Eva o encarou com seus brilhantes olhos azuis, submissos e carregados de uma incompreensível inocência. Jonathan não sabia dizer se ela o fazia de propósito ou se era puramente instintivo, mas aquele olhar o enfeitiçava, o prendia. Quando caiu em si, o rapaz já estava completamente enredado. Livre de qualquer resquício de ressentimento que qualquer discussão pudesse ter trazido à tona. Quando ela o olhava daquele jeito, ele sabia que ela era só dele.
— Estamos sendo observados. – Disse Jonathan, ao perceber que o jovem que morava no prédio vizinho os espiava da janela de seu quarto, tentando se manter oculto por trás de uma cortina.
Eva tinha o torso desnudo, o vestido tomara que caia havia sido baixado até a barriga, o que deixava suas costas completamente expostas para o prédio vizinho enquanto ela engolia o pênis de Jonathan na sacada. Um fio de saliva escorria lascivamente do pequeno queixo, indo se despejar sobre as sardinhas em seus seios, que balançavam freneticamente com os movimentos de sua cabeça. Ao ouvir o comentário de Jonathan, Eva, que estava sentada sobre os joelhos, empurrou o rapaz para que este se sentasse em uma das banquetas e, sem tirar seu membro da boca, ergueu-se, empinando sua bunda em direção à janela. Ela continuou os movimentos de cabeça enquanto movia seu quadril, mostrando-se para o rapaz no prédio vizinho.
Jonathan sentia sua glande bater no fundo da garganta de Eva enquanto ele segurava firmemente os cabelos de sua nuca. A boca da mulher era morna e pequena, mas ela era boa o suficiente para fazer com que seus dentes roçassem apenas levemente em seu pênis sem o ferir. Ela apoiava as palmas das mãos nas coxas de Jonathan e, quanto mais ele forçava sua cabeça em direção a sua virilha, mais Eva enterrava as unhas em sua pele. Na maior parte do tempo, ele deixava que ela mesma controlasse seus movimentos, mas, de quando em quando, ele a puxava contra si com tamanha força que sentia o nariz da mulher ser pressionado contra sua barriga e o queixo contra seus testículos, sentindo seu pênis pulsar no fundo da garganta dela. Ele a pressionava ali até que seu rosto ficasse vermelho por conta da falta de ar e ela cravasse suas unhas em sua coxa a ponto de esfolá-la, então, a soltava e a deixava respirar. Eva, por sua vez, não parava em momento algum. Pelo contrário, recuperava seu fôlego masturbando-o enquanto o olhava nos olhos e sorria maliciosa, com uma torrente de lágrimas a escorrer pelas suas bochechas.
— Você gosta? – Perguntou Eva, percebendo que Jonathan, em vários momentos, desviava o olhar dela para a janela da sacada.
— A sua boca é a melhor do mundo. – Gemeu Jonathan, atirando sua cabeça para trás.
Eva rebolou e levou uma mão para trás, agarrou seu vestido com as unhas e, olhando maliciosamente para o local aonde o jovem vizinho estava, puxou o tecido devagar, abrindo levemente as pernas. O tecido do vestido escorregou para cima, expondo todo o quadril de Eva e, junto dele, seu sexo e sua bunda. Eva encarou de longe o rapaz e sorriu, dando-lhe seu aval para olhar.
Ela desviou seu olhar de volta para Jonathan, mordendo seu lábio inferior.
— Perguntei se gosta de me expor dessa maneira. – Ela sussurrou, levando as duas mãos às nádegas e as puxando para os lados, abrindo-as dolorosamente.
Jonathan a encarou, seu semblante se tornando cada vez mais selvagem. Ele se ergueu da banqueta, segurando-a pelos cabelos da nuca, se deliciando com o breve esgar de medo que passara pelo rosto de sua amada. Ele sabia que a antecipação a excitava. Ela gostava quando ele agia daquela maneira, como um predador a dominar uma presa. Ele, então, guiou seu pênis até a boca de Eva que o aguardava, entreaberta e ansiosa e, com uma estocada forte, a fez engasgar. Eva levou uma das mãos por entre as pernas enquanto a outra, usava para se apoiar em Jonathan e, a tento de dar um show à parte para seu expectador passou a estimular, freneticamente, seu sexo, já excessivamente empapado.
Jonathan passou a estocar cada vez mais freneticamente seu mastro na garganta de Eva e, quanto mais frenético era seu movimento, mais intensos eram os movimentos da mão e do quadril dela.
O som molhado da garganta de Eva se misturava em uma cacofonia lasciva com o som molhado dos lábios de sua vagina, preenchendo o cômodo. Jonathan gemia baixinho enquanto puxava e afastava a cabeça dela contra si. Seus movimentos pareciam ficar cada vez mais descompassados e à medida que ele os acelerava, sentia seu corpo se aproximando do clímax. Eva, da mesma maneira, movia seu quadril e seus dedos, pressionando seu clitóris e aumentando mais e mais a velocidade de seus movimentos. O expectador, por sua vez, posicionou a cortina para esconder sua metade inferior e visivelmente se masturbava, com os olhos vidrados em Eva.
— Ah! Ah! Aaaah! – Gemeu Jonathan, de maneira urgente, enterrando seu pênis até a base na garganta de Eva, sentindo seus testículos esbarrarem duramente contra o seu queixo delicado e coberto de saliva.
O rapaz sentiu seu pênis pulsar violentamente enquanto ele despejava um jato de sêmen na garganta de Eva, de cuja qual, as pernas convulsionavam e tremiam copiosamente. Jonathan sentiu os músculos da garganta de Eva se contraírem, ajudando-a a empurrar a sua semente para o estômago. A face da mulher já começava a ficar vermelha quando ela se deixou desabar no chão com as pernas moles como se não possuíssem ossos.
Jonathan retirou seu pênis da boca de Eva devagar e tortuosamente, permitindo-a manter a glande entre os lábios ainda por algum tempo até que a torrente de sêmen cessasse por completo. Depois de terminar de engolir em um gole sonoro, Eva desabou ao chão, deixando-se convulsionar por conta do orgasmo que havia acabado de atingir, encarando seu amante com os olhos repletos de paixão. Jonathan olhou para o prédio vizinho, em direção à janela de onde antes era observado e percebeu não haver, lá, mais ninguém.
Apenas quando o coração decidiu que era hora de reduzir a velocidade das pulsações é que o rapaz percebeu o quão expostos eles estavam. Não havia ninguém à vista nas outras janelas do prédio, mas ainda assim, ele sentia uma ponta de receio.
Algum tempo depois, Eva ofegava, deitada no chão da sacada. Ser observada por um terceiro enquanto tinha sua garganta violada pelo pênis de Jonathan parecia tê-la deixado tão excitada que parecia alheia a tudo, exceto o próprio prazer.
*
Jonathan observava as janelas do prédio vizinho, procurando saber se alguém mais além do jovem do sétimo andar os tinha visto. O rapaz parecera tão animado quanto ela com o fato de estar sendo observado e ela pensava em quão diferente ele era de seu marido. Eric jamais se deixaria expor daquela maneira, mesmo se Eva o implorasse, enquanto Jonathan parecia estar disposto a ir aonde quer que ela quisesse apenas para testar seus limites e vê-la satisfeita.
— Uma mulher pode se apaixonar facilmente por você, Jonathan. – Ela disse em uma vozinha fraca. – É como se você quisesse me dar asas.
Jonathan se virou para ela, admirando-a demoradamente. Então, se aproximou e se sentou ao seu lado. Ele depositou uma mão em sua testa, fazendo-lhe um afago.
— É de asas que um anjo precisa, não é? – Ele sorriu, observando-a, apaixonado.
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