O pecado original romance Capítulo 65

Resumo de Me peça que eu faço: O pecado original

Resumo de Me peça que eu faço – Capítulo essencial de O pecado original por L.E. Soares

O capítulo Me peça que eu faço é um dos momentos mais intensos da obra O pecado original, escrita por L.E. Soares. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

— Eu não sei, Jonathan. – Começou Eva, tentando espantar aquele assunto. – Eu só fiquei com vontade de falar aquilo por que me pareceu excitante na hora. Não se prenda a isso.

Jonathan sorria um sorriso bobo, o entusiasmo a transbordar através das mãos e pés inquietos. Eva não conseguia deixar de se encantar com a maneira jovial com a qual o rapaz parecia realmente considerar aquilo uma possibilidade, mas sabia que, como tudo o mais sobre o que os dois vinham vivendo, aquilo também não passava de uma loucura inconsequente.

Era verdade, sim, que ela levava jeito com crianças e, quando mais nova, costumava pensar em si mesma como uma futura mãe. Mas a vida cômoda que vivia e a falta de impulsos paternos de Eric nunca a haviam permitido trazer à tona aquela possibilidade. Ela, assim como o rapaz que a encarava, sentia-se entusiasmada com tudo aquilo, mas fazia questão de tentar esconder.

Eric era tão comedido e calculista, traduzindo, desde sempre, as possibilidades em números e estatísticas para, só então, assumir riscos, enquanto Jonathan, por sua vez, era seguro de suas decisões e, até mesmo, impulsivo, entregando-se de maneira completamente inconsequente a uma paixão sem cabimento e, a quem viesse a observar de fora, sem futuro. Paixão esta que tinha tudo para terminar em um coração partido. Eva sentiu o estômago se embrulhar com a culpa, sabendo, sem sombra de qualquer dúvida, que o rapaz apostava nela todas as suas fichas, sem nem mesmo saber se ela compartilhava daquele sentimento. “Eu nunca nem mesmo disse que o amava e, ainda assim...”.

Jonathan se levantou, indo em direção a Eva e, tomando seu queixo entre os dedos, depositou um beijo em seus lábios.

— Está tudo bem, Eva. – Ele se virou em direção ao corredor. – Eu vou tomar um banho. Quer que eu vá até o mercado e compre algumas coisas para preparar para o jantar, depois?

O sexo afobado e luxurioso que haviam acabado de fazer e todo o assunto que acabara surgindo depois dele haviam varrido completamente a figura de Marcos Ricci de sua cabeça. Eva nem mesmo havia avisado a Jonathan sobre o jantar que aconteceria durante a noite e, repentinamente, sua curiosidade sobre como o rapaz reagiria a uma proposta indecente a atingiu como uma agulhada.

Ela esperou que ele fechasse a porta do banheiro de visitas atrás de si e se recostou a ela, esperando que o barulho de água corrente chegasse, abafado, aos seus ouvidos. Ela esperou por algum tempo, sorrindo um sorriso maroto e então, entrou pela porta, tentando fazer silêncio. Jonathan esfregava violentamente as mãos ao rosto, fazendo com que seu pênis flácido pendulasse entre as pernas. A espuma formada pelo xampu escorria por sobre seu peito entalhado e suas pernas. Ela se sentou sobre a tampa do vaso e esperou que ele terminasse de enxaguar os olhos.

— Então. – Ela começou, arrancando do rapaz um sobressalto. – Acontece que eu meio que tenho um encontro hoje à noite...

Ela fez aquela pausa, propositalmente. Jonathan a olhou através de um único olho. A testa franzida em um claro descontentamento.

— Hm. – Ele resmungou, voltando a esfregar o próprio rosto.

— É um cliente de minha empresa. – Ela continuou. – Vamos celebrar um contrato com um grande investidor.

Jonathan fingiu não se importar, mas um leve tremular em seus movimentos o haviam exposto. “Pouco mais de uma semana e já o conheço tão bem”.

Eva sentiu seu corpo se aquecer ao observar seu amante ensaboar o próprio corpo, partindo do pescoço, para o peitoral, a barriga e então, descer por sua virilha. Ele envolveu os testículos com a mão, espalhando a espuma por toda a região e então, segurou o membro flácido acariciando-o e lhe dando mais atenção do que seria necessário. “A mera presença dele me deixa excitada”.

— Você não se importa? – Ela perguntou, sabendo a resposta.

— Eu quero que você saiba, com toda a certeza desse mundo... – Ela pousou a mão sobre o peito dele. — ...que se você me pedir, eu não vou. Se me pedir, eu faço o que você quiser.

Jonathan a puxou contra si, envolvendo-a em um abraço. Eva sentiu seu coração palpitar. Aquela era uma maneira direta de dizer que estava tão entregue àquela loucura quanto ele próprio. Assim como ele, ela apostava todas as suas fichas.

— Eu sei, sim. – Ele depositou um beijo em sua testa. — E é exatamente por isso que eu não vou te pedir.

Ela sentiu seu coração se aquecer. “Por que não me pede que eu seja só sua?” Eva gostava da sensação de liberdade que sentia, mas sentia, também, que aquela liberdade, sem Jonathan para com quem compartilhá-la, não lhe faria diferença alguma. Os dois permaneceram em silêncio, sentindo a água morna a lamber os seus corpos.

— Vai flertar com ele? – Jonathan rompeu o silêncio.

Eva afastou a cabeça do peito de Jonathan, encarando-o.

— Acha que eu devo? – Ela sorriu, coquete. Jonathan sorriu de volta.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O pecado original