O pecado original romance Capítulo 64

Resumo de Proposta absurda: O pecado original

Resumo de Proposta absurda – O pecado original por L.E. Soares

Em Proposta absurda, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico O pecado original, escrito por L.E. Soares, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de O pecado original.

Na quinta-feira, à noite, após terem o corpo descansado, Eva e Jonathan se levantaram e, juntos, trocaram as roupas de cama, puseram a lavar as roupas, limparam toda a casa e, junto com ela, quaisquer vestígios do que vinha acontecendo. Naquela noite, decidiram que seria melhor que dormissem separados e, por conta do ímpeto violento que costumavam ter seus intercursos, decidiram que, a partir dali até o momento em que estivessem a sós novamente, seriam contidos quanto a mordidas, arranhões e tabefes, a tento de permitir que o corpo de Eva se recuperasse de todos os vergões os quais havia adquirido.

Eric chegaria no sábado e voltaria para São Paulo no domingo. Eva ainda não havia decidido por completo o que fazer quanto a ele e, questionava-se fortemente se ainda o amava depois de Jonathan e também de descobrir o caso que o marido vinha tendo.

Na sexta feira, enquanto trabalhava em um projeto, teve seu olhar atraído para o celular que vibrou sobre a mesa.

“Não vá se esquecer de nosso jantar, hoje à noite. Vou confirmar o horário com o investidor”

Entre tantas coisas que haviam acontecido, aquele jantar havia, realmente, sido apagado de sua memória e Eva amaldiçoou baixinho. “Como se já não tivesse tanto para pensar”, pensou, respondendo a mensagem de Marcos com uma mãozinha com o polegar erguido.

Eva abriu o grupo de sua empresa que era formado por ela mesma e mais dois funcionários e pôs-se a digitar.

“Não se esqueçam do jantar com Marcos Ricci hoje à noite”

Ela depositou o celular sobre a mesa, voltando a trabalhar. O celular vibrou alguns minutos depois. Uma notificação de Felix apareceu no topo da tela. Eva desbloqueou a tela do celular, abrindo o aplicativo e lendo o que ele havia enviado.

“Vixe, eu acabei esquecendo e marcando com meu irmão, que vem de fora para passar um tempo aqui. Foi mal, chefe. Foi mal mesmo”

— Tsc. – Eva amaldiçoou mentalmente. – Pelo jeito seremos apenas Danúbia e eu.

Eva decidiu que precisava fazer alguma cafeína circular em seu sangue, então, foi até a cozinha e pôs a água a ferver. Ela sentiu o celular vibrar e, deduziu ser Danúbia, confirmando sua presença. Abriu o aplicativo, vendo o nome de Marcos em evidência, então, abriu a conversa.

“Eva, o investidor adiantou sua volta para a Escócia e só agora me avisou. Parece que ele volta em duas semanas. Se preferir desmarcar o jantar, vou entender. Mas não tenho nada em minha agenda, então, se quiser, podemos ir juntos aproveitar a noite de sexta e o fato de seu marido estar viajando”

O rosto de Eva corou diante do flerte óbvio. Apesar de ter se sentido levemente aliviada por cancelar aquele compromisso, tinha de admitir que a figura de Marcos Ricci fora de uma relação cliente - prestador de serviços havia lhe despertado uma certa curiosidade.

“Só você e eu”, ele completou na mensagem seguinte.

Que Marcos vinha fazendo avanços em seus chamegos, isso Eva não podia negar, mas, teria ele, coragem de partir para algo físico e direto?

A chaleira começou a apitar, tirando Eva de seu devaneio, ao mesmo tempo que uma notificação de Danúbia aparecia no alto da tela.

“Tudo certo para hoje à noite, então. Te encontro lá”

Eva apagou o fogo sob a chaleira, pondo-se a digitar.

“Segunda forma, Danúbia. O investidor não vem. Jantar cancelado. Sinto muito”

Danúbia replicou com uma carinha de muxoxo e Eva não se deu o trabalho de responder.

Eva despejou a água fervente sobre o pó do café, fazendo com que seu forte aroma assaltasse sua narina e fizesse sua boca salivar. “Preto, com uma pitada de açúcar, como de costume”. Eva preparou sua generosa caneca e levou consigo para o quarto, voltando ao trabalho.

Ela tentou voltar a trabalhar em seus projetos, mas outros pensamentos passaram a assaltar sua concentração, fazendo-a suspirar em frente ao computador. Hora pensava em como agir em relação a Eric, hora pensava em Jonathan e todas as aventuras excitantes que haviam vivido naquela semana que se havia passado e, quando sentia seu corpo responder lascivamente a esses gatilhos, pensava até mesmo em Marcos. Seu peitoral tatuado, o aroma que um charuto cubano e recém fumado deveria deixar na barba e seu timbre dominador a dominar uma conversa.

Eva tentava entender a si própria. Achara, durante toda a vida, que amaria apenas um homem. Havia, no entanto, se apaixonado perdidamente pelo primo mais novo de seu marido, com quem havia, em pouco mais de uma semana, vivido os dias mais intensos e malucos de sua vida, em uma montanha-russa de emoções que insistiam em fazer seu estômago se revirar constantemente.

Sentia, no entanto, um desejo constante de se sentir desejada por outros homens, o que a havia feito agir de uma maneira que, há apenas alguns dias, teria condenado sem pensar duas vezes. Jonathan a fazia se sentir livre para ousar e experimentar de todos os fetiches, possuindo-os ou não. Ela sabia que ele sentia ciúmes dela, só não conseguia compreender como esse sentimento funcionava, uma vez que ele quase havia partido para cima de Walter quando entrou de rompante pela porta do apartamento quando os dois bebiam juntos, mas não apenas não pareceu se importar, como se demonstrou, obviamente, excitado com o fato de ela ter sido tocada e quase violada por dois estranhos em público.

O que o rapaz diria se ela lhe contasse que gostaria de seduzir Marcos Ricci durante um jantar à dois? Por que estava ela mais preocupada com o que Jonathan pensaria sobre aquilo do que o próprio marido? Quando exatamente havia se tornado aquela pessoa? As dúvidas povoavam sua cabeça e pareciam dançar em uma espiral psicodélica que a estavam a enlouquecer.

Ela ouviu a fechadura da porta de entrada estalar e correu para a sala, animada. Amava ver a maneira como os olhos de Jonathan pareciam brilhar quando ele a via ao chegar em casa. De todos os olhares, de todos os homens, aqueles olhos lupinos a perscrutarem todo seu corpo e estacarem sobre seus próprios, mergulhados em um momento que parecia durar uma eternidade e fazia seu coração pular um passo, eram os únicos os quais considerava seu tesouro pessoal e imprecificável. Ela tinha certeza de que ele a amava e, apesar da certeza que tinha dos próprios sentimentos, nunca havia dado ao rapaz a certeza transformada em palavras. Não o pretendia fazer antes de resolver as coisas entre Eric e ela. Não era justo com Jonathan.

Não foi, em nada, diferente dos outros dias.

Eva apoiou o ombro ao batente da porta que dava para a sala, sorrindo, esperando que Jonathan trancasse a porta e se virasse para ela. Sentia a ansiedade crescer, fazendo seu estômago dar voltas e seu coração dar pulos. Quando o rapaz se virou e captou seus pés, descalços, ele parou onde estava e percorreu todo o seu corpo, como se aquela fosse a primeira vez que a via. Ela vestia a camisola com a qual havia dormido e nada além dela.

— Senti sua falta na minha cama durante essa noite. – A voz de Eva pareceu tirar os olhos de Jonathan de seus seios e trazê-los até os seus próprios olhos, onde o rapaz pareceu se perder.

Jonathan sorriu, a encarando. “Esse bendito olhar”, Eva pensou, sentindo sua pulsação se acelerar.

— Quer que Eric sinta meu cheiro em seu travesseiro quando chegar? – Ele se aproximou, largando seu caderno de anotações sobre a mesa.

Ouvir aquela frase enchia Eva de uma estranha ansiedade, o que a fazia sentir ainda mais prazer e a obrigava a atirar seu quadril contra Jonathan ainda mais violentamente.

— Goza dentro de mim, Jonathan. – Eva implorou, sentindo, ela mesma, seu corpo se aproximar do clímax. – Me dá um filho seu.

Eva não entendera o porquê de ter deixado escapar aquela frase sem sentido, mas se sentira estranhamente excitada ao proferi-la.

— Faz um filho em mim, Jonathan. – Ela reiterou, sentindo suas pernas tremerem violentamente.

Jonathan urrou, enterrando os dedos por entre seus cabelos e puxando-os para trás enquanto estocava uma, duas, três vezes com ímpeto e vigor. Eva sentiu seu ventre se aquecer, sabendo que a semente de seu amante se espalharia pelo chão assim que ele se desencaixasse de onde estava. Ela moveu o quadril, desejando manter Jonathan dentro de si pelo resto do dia, mas logo sentiu o pênis alojado em sua vagina perder tamanho e escorregar para fora, liberando uma torrente de sêmen sobre o porcelanato.

Jonathan se afastou e se sentou em uma cadeira, sorrindo.

— Faz um filho em mim? – Ele perguntou, debochado. – Essa eu nunca tinha ouvido.

Eva olhou para trás, caindo em si e rindo.

— Eu não sei por que disse aquilo. – Ela se justificou, corando, esperando não ter assustado o rapaz. – Só me pareceu excitante na hora. Não briga comigo.

Ele a encarou de maneira incógnita. Eva não sabia o que ele estava pensando, mas uma vergonha repentina a havia atingido e ela não sabia exatamente o quão ridícula o amante a achava naquele momento.

— Para de me olhar dessa maneira. – Ela escondeu o rosto entre as mãos. – Que vergonha. Eu não sabia o que eu estava falando. Dá para esquecer?

Ele continuou encarando com seus olhos verdes por tanto tempo, que Eva desejava apenas se esconder.

— Para com isso Jonath... – Ela ia fugir para o quarto, mas foi interrompida.

— Quer ser a mãe dos meus filhos? – Ele perguntou, a surpreendendo.

Eva o encarou, atônita, por um longo tempo, como se parecesse absurdo que ele respondesse daquela maneira a um devaneio tão surreal. E contra todas as suas expectativas racionais, com um meneio de cabeça quase involuntário, ela confirmou.

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