Resumo de No meio da multidão – Capítulo essencial de O pecado original por L.E. Soares
O capítulo No meio da multidão é um dos momentos mais intensos da obra O pecado original, escrita por L.E. Soares. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Era uma noite quente e as pessoas começaram a embarcar, se acotovelando pelos melhores lugares. Eva e Jonathan não se apressaram, pois, de qualquer forma, sua intenção era mesmo ficar de pé. Eva sentia a ansiedade a revirar seu estômago e, cada pessoa que esbarrava nela, a fazia soltar um gemidinho. O brinquedo, ainda encaixado em seu sexo, mesmo estando desligado, se movia dentro dela de acordo com seus passos e aquilo a deixava em uma situação muitíssimo vulnerável. Jonathan seguiu na frente, abrindo espaço por entre as pessoas e Eva o seguiu até onde conseguiu, mas acabou por soltar sua camiseta, deixando que ele se afastasse sem perceber que ela havia ficado para trás. O ônibus, naquele horário, levava para casa as pessoas que trabalhavam durante o turno da noite e, como aquele era o ponto mais próximo da avenida mais movimentada da cidade, era comum que estivesse lotado.
Por um momento, Eva temera pelo fato de estar longe de Jonathan. Caso algo viesse a fugir de seu controle, Jonathan deveria estar lá para emprestá-la segurança. Ela tentava olhar por entre as pessoas em busca dele, mas seus pouco mais de um metro e meio não permitiam muita coisa nesse intuito. Ela levou a mão à sua bolsa e pegou seu celular para lhe enviar uma mensagem. Uma notificação indicava uma chamada perdida de Eric e algumas mensagens. Ela abriu o aplicativo para ver do que se tratava. Suas conversas ultimamente haviam se resumido muito às trivialidades cotidianas e uma despedida sem emoção alguma. Ela já nem sabia mais se o “eu te amo” no fim de suas conversas ainda carregava algum significado real, afinal de contas, seu mundo havia sofrido uma reviravolta estonteante após os acontecimentos dos últimos sete dias.
Eva abriu o aplicativo de mensagens para checar.
“Oi. Boa noite”
“Ufa, dia corrido. Vou jantar agora. Espero que tudo esteja indo bem”
“Tenho boas notícias. Poderei voltar para casa no final de semana. Estou com saudades”
Eva sentiu seu coração se acelerar com aquela notícia. Não sabia como lidaria com tudo aquilo. Nem mesmo havia parado para pensar em como olharia Eric nos olhos depois de tudo o que fizera com Jonathan na mesma cama onde dormira e fizera amor com o marido por tantos anos.
Ela sabia que Eric já vinha lhe traindo havia algum tempo, mas nem mesmo raiva conseguia sentir. Pensar na traição de Eric nem mesmo a magoava. Verdade fosse dita, causava-lhe até mesmo um estranho alívio. Havia aproveitado seus momentos com Jonathan ao máximo, explorando da energia e entusiasmo do rapaz sem um exagerado sentimento de culpa a lhe censurar.
“Que bom, meu amor. Estou muito ansiosa para te ver”, ela respondeu, desprovida de entusiasmo.
“Boa noite. Estou no cinema com a Melissa e com o Jonathan. Decidimos dar uma voltinha. Daqui a pouco volto para casa. Te amo”. Continuou.
Ela clicou com o dedo na foto de Jonathan e abriu sua conversa. Havia uma mensagem não lida.
“Estou no fundo do ônibus. Não percebi quando ficou para trás. Estou voltando”
“Não me deixa sozinha, pelo amor de deus. Eu estou muito excitada”
A mensagem de Jonathan se limitou a algumas carinhas de risada, e um diabinho seguido de “Ajuda se eu fizer isso?”.
Eva leu, confusa, sem entender do que ele falava. Logo depois ela entendeu quando sentiu a sua vagina vibrar de maneira suave.
Uma ideia maldosa surgiu em sua mente e ela decidiu se aproveitar da oportunidade para lhe desferir uma fisgada.
“Verdade. Mas vou falar com ela para que marque um encontro entre ele e a Marissa, sua irmãzinha mais nova. Os dois têm quase a mesma idade, sabia?”
O status de Eric permaneceu estático em Online por muito tempo até que ele começasse a digitar.
“Pensando bem, uma mulher mais velha pode ensiná-lo uma coisa ou duas.”. Eric respondeu.
“Verdade. E quem sabe um homem de vinte dê a essa velha aquilo que um de trinta e dois não consegue dar”
Ela já digitava uma outra resposta quando percebeu algo a roçar em sua coxa. Seus dedos paralisaram imediatamente e ela sentiu seu corpo estremecer em antecipação. Por menos intencional que pudesse ter parecido, seu corpo respondeu àquilo com um breve espasmo. Eva olhou em volta, percebendo o quanto o ônibus estava cheio. As pessoas mal conseguiam se mover e muito menos andar de um lado para o outro. Elas nem mesmo pareceram perceber quando, sem querer, Eva soltou um gemidinho quando o brinquedo entre suas pernas vibrou sonoramente em sua maior intensidade. Eva guardou seu celular na bolsa. Seu coração disparou, descompassado quando aquele suave roçar em sua coxa tornou-se novamente presente. Ela olhou discretamente por cima do ombro, tentando ver quem estava atrás de si, mas foi impossível, identificar seu algoz em meio a tanta gente. Ela pretendia fingir que estava alheia àquela audácia e, olhar demais poderia delatar sua ciência. Ela manteve seu olhar adiante, nas costas de um homem que estava logo a sua frente, disfarçando o máximo que conseguia os espasmos aos quais o vibrador a expunha. O leve roçar em sua coxa se tornou um toque um tanto mais ousado quando ela sentiu alguns dedos a pressionar sua bunda por sobre o tecido da saia. A vibração a obrigava a gemer baixinho, e ela já estava suando por conta dos inúmeros corpos pressionados contra o seu.
Ela ansiava por aquilo.
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