Resumo de Abraçada – O pecado original por L.E. Soares
Em Abraçada, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico O pecado original, escrito por L.E. Soares, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de O pecado original.
Mais de uma hora havia se passado quando o interfone tocou. Eva o atendeu e, quando a voz do outro lado se identificou, abriu a porta do hall de maneira remota.
Voltou, então, a se sentar no sofá, com o laptop sobre as coxas e pôs-se a trabalhar em um dos projetos. Não conseguia, no entanto, se manter concentrada. A imagem de um Jonathan deitado, inconsciente e ensanguentado sobre uma maca, teimava em atrair todo e qualquer foco para ela.
A porta se abriu e a figura de Helena entrou por ela. Eva sorriu, desejando boas-vindas. Havia, em pouco tempo, se apegado bastante à mulher, enxergando nela, muitas das qualidades mais óbvias e atraentes que haviam em Jonathan. Seus olhos eram inteligentes e esbanjavam gentileza e, enquanto do senhor Ricardo transbordava uma evidente rusticidade, ela exalava plena nobreza.
— Tem café na garrafa. – Eva avisou.
— Acabei de encontrar os garotos em uma cafeteria muito charmosa mais adiante. Tomei café lá. Decidiram dar uma volta no shopping, por insistência de Ester. – Ela sorriu, lembrando-se da filha.
Ela seguiu em direção ao corredor. Eva se obrigou a voltar a seus afazeres, lutando para espantar a ansiedade.
— Eva. – Helena chamou, voltando do quarto. – Onde está Ricardo?
Eva fechou a tampa do laptop e se levantou, posicionando-o sobre braço do sofá.
— Eu acredito que tenha ido procurar o senhor Gama para conversar.
Os olhos de Helena se franziram em dúvida ao mesmo tempo que transbordavam de esperança.
— Ele disse algo antes de sair?
— Bom, para falar a verdade, disse menos do que achei que ia dizer quando descobrisse sobre Jonathan e eu.
Helena sorriu, esperando a conclusão da história.
— No começo, eu pensei que ele me daria um sermão. E por um momento, a conversa tinha mesmo tomado esse rumo, mas, quando eu contei a ele sobre o que vinha acontecendo, sem medo de esconder ou dissimular, ele pareceu muito mais receptivo.
Um sorriso se abriu nos lábios de Helena, como se aquilo fosse algo familiar.
— O que foi? – Eva perguntou, curiosa.
— Ricardo costuma fazer isso, querida. – Ela levou a mão sobre a de Eva. – Ele costuma testar as pessoas. É algo dele, não faz por mal. Ele faz muito com os filhos.
— O que quer dizer? – Eva pareceu um tanto confusa.
— Como ele andava desconfiado, eu já o havia deixado a par do que podia estar acontecendo entre vocês. – Os olhos de Eva se arregalaram, incrédulos. – Ele estava apenas verificando se você seria sincera com ele sobre a maneira como se sentia sobre Jonathan ou não. É uma maneira que ele tem de decidir em quem confiar.
— Oh, meu Deus, e por que não me contou que já tinha contado a ele?
Helena deu uma piscadela.
— Não. É claro que não, mas, Ricardo teme que ele use toda essa situação com o Jonathan como moeda de troca para impeli-lo a vender nossas terras um dia. Pense na sua indignação quando o viu no hospital e descobriu que ele era o dono da Gama & Gama, a mesma empresa para a qual Jonathan pretendia trabalhar.
A Eva lhe faltava entendimento sobre o assunto para opinar, mas, ainda que Ricardo Valente se obrigasse a vender suas terras para Lincoln Gama por conta de algum código de honra que o impelisse, o dinheiro adquirido pela venda poderia ser usado para a compra de terras em um outro lugar.
Resolveu se manter em silêncio, sem mais perguntar.
— Se Ricardo está realmente pensando em aceitar a proposta, é por que as opções em sua cabeça devem ter se esgotado. – Helena ergueu o olhar, como se pensasse um pouco. – E quando ofereceu suas próprias economias para ajudar, fê-lo perceber quão absurdo era permitir que alguém de fora da família estivesse mais disposta a se sacrificar pelo nosso filho do que ele mesmo.
Eva franziu os olhos. Mantendo um silêncio breve.
— Dona Helena. – Eva a chamou.
— Pois não?
— Eu já me atirei de cabeça nisso. Amo seu filho de uma maneira louca e inexplicável. Digo sem um resquício qualquer de dúvidas que não pretendo voltar atrás. – Ela pareceu sutilmente ressentida. – Não quero que me tratem como alguém de fora da família.
Helena a analisou, olhando profundamente em seus olhos, como se sondasse sua alma e todos os sentimentos contidos na frase que havia acabado de dizer.
— Tudo bem, querida. – Ela sorriu. – Eu sei.
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