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O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR romance Capítulo 350

Ele se aproximou, encostou o rosto no pescoço dela, sentiu o cheiro da pele e murmurou:

— Do seu cheiro...

Beijou devagar a curva entre o ombro e o pescoço. Zoe fechou os olhos. O corpo reagiu antes da razão.

Ele voltou a encará-la. Segurou os braços dela com suavidade, aproximou os lábios:

— Da sua boca...

Estavam a centímetros de um beijo quando…

— Senhor, com licença — disse Cleide, entrando com a bandeja e parando ao ver a cena. — Perdão...

Zoe se levantou de imediato, desconcertada. Arthur limpou a garganta.

— Tudo bem, Cleide. Pode deixar na mesa de centro.

A empregada saiu, e Zoe pensou, em silêncio:

“Você ia beijar o homem que te traiu? Você está completamente doida, Zoe.”

— Eu vou embora — disse ela.

— Você vai comer, e depois vamos terminar de conversar — rebateu Arthur.

— De jeito nenhum. — ela falou de imediato.

— Zoe, não aceito objeção, ok?

Ela bufou, sentou-se no sofá, pegando um pedaço de fruta.

— Como isso aconteceu? Você estava decidida que só engravidaria depois que tivéssemos dois anos de casada. E tomava anticoncepcional. — Arthur perguntou curioso.

— Esqueci de tomar no dia do casamento… e nos dois primeiros dias da lua de mel. No terceiro, tomei dois de uma vez. Resultado dessa irresponsabilidade está aqui, no meu ventre. Mas, apesar de tudo, amei quando descobri que estava grávida. — respondeu Zoe com sinceridade.

— Que bom que você foi irresponsável — respondeu ele, sorrindo.

Zoe o olhou afiada. Quase respondeu, mas desistiu. Comeu mais um pouco.

— Não quero mais.

— Vamos fazer o pré-natal no hospital do meu pai?

— De jeito nenhum! Não vou ter contato com sua amante. — respondeu ela, afiada.

Arthur respirou fundo.

— Ela não é minha amante, Zoe. Você sabe disso. — respodeu Arthur. Ele estava se controlando, sabia que não seria fácil aquela conversa.

— Não sei de mais nada, Arthur. Eu pensei que te conhecia. Mas não conheço. — havia muita amargura nas palavras dela.

Arthur se aproximou com seriedade.

— Zoe, eu vou lutar por nós. Por nossa família. Mesmo que você me odeie. Mesmo que diga que não me quer. Eu vou te provar todos os dias que vale a pena me dar uma chance. Eu te amo. Você é a mulher da minha vida. Agora tem o nosso filho. Só de pensar em outro homem te tocando, criando meu filho... eu enlouqueço. — ele falou com sinceridade.

— Isso é normal hoje em dia, Arthur. Muitos casamentos não dão certo, como o nosso. Se o homem for bom, não vejo problema. E vou até ensinar meu filho a chamá-lo de pai. — Zoe o machucava com suas palavras.

— Como é que é? — Arthur perguntou indignado.

— É isso mesmo. Vou ensinar meu filho a chamar meu companheiro de pai.

— Eu te proíbo, Zoe! Meu filho vai ter pai presente. Vai ter amor. Vai ter tudo. Não será criado por outro homem! — Arthur falou bem sério.

— Vamos pro de hóspedes. — disse ele querendo evitar brigas.

Entraram no quarto de hóspedes.

— Fica à vontade. Quando a chuva passar, eu te levo pra casa.

Arthur saiu, fechou a porta e foi para o próprio quarto. Pegou o celular e ligou.

— Thor…

— Fala, irmão. — ele respondeu todo feliz.

Arthur então falou tudo o que aconteceu.

— Arthur, ela está ferida. Mas está claro que ela te ama. E está com ciúmes da Sabrina. Já te falei isso. — Thor falou sem errar.

— Quase rolou um beijo, mas a Cleide entrou. Zoe continua com muita raiva de mim. — disse Arthur desanimado.

— Não desiste, irmão. Luta pela mulher que você ama. — ele falou animando o amigo.

Um choro de bebê ao fundo.

— Depois te ligo, irmão. Celina está dormindo e estou com as meninas. Ela está tão protetora que não quer nem babá. — Thor falou sorrindo.

Arthur sorriu pela primeira vez naquele dia.

— Vai lá, irmão.

Desligou e olhou para a chuva caindo pela janela. Sabia que a tempestade entre ele e Zoe estava longe de passar. Mas talvez... uma noite fosse o começo de uma trégua.

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