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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 152

Celina riu alto.

— Você é doida!

— Doida e amiga de grávida. Que dá trabalho! — brincou, entrando no apartamento.

Celina fechou a porta.

— Vai viajar com essa mochila gigante?

— Claro que não! — respondeu Zoe dramática. — Minha missão esse fim de semana é cuidar de uma grávida desejosa. E hoje à noite, nós vamos nos divertir no aniversário do meu amigo!

Celina arqueou as sobrancelhas.

— Zoe... nem inventa. Estou grávida.

— Grávida, Celina! Não morta! — rebateu Zoe, jogando a mochila no canto do sofá. — Vamos fazer alguma coisa leve agora a tarde. Rir, jogar conversa fora, ver filme, sei lá e a noite, vamos no aniversário.

Sentaram-se no sofá.

— Tá vendo o quê? — perguntou Zoe.

— Comédia. Preciso sorrir. Recomendação médica.

Zoe fez uma careta engraçada.

— Então você tá dizendo que tenho que te fazer rir. Missão dupla. Comida e gargalhadas.

Celina pausou o filme.

— Espera, antes disso... vamos pra cozinha. Preciso comer essas belezuras.

— Por favor! — disse Zoe. — Não quero ver bebê nascendo com cara de cajá!

Foram para a cozinha. Celina lavou a fruta como se fosse ouro. Zoe ficou na porta, observando.

— Já imaginou? Eles nascem e têm aquele cheirinho de cajá ou de menta?

— Para, Zoe! — Celina ria. — Não aguento você.

Celina pegou a fruta, colocou a calda e deu a primeira mordida. O sabor explodiu em sua boca.

— Meu Deus... era isso! Era tudo o que eu precisava.

Zoe se encostou na pia.

— E eu sou a heroína do dia.

— Você é. Minha heroína de mochila.

Pouco depois de comer os cajás, Celina sentiu o estômago embrulhar de forma violenta. Saiu da cozinha e correu para o banheiro. Mal teve tempo de fechar a porta antes de se ajoelhar diante do vaso e vomitar tudo. Zoe, do outro lado da porta, bateu com delicadeza, mas sua voz era animada, tentando transformar o momento em algo leve.

A tarde passou como um sopro. Entre cuidados de beleza, conversas profundas e muitas risadas, as horas escorreram como um perfume leve. Quando a noite chegou, Zoe foi para a cozinha e colocou a lasanha que já estava montada pra assar. Mesmo sem fome, Celina comeu, cedendo aos olhos suplicantes da amiga.

Depois, foi a vez de se arrumarem. Zoe invadiu o guarda-roupas de Celina e escolheu um vestido preto, justo na medida certa, que valorizava suas curvas com elegância. O decote era discreto, as costas levemente à mostra. Sexy, sem ser vulgar. Nos pés, uma sandália dourada de salto fino. Celina hesitou ao se olhar no espelho.

— Tá demais?

— Tá maravilhosa! — Zoe respondeu com firmeza. — Você é linda, Celina. Só estava apagada. Hoje você vai brilhar.

— Amiga acho melhor eu resolver minha vida com Thor primeiro antes de sair para me divertir um pouco.

— De jeito nenhum, você vai sim. Depois de tudo que me disse mais cedo, ele que precisa resolver a vida dele com a outra lá e depois te procurar. — disse Zoe séria — Agora vamos terminar de nos arrumar porque sua obstetra disse que você precisa de diversão. Chega de se anular!

Ambas se arrumaram, passaram maquiagem, perfume, e posaram para várias fotos na sala. Sorrisos sinceros, poses espontâneas. Zoe postou uma das fotos nos stories e marcou Celina.

— Compartilha, amiga. — disse, mostrando o celular. — Vamos mostrar pro mundo que você está bem. Que está se permitindo viver.

Celina sorriu e compartilhou. Zoe solicitou um carro no aplicativo.

Pouco depois, o carro chegando, Zoe deu um último retoque no batom e segurou a mão da amiga.

— Vamos arrasar. Essa noite é nossa.

Foram para uma festa de aniversário de um amigo de Zoe da faculdade, numa boate badalada. O som alto, as luzes pulsantes, a atmosfera de liberdade — tudo fazia Celina se sentir em um universo paralelo, onde não existiam traições, lágrimas ou dores. Era uma pausa. Um respiro.

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