O pecado original romance Capítulo 47

Aquela situação aquecia novamente seu corpo e, não percebeu exatamente em que momento havia começado, mas acariciava o pênis do homem a sua frente de maneira quase frenética. Uma das mãos dele se pousara novamente em seus cabelos e outra seguiu ávida até a alça de sua blusa, afastando-a delicadamente para o lado. Eva o auxiliou em sua empreitada, erguendo o braço e o passando por dentro da alça, o que permitiu ao estranho que lhe liberasse um dos seios. Ela se sentia exposta e ousada. Cada experiência que vinha tendo naquela última semana era nova e todas elas lhe excitavam.

O homem lhe pinçou o mamilo com o indicador e o polegar. Eva movia o quadril em ondas, dando ao homem atrás de si uma boa dose de prazer. Seus dedinhos percorreram a braguilha do estranho e lhe abriram o botão e o zíper. Ela enfiou, então, a mão por dentro da cueca do homem e abarcou seu pênis endurecido. Ela puxou a pele para baixo, revelando-lhe a glande completamente lubrificada e sentiu um forte aroma almiscarado invadir suas narinas. Ela puxou o mastro do homem para fora, observando-o hipnotizada. Segurou-o então com ambas as mãos e deixou que um fio de saliva escorresse sobre a glande e sobre a haste coberta de veias.

O homem murmurou algo que ela não foi capaz de ouvir e ela passou a lhe masturbar com vontade enquanto rebolava o quadril no pênis do outro homem atrás de si.

Eva e os estranhos permaneceram naquele jogo lascivo e sem pudores por alguns quarteirões, até que o estranho atrás de si se afastou brevemente e, segurando a tira da calcinha de lado, apontou sua glande contra o ânus de Eva, pressionando-o com força e abrindo caminho até que sua glande houvesse se enterrado quase que por completo. Eva gemeu profundamente ao sentir o invasor continuar seu trajeto por mais alguns centímetros e, por um breve momento, se sentiu tentada a permitir aquele absurdo, mas, em um rompante de consciência, se esquivou, olhando para trás por sobre o ombro e repreendendo o estranho com os olhos. Aquela era a primeira vez que Eva o via. O homem era baixo e tinha os dentes tortos. Tinha a pele escura e os olhos amigáveis e charmosos e lançou a Eva um sorrisinho sacana. Eva voltou seu rosto novamente para a frente e continuou o trabalho de suas mãos.

O estranho atrás dela não se deu por vencido e, novamente, apontou a ponta de seu pênis contra Eva. Ela sentiu sua glande lhe tocar os grandes lábios e abri-los levemente. Ele chegou a penetra-la até que a glande estivesse completamente dentro dela, mas, com um rápido movimento de quadril, ela se atirou levemente para cima, fazendo com que o pênis do estranho escorregasse para fora. Eva se aproveitou para fechar suas coxas em volta dele. Ela soltou um gemido repentino quando sentiu a glande do estranho roçar em seu clitóris, o que pareceu convencê-lo de que a estava penetrando. Era a primeira vez que ela se relacionava com dois homens ao mesmo tempo e lhe parecia absurdo e excitante o fato de serem dois completos estranhos.

O estranho que penetrava suas coxas havia pousado as duas mãos sobre seus quadris e se movimentava freneticamente como se a estivesse penetrando, pouco se importando com os olhares à volta. O outro, à sua frente, vez por outra, tentava empurrar sua cabeça para baixo, em direção ao seu pênis. Eva se sentia tentada a dar aos dois tudo aquilo que eles demandavam, mas se continha. Apenas imaginava o que Jonathan faria quando ela lhe contasse. A bem da verdade, a maneira como ele havia respondido ao encontrar com Walter no apartamento havia sido inesperada e desde então ele se havia tornado uma incógnita quando o assunto era ciúmes.

Os movimentos do homem às costas de Eva logo se tornaram mais e mais frenéticos e ela estava ciente do que se seguiria. Como estava gostando daquela situação, se sentiu um tanto decepcionada com a rapidez com que iria acabar, mas como já estava satisfeita, levou uma das mãos por baixo da saia. O estranho esbarrou seu quadril com força contra ela uma, duas, três vezes e despejou vários jatos de sêmen que se chocaram contra a mão, e a calcinha de Eva. Seu pênis pulsava enquanto perdia tamanho e a sensação do líquido morno e viscoso a escorrer pela sua coxa a fizera se sentir ainda mais exposta. Eva limpou a mão como pôde na parte dianteira de sua calcinha e aguardou o homem puxar o seu pênis e guarda-lo dentro da calça para ajeitar sua saia e, então, voltar sua atenção para o homem à sua frente.

Ao contrário do homem que estava atrás, o da frente era alto demais para que ela fosse capaz de usar as coxas para fazê-lo atingir o clímax. Ela então continuou a masturbá-lo. Sentia-o esquentar a palma de sua mão e apreciava os detalhes de suas texturas. O cheiro de suor e desodorante misturado ao aroma almiscarado daquele pênis alguns palmos abaixo de seu nariz a atingia como o impacto de uma bomba e Eva queria vê-lo cuspir seus jatos e atingi-la no rosto e no seio desnudo.

Ela levou seu lábio novamente até o peito do homem e o mordeu, o que o fez bufar e puxar seu cabelo com força. O homem que estava atrás dela, tendo cumprido sua missão, apenas permaneceu ali, parado enquanto o ônibus não chegava ao seu destino.

Eva sentia sua excitação crescendo mais e mais e decidiu levar uma das mãos entre as pernas. Sua calcinha estava encharcada com seus próprios sucos e com a semente do violador desconhecido. Eva buscou com o dedo o seu clitóris e o pressionou por sob o fino tecido. Ela deixou um pequeno suspiro lhe escapar da garganta e passou a mover seu dedo freneticamente, em busca de prazer.

Ela se sentiu ser lançada para trás de maneira abrupta e foi então que o ônibus parou. As pessoas começaram a descer e o estranho se abaixou até que sua boca estivesse encostada em seu ouvido.

— É aqui que eu desço. – Ele sussurrou em uma voz grave enquanto guardava o pênis dentro da calça.

Eva o encarou, desapontada enquanto guardava o seio desnudo novamente sob a blusa. Ele tomou seu queixo entre os dedos e lhe depositou um leve beijo na bochecha.

— Me liga, vamos terminar isso. – Ele disse, entregando a ela um cartão de visitas e lhe dando as costas em direção à porta, por onde uma grande quantidade de passageiros desceu.

Eva, enfim foi capaz de ver Jonathan no fundo do ônibus. Uma leve pontada de ciúmes se abateu sobre ela quando o viu sorrir para uma jovem que também descia. Ela foi até ele em completo desalinho e ambos se sentaram nos assentos do fundo.

— Então. Foi divertido? – Perguntou o rapaz, jogando uma mecha do cabelo de Eva por trás da orelha.

— Você não faz ideia. – Ela respondeu, entregando a ele o cartão com o telefone. – Vamos ligar para esse número amanhã. Tive uma ideia.

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