Resumo de Madrugada – Capítulo essencial de O pecado original por L.E. Soares
O capítulo Madrugada é um dos momentos mais intensos da obra O pecado original, escrita por L.E. Soares. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Eva se havia se deitado sobre o peito de Eric e brincava de enrolar a ponta do indicador em alguns pelos de seu peito, descansando alguns minutos antes de voltar a trabalhar.
— Eu preciso te dizer uma coisa. – Disse ele, soando um tanto inseguro.
Ela se ergueu, apoiando o cotovelo sobre o colchão, olhando-o de maneira curiosa.
Um longo momento se passou enquanto os dois se encaravam, ele parecia estar pensando em uma maneira de contar o que ia contar e ela, apressando-o com os olhos e leves meneares de cabeça.
— Fala logo. – Riu ela, dando-lhe um tapinha no braço. – Sabe que odeio mistérios.
Ele ponderou por um momento, olhando para um ponto aleatório no teto.
— Como sabe, vamos abrir um escritório em São Paulo. – Disse ele, se prolongando.
— Fala logo, Eric. – Implorou Eva. – Não me enrola.
— Precisam de mim lá. – Ele disse, desviando o olhar do dela. – Por pelo menos quatro semanas.
Desde que haviam se casado, os dois nunca haviam passado muito tempo separados e, à sombra daquela notícia, Eva fez um muxoxo, sentindo seus olhos se encherem de lágrimas.
— Mas eu não posso ir com você. – Disse, com um semblante de súplica. – Quatro semanas é muito. Vai poder voltar durante esse tempo?
Eric ergueu seu corpo, recostando-se na cabeceira da cama.
— Não. Eles me querem “full time” de prontidão durante essas semanas. – Disse, colocando sua mão sobre a de Eva, fazendo um carinho acalentador.
Eva Fungou enquanto enxugava os olhos com as costas da mão.
— Nunca ficamos tanto tempo separados. – Ela disse, como se ele ainda não houvesse tomado ciência daquele fato.
Eva vestia apenas seu robe curto, cujo qual não havia sido amarrado, deixando, vez por outra, um dos seios escaparem. Naquele momento ela sentiu uma torrente de culpa lhe preencher e se deixou lacrimejar.
— Quando você perceber, já estarei de volta. – Disse Eric, tentando tornar as coisas mais fáceis. – E olhe pelo lado bom. Eu não estarei aqui para interromper seu trabalho.
Eva suspirou, tentando se acalmar. Eric também não parecia contente com aquilo, mas certamente ele já havia tido tempo para pensar sobre e se acostumar com a ideia.
— Vai ficar com saudades? – Perguntou Eva, fingindo não saber a resposta.
Eric se aproximou, segurando o rosto arredondado e pintalgado de sardas entre suas mãos.
— Claro que vou sentir, meu Pesseguinho de Ouro. – Ele a chamou propositalmente pelo apelido que usava quando queria acalma-la.
Eric lhe depositou um beijo nos lábios e voltou a se deitar.
— Agora preciso dormir, amanhã tenho de acordar cedo para arrumar minhas malas. – Ele se virou para o lado. – Boa noite, meu amor.
— Boa noite. Durma bem. – Eva se levantou da cama, e se sentou em frente ao seu computador, voltando as suas planilhas e desenhos.
Aquela seria uma longa noite.
Ela trabalhou até que seus olhos estivessem quase se fechando e então se levantou para ir até a cozinha. Decidira que precisava de doses cavalares de cafeína para continuar tendo algum rendimento.
— Jonathan! – Eva repetiu, tirando o rapaz de seu transe.
— Sim, senhora. – Sobressaltou-se, tentando esconder a enorme ereção com as mãos.
“Não consegue esconder esse monumento apenas com as mãos” Eva pensou, sorrindo maliciosa enquanto se lembrava do calor que o pênis do rapaz era capaz de exalar.
— Não deveria estar dormindo? – Ela se virou novamente, servindo, nas duas canecas, o café da garrafa.
Sentia o olhar faminto de Jonathan sobre si e aquilo a devorava por dentro. Minava suas forças e a enchia de desejo. “Por que ser olhada por ele me causa tanto tesão?”
Ela voltou-se para ele novamente, estendendo uma das canecas para o rapaz, que ergueu a mão para apanhá-la. Suas mãos se tocaram brevemente e o mero toque foi suficiente para fazer seu corpo estremecer, como que atravessado por um choque elétrico.
— Deveria sim. – Respondeu. – Mas o sono não vem. O calor e a ressaca não me ajudam.
Ele levou a caneca à boca com as duas mãos, sorvendo cuidadosamente um tanto de café.
Eva tomou um gole e, percebendo que a ereção de Jonathan pulsava, provocante, sem as mãos do rapaz para esconde-la, encarou-a, desprovida de qualquer pudor ou discrição.
Percebendo o olhar da mulher sobre seu pênis, Jonathan engasgou rapidamente, tentando ensaiar um pedido de desculpas, mas, de maneira felina e sedutora, Eva se aproximou, olhando-o nos olhos, mais sedutora do que jamais havia sido, fazendo— se o calar, paralisado.
Ela levou uma das mãos até o pênis do rapaz, tocando-lhe a ponta da glande por sobre a bermuda com o dedo indicador, acariciou-a levemente, sentindo, por sob o fino tecido, o pequeno orifício da uretra e, sem jamais desviar seus olhos, que, naquele momento, eram como os olhos hipnóticos de um predador, ronronou levemente antes de dizer.
— Não deveria apontar uma arma se não pretende usá-la. – Eva sentiu seu coração querer saltar pela boca quando ouviu aquelas palavras ao som de sua própria voz.
Ela se ergueu nas pontas dos pés, beijou o assustado rapaz na bochecha e partiu para o seu quarto, pois tinha muito trabalho a fazer.
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