O PAI DA MINHA AMIGA romance Capítulo 6

Giulia de Luca

Ser filha de CEO da Oil Corporation me trouxe benefícios que muitas pessoas nem sonham em conseguir um dia.

Mas a única coisa que queria com todo o poder financeiro que meu pai tem é que pudesse ter salvado a minha mãe dessa maldita doença que está consumindo o seu corpo a cada dia.

Meu pai usou toda a sua influência para poder passar o dia hoje aqui no hospital, eles não queriam permitir a minha permanência já que ainda sou uma adolescente.

Enquanto lia "Vinte mil léguas submarinas", o olhar cansado da minha mãe me deixava a cada linha aflita.

— Giulia? — A sua voz cansada chama a minha atenção.

Largo o livro na poltrona e me aproximo da cama, minha mãe mesmo cansada se afastou e me pediu para poder deitar ao seu lado.

Mio piccolo, ti amo come l'universo. — Ela diz o que sempre me dizia antes que fosse dormir.

— Eu também mamma! — Me encolho em seus braços.

Sinto que ela estava se despedindo de mim, procuro a fragrância que ela sempre adorou usar.

— Me prometa que ajudará o seu pai a encontrar outra pessoa. — Passo os braços por seu corpo.

Que já estava longe de parecer ao corpo da mulher linda que a minha mãe já havia sido um dia.

— Estude muito meu amor, seja a mulher fantástica que criei para ser e seja o apoio do seu pai. — Ergo a minha cabeça e faço um carinho no rosto emagrecido.

— Precisa que chame o papà? — Pergunto para ter certeza.

— Não, meu amor, seu pai vai sofrer muito com a minha ida, estou cansada e apenas quero descansar. — Deixo que o meu choro saia baixinho.

Passo a noite com ela, enquanto o meu pai estava em casa descansando um pouco para voltar pela manhã. Mas naquele dia a minha mãe partiu deixando a mim conselhos para a vida que guardo com muito carinho em minhas memórias.

Hoje, depois de vários anos do falecimento da minha mãe, via o meu pai a cada dia afundando no trabalho e sem se envolver realmente com alguém. Quando ele sumiu e não consegui encontrar a minha amiga Alessa um alarme luminoso acendeu.

Enquanto aproveito a festa que estava acontecendo, a ideia começa a surgir...

Alessa é minha melhor amiga, ela me conhece até mesmo quando ainda não faço ideia do que fazer, enquanto estou indo em direção às pesquisas médicas ela se aprofunda nas cirurgias de traumas.

Sinto um orgulho enorme da minha amiga que acabou ficando órfã e como uma espécie de pensão o governo paga seus estudos desde que os pais foram mortos em algo que estavam trabalhando.

Quase no fim da festa ela aparece na festa com um sorriso enorme, tento tirar alguma coisa dela, mais a sem vergonha diz que conversará com outra amiga e depois iria para o nosso dormitório descansar.

Se ela pensa que escapará de mim assim que chegar em casa ela que pensa, me diverto com todos os nossos amigos aproveitando a festa com o DJ internacional, quando deu um pouco mais de duas da manhã fui para o dormitório e via a minha amiga dormindo de costas para a porta.

Retiro a minha roupa e procuro tudo para poder ir tomar um banho rápido e voltar para a cama. Para a minha alegria o banheiro estava vazio, então fui bem rápida. Quando voltei para o quarto, ela estava virada de frente para a porta de olhos abertos.

— O que houve, por que está acordada? — Pergunto me aproximando e preocupada.

— Sinto inveja de você, que tem um pai que se orgulha de suas conquistas. — O seu olhar estava tristonho.

— Alessa, onde eles estiverem pode ter certeza que estão muito orgulhosos de você! — Me sento ao seu lado na cama e sou a amiga que ela precisa agora.

— Sei que sim, mas só queria... — O choro baixinho e sentido me faz abraçar a minha amiga.

Fico ali deitada com ela até que finalmente dormimos abraçadas.

Quando acordo, percebo que o pescoço da Alessa estava cheio de pequenas mordidas e um chupão fraco ali, posso ser uma garota tão sem experiência como a minha amiga, mas algo me diz que meu pai se interessou por ela.

Se algo aconteceu entre eles não vou me importar, desejo a felicidade dos dois, meu pai merece conhecer alguém que o traga para a luz novamente, que o retire do seu luto.

Levanto da cama tentando não acordar minha amiga que ainda estava com os olhos inchados de chorar. Escolho um jeans e me arrumo rápido, tenho que ir me encontrar com o senhor de Luca.

Começo a rir quando lembro que meu pai odeia quando o chamo de senhor, olho para a Alessa que estava se virando na cama.

— Pode acordar, está na hora do café e vamos sair agora. — A vejo resmungar e virar de costas.

— Pode ir, usarei minhas últimas moedinhas no refeitório. — Reviro os olhos e a puxo da cama.

Vejo quando ela vira a cabeça em minha direção e começa a esfregar o cotovelo que bateu em algum lugar quando caiu da cama.

— Deixe de exagero e vamos logo, já estou arrumada. — Digo tirando as cobertas de seu corpo.

Me sento na minha cama olhando para a minha amiga que percebe que não deixarei que ela fique aqui no dormitório sozinha e como meu pai convidou para onde ele está será maravilhoso vê-los dois se encontrando. Terei certeza que algo rolou entre eles.

Espero que ela se arrume e vamos em direção ao endereço que meu pai havia enviado para mim durante a madrugada, entro sem muita dificuldade, o que agradeço porque ele não atende a minha ligação.

O síndico me entrega uma chave extra e pede que o devolva assim que sair do apartamento, o que não será problema algum.

— Olha como é lindo, Alessa? — Ando pela sala e vejo que a decoração era bem neutra.

Observo Alessa olhando para o corredor e parecia que estava com os pensamentos muito longe.

— Vou preparar o nosso café, senta aí, depois vou lá chamar o senhor De Luca! — Digo e vejo quando ela sorri.

Assim que meu pai se junta a nós na cozinha percebo o quando os olhares que eles trocam é muito sugestivo, Alessa parecia bem afetada com a presença dele ao seu lado.

Se eles deixarem que tudo aconteça entre eles, tenho certeza que podem formar um belo casal, modéstia a parte meu pai é lindo como um típico italiano. E Alessa ela é a mais bonita que tenho ao meu lado, o seu jeito meigo e principalmente a forma como ela é amorosa com todos é algo tão dela.

Talvez se forçar alguma situação entre os dois possa ajudar que eles se interessem, isso se eles já não estiverem.

Explodo em alegria em saber que agora aquele apartamento é meu, que não preciso mais ficar no dormitório, mas me nego a ficar longe da minha melhor amiga e se conseguir, ela pode se tornar a namorada do meu pai.

Capítulo 6 Giulia de Luca 1

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