O Sheikh e Eu(Completo) romance Capítulo 38

Comecei a tentar mexer as minhas pernas, meus braços, mas Matheus segurou os meus pulsos quando tentei me afastar dele e começou a achar que aquilo fazia parte de algum joguinho que eu estava fazendo enquanto ria e dizia:

– O que é que tem, Ag.? Eu sei que você quer também. – Não, eu não queria. Comecei a sentir as lágrimas se acumulando ao redor dos meus olhos enquanto chutava e esperneava, mas talvez, era só impressão minha de que Matheus estava bêbado, pois ele estava com uma força avassaladora me segurando e enfiando suas mãos pelo meu corpo, avançando como se eu tivesse dado passagem. – Qualé, Ag. – Ele continuou com a voz tomada de raiva – Já temos três anos de namoro. Agora já chega né? Você vai me dar. – Ele ameaçou e eu senti seus dedos deslizando pela minha pele próxima do ombro e puxando a alça da blusa junto da alça do sutiã. Desesperada, fiz a única coisa que achei sensata fazer:

– Socorro! Alguém me ajuda! Ele está tentando me estuprar! – Gritei em inglês. Afinal, estava num hotel na Alemanha. Duvido que alguém me compreenderia se eu gritasse em português. Já achava difícil em inglês! Mas eu não fazia ideia de como se dizia isso em alemão! Não era como se eu tivesse pensando em aprender esse tipo de frase durante o básico que tive! Nunca achei que fosse precisar.

Para minha surpresa, Matheus me calou com um beijo enquanto tentava invadir minha boca com sua língua. Comecei a me espernear para tentar fugir dele e mordi seu lábio com força enquanto aproveitava que ele tinha afrouxado as mãos por pequenos milissegundos saindo das mãos dele e tentando correr como uma louca para a porta, a fim de fugir dele. Eu estava apavorada. Morrendo de medo de ser estuprada. Acabei cambaleando para frente e batendo o joelho no chão com força, enquanto arfava e tentava me manter em pé. Maldita bebida! Ele devia já ter isso em mente. Me embebedar para tirar minha virgindade ao seu bel prazer de sou macho alfa, porque agora a minha fuga parecia se tornar impossível.

– Socorro! Me ajudem! Alguém! – Gritei mais uma vez tentando me levantar e Matheus, que parecia ter se recuperado da mordida que eu dei, me puxou pelos cabelos, com uma dor terrível, na sua direção rindo e, mais uma vez, achando que tudo era parte de algum showzinho que eu estava fazendo. Doía-me seus puxões.

– Gosto assim, princesa. – Ele gargalhou. – Sexo selvagem. – E passou a me apalpar por trás, a puxar minha camisa para relevar mais dos meus seios e a rir. Senti mais lágrimas ajuntarem-se próximo dos meus olhos, caindo, dessa vez. Eu chorava em silêncio. Por que não sabia chorar fazendo barulho e isso só aumentava ainda mais a minha raiva por não ter ninguém naquele maldito hotel para me ajudar.

Que grande ironia. Devem estar achando que estamos fazendo alguma encenação durante o sexo para não virem me salvar. Ou, talvez, eu realmente esteja sozinha e seja estuprada no meu próprio quarto. Que tentador! Acordar me sentindo imunda.

Matheus me virou de frente para ele. Percebi que eu realmente tinha tido sucesso. Havia um corte nos lábios de Matheus que, embora tenha parado de sangrar, tinha feito um rastro que ele tinha tentado limpar, até o queixo e, a marca dos restos de sangue, ainda estava ali para lembrar. Contudo, minha alegria parou em instantes ao observar os olhos de Matheus. Ávidos por sexo, ávidos por ser o meu primeiro. Ávidos, de alguma maneira, para me fazer sofrer.

E não precisei de muito para logo perceber isso.

– Por favor, não é brincadeira! – Gritei pela última vez assim que Matheus começou a apertar o meu pescoço, me impedindo de falar. Comecei a sentir a falta de ar se ponderando de mim enquanto ele aproveitava a minha busca insana por ar, para enfiar a sua língua na minha boca. Mais lágrimas. Céus, eu só conseguia imaginar onde tudo aquilo ia dar, chorando. As mãos de Matheus pararam de me enforcar e passaram a entrar novamente pela blusa enquanto eu tentava tomar ar, dessa vez, enquanto uma rasgava com força uma das alças da minha blusa, a outra apertava veementemente o meu seio e eu comecei a choramingar não somente de pavor, medo, mas também de dor. Os seus toques estavam violentos, terríveis, e eu sabia que acordaria no outro dia me sentindo terrível, marcada por aquelas mãos abomináveis. Já tinha tentado esmurrá-lo, já tinha o mordido, estava sem ar algum e ainda assim, estava em suas malditas mãos.

Então, de repente, senti que Matheus voava para longe de mim e isso pareceu ser um alívio, por um momento, para mim. Depois, quando observei melhor o que acontecia, só consegui sentir pavor ao ver que Seth estava ali, esmurrando o rosto de Matheus com força, sem piedade.

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