depois do chá e do meu banho. Mas foram poucas horas. Eu levantei com a cabeça doendo, tomei um analgésico e me arrumei para ir até a minha empresa. Eu quero resolver essa história da garota o mais rápido possível.

Sérgio deixou a bolsa dela no meu escritório.

Eu não tinha mexido nela, mas resolvi dar uma olhada pra ver se ela realmente era filha desse cara.

Linda Fonseca era seu nome.

Linda... E afrontosa também. O que ela fez é imperdoável por mim. Ninguém vem a minha casa desse jeito a não ser a minha mãe e meu irmão. Mesmo assim eles não ficam sem levar um bom esporro de mim.

Ela só tem 22 anos. De onde sai toda essa coragem? Deve ser normal da idade. Eu era muito rebelde quando estava nessa fase.

Eu não vou deixar que uma garota de 22 anos acabar com o meu império! Quando ela nasceu eu já tinha lições sobre negócios, eu já era prometido ao sucesso. Não é uma pirralha com grande senso de justiça que vai me derrubar.

Na sua carteira só tinha uma nota de 10, outra nota de 5 e muitas moedas.

Ela quer dinheiro. Ela não quer justiça. Sei que ela quer dinheiro.

Eu vou falar com meu advogado para saber quanto é que eu devo pagar por causa da morte de seu pai. Vou pagar o valor e um adicional por conta do ocorrido ontem. Será o bastante para ela assinar o contrato que mandarei fazer onde ela garante que vai fechar o bico e não contará nada a ninguém.

Saí do meu quarto e fui tomar o café da manhã na sala de jantar. Os meus funcionários já tinham colocado a mesa e o Sérgio apareceu quando eu estava colocando comida no prato.

— Bom dia, senhor. Dormiu bem?

— Bom dia, Sérgio. Tive uma péssima noite. Você fez o que mandei?

— O médico chegará em 30 minutos. A garota está comendo. Ela parece muito fraca. Julgo que não deve comer há mais de 1 dia.

Deixa de comer pra tirar o sono dos outros.

— Onde ela está agora?

— Está na minha casa, com um machucado na cabeça. Eu a empurrei para longe de mim e ela caiu e de machucou. Ela quer ir embora e denunciar tudo pra polícia.

Eu não sou o tipo de pessoa que se preocupa com essas coisas, mas realmente estou receoso com tudo.

— Agora a situação é mais complicada. Se fosse somente a multa, a morte do pai dela, nós resolveriamos com uma simples documentação e transferência, mas essa agressão complicou tudo. Se ela decidir denunciar, pode manchar o seu nome.

— Eu sei! Eu sei! — fiquei estressado. — Eu também sei que ela está no buraco. Ela não tem dinheiro. Resolva a papelada hoje mesmo e quero que também faça um contrato pelo silêncio dela neste caso do acidente. Eu vou dar algum dinheiro para ela não denunciar.

— Podemos fazer isso, mas depende dela aceitar.

— Ela vai aceitar. — eu garanti.

Ela quer dinheiro e é claro que vai vender seu silêncio. Eu me livro dela ainda hoje.