O pecado original romance Capítulo 30

Jonathan se desvencilhou da bermuda a seus pés e ergueu o corpo de Eva como se ela não possuísse peso algum. Ela se enlaçou à cintura do rapaz com as pernas, abarcando seu pescoço com os braços e aproximando seu rosto tão perigosamente do dele que as pontas dos narizes se tocaram brevemente. O olhar de ambos esbanjava luxúria enquanto eles se encaravam, intensamente hipnotizados um pelo outro. Os antebraços de tora de Jonathan serviam-na de assento por baixo das nádegas e ela gemia baixinho enquanto ofegava, lançando na boca do rapaz, um hálito que misturava seu próprio cheiro com um leve aroma de limonada.

— Me leva para o quarto. – Ela ordenou, a boca muito próxima à dele.

Jonathan avançou os poucos centímetros que lhes separavam e abocanhou o lábio inferior de Eva, chupando-o e mordendo-o tão intensamente que arrancou dela um gemido repentino e surpreso.

Ele caminhou nu com ela nos braços, pouco se importando com os vizinhos no prédio ao lado, que podiam vê-los através janela. À meio caminho do quarto, quando atravessava o corredor, Jonathan a esbarrou com força contra a parede, fazendo-a soltar o ar dos pulmões. Ele pressionou seu próprio corpo contra o dela, sentindo seu pênis raspar dolorosamente na renda da calcinha que separava os sexos dos dois. Eva gemia descontroladamente a cada vez que Jonathan a pressionava com seu quadril, sentindo sua ereção fazer com que sua calcinha se enterrasse entre os lábios molhados de sua vagina mais e mais a cada estocada.

Jonathan não parou de beija-la enquanto caminhava através do corredor. Esbarrou o ombro com muita força contra o batente da porta da suíte, ignorando a dor e o hematoma que eventualmente viria a aparecer. Atirou-a de costas sobre a cama e trilhou com beijos seu pescoço, descendo ao ombro e cravando lhe uma dolorosa mordida que a fez gemer de dor. Seus olhos de predador jamais deixavam os dela, como se ele estivesse se divertindo com as nuances que adquiria sua face em resposta a cada um de seus atos. Parecia apreciar especialmente os semblantes que denotavam dor intensa em meio ao prazer.

Envolveu um dos mamilos dela com o indicador e o polegar e o apertou. Eva gemeu languidamente, sentindo uma dor intensa e aguda, o que pareceu diverti-lo ainda mais. Ele continuou sua trilha de beijos pelo corpo de Eva, depositando, eventualmente, dolorosas mordidas, primeiro em suas costelas, então em sua barriga, logo abaixo do umbigo e, enquanto pressionava seus dentes ali, segurou a inconveniente calcinha que a protegia e puxou-a para baixo, dando mordidinhas breves que acompanhavam suas mãos.

Eva encarou Jonathan com olhos de súplica quando sentiu os dentes do rapaz pousarem perigosamente próximos aos seus grandes lábios. Ela sentia o hálito morno a lhe fazer cócegas enquanto sua barba raspava dolorosamente o interior de suas coxas como se fosse uma escova. Seus lábios eram quentes e úmidos e ele fazia questão de massagear com sua língua cada ponto dolorido após suas mordidas.

Ondas de calor se irradiavam por todo o corpo de Eva a cada mordida e ela esperava ansiosa pela dor da próxima. Ela abraçava a dor, tornando-a benvinda e transformando-a em prazer. Atirava a cabeça para trás quando a dor beirava o insuportável para voltar a encarar o rapaz quando ele punha sua língua em ação.

Jonathan contornava sua vagina, divertindo-se a cada vez que ela contraía seu esfíncter por conta da dor e do prazer. Ela esperava ansiosa para que ele abocanhasse logo seu clitóris e a fizesse gozar, como fizera muitas vezes antes, mas Jonathan estava disposto a tortura-la até que chegasse ao seu limite.

O rapaz parou o que estava fazendo, observando-a, repleto de malícia, sorrindo com o canto dos lábios. Eva olhou em direção à gaveta em seu guarda-roupas, onde guardava sua coleção de brinquedos e acessórios comprados ao longo dos últimos anos nos sex shops da região e então dirigiu a Jonathan um olhar repleto de significados, os quais o rapaz prontamente captou, como se seus pensamentos e os dela estivessem em total sintonia.

Quando ele se levantou e caminhou até lá, Eva disparou seus olhos em direção às costas largas e repletas das marcas vermelhas causadas por ela mesma e se perguntou se alguma daquelas se tornaria uma cicatriz que faria com que o rapaz se lembrasse dela pelos anos que viriam a seguir. Sentiu uma breve melancolia quando pensou que não passaria os anos vindouros ao lado dele, mas abandonou o pensamento em prol da excitação que a flagelava.

Jonathan abriu a gaveta, sorriu com a visão e tirou de lá um pequeno pedaço de tecido, voltou até Eva, levou as mãos ao seu rosto e vendou seus olhos, apertando levemente o nó em sua nuca.

Eva podia ver apenas vagamente através de uma pequena fresta que havia entre a venda e as maçãs do seu rosto. Jonathan voltou até a gaveta e se pôs a procurar por algo.

Eva sentiu a ansiedade crescer exponencialmente em seu estômago enquanto seu corpo implorava pelo de Jonathan. Ouviu os passos do rapaz a se aproximar e, quando ele percebeu a fresta na venda, tratou de puxa-la para baixo, tornando a visão de Eva em um breu total. Ela sentiu os calos nos dedos do rapaz quando ele segurou firmemente seus pulsos e os elevou acima de sua cabeça e por entre os varões da cabeceira. Eva sentiu quando a corda mordeu dolorosamente seu pulso esquerdo e depois o direito. Então, puxou seus braços para baixo, constatando ainda possuir certa folga para se mover, mas apenas o suficiente para chegar com as mãos próximas ao topo da cabeça.

Os passos de Jonathan voltaram a cruzar o quarto em direção à gaveta, aonde Eva pôde ouvi-lo remexer e pegar algumas coisas. Não ter ideia da natureza ou de qual direção viria o próximo movimento a preenchia com uma angústia pungente, que fazia seu delicado corpo responder a cada ruído que ouvia com um pequeno espasmo. Ela sentiu algo apertar-lhe o tornozelo direito e depois o esquerdo e depois puxa-los em direção aos cantos inferiores da cama, sentiu seu corpo ser puxado para baixo, o que a fez retesar a corda que lhe prendia os pulsos na cabeceira.

Eva estava vendada, com os braços presos firmemente sobre a cabeça e com as pernas presas em um ângulo que devia deixar sua vagina exposta. O silêncio se abateu sobre todo o cômodo enquanto Jonathan, propositalmente mantinha-se em silêncio, fortalecendo ainda mais o sentimento de ansiedade e angústia que crescia em Eva.

Ela sentiu seu corpo tremer quando as pontas dos dedos de Jonathan encostaram levemente sob os seus braços. Eva se surpreendeu com o gemido que deixou escapar por conta o susto. Ela sentiu algo frio e com um canto agudo e endurecido tocar e roçar a parte de baixo de seu mamilo e deixou-se gemer novamente. Ouviu, então, o som de algo muito veloz cortando a resistência do ar e sentiu uma dor pungente no seio direito. “SLAPT”.

— Ahn! – Gemeu, surpresa e dolorida.

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