O Sheikh e Eu(Completo) romance Capítulo 41

Resumo de Capítulo 41: O Sheikh e Eu(Completo)

Resumo de Capítulo 41 – Capítulo essencial de O Sheikh e Eu(Completo) por Diana

O capítulo Capítulo 41 é um dos momentos mais intensos da obra O Sheikh e Eu(Completo), escrita por Diana. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Eram tantos anéis e um mais lindo do que o outro que eu não conseguia, no fim, ajudar Seth. Estava mais perdida que ele achando todos aqueles o máximo e quando Seth pedia para eu experimentar, apenas para ver como ficava, eu já estava morrendo de vergonha por um dia sonhar com um daqueles. Quem se importa com festa de casamento? Só um anel daqueles me bastava.

– Gostou desse? – Perguntou-me Seth com um leve sorriso. Eu não conseguia tirar os meus olhos. Estava já com o mesmo anel no dedo há algum tempo e, certamente, se eu fosse a noiva, estaria chorando com um daqueles no dedo, já que as lágrimas se ajuntavam no canto dos meus olhos só pelo pequeno e frágil tempo que eu tinha a chance de colocar um daqueles no dedo, visto que eram caríssimos. Inexplicavelmente, os que eu tinha gostado tinha o tamanho certo para mim e, mais uma vez, eu estava com um anel de noivado no dedo tentando tirar há algum tempo sem sucesso.

Ele tinha uma pedra brilhosa e delicada em formato de coração no meio. Era tão delicado e brilhoso que acho que do outro canto do salão as pessoas podiam ver o meu dedo brilhar. E isso era tão.... Estranho. Mas eu não conseguia desgrudar o meu olhar daquela belíssima pedra e Seth parecia ter percebido isso quando soltou uma pequena gargalhada.

– Acho que alguém gostou do anel. Acho que Nadirah então vai gostar. – Voltei meu olhar para ele.

– Está brincando? É lindo. – Disse e ele sorriu.

– Eu sei. – Seus olhos estavam voltados a mim. – Eu também achei. – Murmurou por fim e meu coração deu pequenas saltitadas dentro do meu peito enquanto eu conseguia tirar o anel com um pequeno pesar em mim.

– Então será esse. – Ele disse. Vamos agora para os de casamento? – Perguntou para a mulher que concordou levando-nos para outra sala. Eu já podia parar de sonhar não é mesmo?

– Seth. – Chamei-o timidamente. Ele voltou seus olhos para mim, curioso.

– Pois não?

– Você está confiando muito no meu gosto que dizem por aí que não é muito bom. – Corei levemente por estar me auto depreciando. Vai saber! Corar por isso? – Só acho que... E se ela não gostar? Não vai colocar a culpa toda em mim por ter mau gosto, não é? – Perguntei e Seth gargalhou tentando diminuir a voz por ter o feito um pouco alto demais.

– Eu também estou gostando das escolhas, Ag. – Respondeu-me. – Não se preocupe. Estou de olho. – Ele piscou e eu voltei meu olhar para a mulher, tentando não corar ainda mais por conta daquele gesto tão impróprio ao ponto de mexer com minhas entranhas.

Continuamos ainda um pouco mais, dessa vez nas alianças de casamento. A mulher estava tentando nos empurrar os mais caros ao perceber que Seth não estava preocupado com o quanto gastar, conquanto fossem bonitos e ela, por sua vez, estava querendo uma alta gorjeta. Ficamos então mais algumas horas na loja analisando os modelos, que eram vários, dos mais delicados, grandes e lindos possíveis. Eram tantos anéis que comecei a achar que a facilidade que eu tivera com os anéis de noivado, não seriam tão facilmente observadas nas de casamento.

– Então, temos apenas mais dois, dessa coleção. – Disse a mulher já visivelmente irritada por conta da minha incapacidade de fazer escolhas. Ela então voltou seu olhar para Seth que parecia analisar tudo com extrema atenção e suspirou baixinho, continuando: – São esses. – E então ela abriu um porta-joias maravilhoso expondo as últimas alianças que faltavam.

Meu ar, por um segundo, sumiu. Ou, talvez, já tivesse sumido desde que eu entrei na loja e só agora eu havia percebido isso.

Os meus olhos encheram-se de lágrimas. De novo, para variar. Meus hormônios deviam estar alteradíssimos por conta da viagem, só pode. Me contive na peça com pontos azuis e fiquei analisando o seu toque brilhoso e delicado que parecia quase me chamar.

Que um dia eu conseguisse. Ainda compraria aquela peça para mim.

Eram pontos transparentes que brilhavam lado a lado com pedras preciosas azuis, que pareciam lápis-lazúli, olhando para mim e me chamando. Eram tão intrincadas e delicadas que pareciam um doce toque da manhã ao alvorecer. Me espantei em como aquela peça tinha mexido comigo e como eu achara ela linda.

Então voltei meus olhos para a outra peça, que parecia um rubi rosa e até a achei bonita, mas não tinha me chamado a atenção como o toque maravilhoso da pedra azul. Voltei então minha atenção para Seth. Seus olhos estavam vidrados nas peças e ele tinha um sorriso torto no canto dos lábios.

– E então? – Perguntei. Se fosse para eu escolher, já estava ciente de qual seria. Não havia mais dúvidas. Seth pareceu sair do seu torpor por alguns segundos, balançando a cabeça desajeitadamente e voltando sua atenção toda para mim.

– O rubi rosa. É maravilhoso. Acho que Nadirah vai adorar, não acha? – Voltei minha atenção para as peças novamente, sentindo-me murchar momentaneamente. É para Nadirah, sua burra. Não para você! Realmente, a azul não combinava com Nadirah. Não era ela, era eu. E eu devia ter tido um olhar mais crítico desde o outro anel para não escolher o que eu veria no dedo de Nadirah e choraria porque achara lindo e um dia teria ele. Mas porque combinara com a noiva de Seth e, de fato, Seth estava certo. A rosa combinava mais com Nadirah. Tentei não dar de ombros enquanto plantava um sorriso falso nos lábios e concordava:

– Sim. Acho que ela vai adorar. Acho que é esse mesmo. – E a mulher fechou a porta joias visivelmente satisfeita e, aparentemente, aliviada também, já que não tinha mais o que nos mostrar. Então sorriu novamente e nos disse:

– Como vai pagar, Sr. Salal? – Seth voltou os olhos para ela.

– Em cartão. E peça para entregar. – A mulher concordou. Seth, então virou-se para mim.

– Vou pagar. Pode seguindo. Te encontro já, já. – Concordei enquanto voltava minha atenção para fora, fazendo a marcha da vergonha, murchando por dentro por ser pobre e não ter um tostão no bolso para comprar coisas caras. É a vida. Alguns tem muitos, outros poucos. Como minha mãe diria, ao menos você tem saúde para trabalhar.

Ainda que eu imaginasse que esse discurso demoraria para com minha irmã. Afinal, mamãe teria que mudar o discurso se Sofia não obtivesse mudanças favoráveis.

Pensar na minha irmã sempre fazia meu coração doer. Eu ainda não tinha arrumado muito tempo para pensar em como ela estava ou conversar com ela. Ainda mais agora que a Fer tinha dito que ela começara o novo tratamento. Eu só pedia a Deus que desse tudo certo, pois eu não queria perder a minha irmã. Eu a amava muito.

– Sua puta! – Ouço de algum lugar que não faço ideia e tento procurar pela voz sabendo que a reconhecia de algum lugar. O pavor me percorria por inteiro. A rua não estava muito movimentada, mas eu tinha a sensação de que Matheus logo me alcançaria. Estaria eu ficando paranoica?

Não, não estava. E logo percebi isso quando as mãos de Matheus voaram para o meu cabelo puxando com extrema violência enquanto voltava a me olhar, sanguinolento. Quase tomei um susto ao ver como seu rosto estava, mas não tive muito tempo para fazer coisa alguma, Matheus começou a apertar o meu pescoço com extrema violência e falar:

– Eu vou te matar, sua filha da puta! – Raiva, muita raiva. – Olha o que você e o putinho do seu namorado fizeram com o meu rosto, sua vagabunda! – Ainda bem que Matheus estava falando em português, pois ninguém compreendia os xingamentos que ele dirigia a mim. Mesmo assim, comecei a me debater em busca de ar, tentando soltar sua mão que estava em volta do meu pescoço, meus pés nas pontas dos dedos, tentando buscar ar enquanto eu tentava me afastar. Matheus era forte e se mantinha me levantando com suas mãos no meu pescoço, pelo chão. Eu não sabia se aguentaria muito tempo.

– Eu devia saber que você era uma vadia! Ta dando para o seu chefe, não é mesmo? – Eu não conseguia responder, não conseguia sequer arregalar os olhos por tamanha blasfêmia. – É por isso que não quis me dar! Ta ganhando quanto como mulher de programa? – Eu sentia as lágrimas começando a se aproximar no canto dos meus olhos e eu só conseguia pensar em como eu tinha conseguido ficar três anos namorando esse bruto que só sabia me xingar? Como eu não havia enxergado esse homem grosso? – Mas agora eu vou matar você. – Ele disse com um sorriso no canto dos lábios e me jogou no chão, aparentemente vidrado com os olhos em mim. Comecei a buscar ar, tentando me manter em paz, mas Matheus percebeu que Seth saia da loja e sorriu para ele enquanto gritava: – Vocês ainda me pagam! – E saiu correndo pelas ruas de Munique enquanto um dos guardas se aproximava de Seth:

– Corremos atrás, senhor? – Mas Seth simplesmente balançou a mão para que o guarda o deixasse em paz enquanto se agachava até mim, humilhada no chão, sendo alvo de olhares piedosos de outros para mim, morrendo de vergonha. Não consegui encarar Seth e, quando seus dedos gentis tentaram trazer meu rosto na direção dos seus olhos para eu o ver, eu só pude desviar o olhar, tomada pela vergonha. Seth, então, xingou baixinho:

– Vadio. – Tentei não me assustar com o linguajar nada comum do Sheikh. – Alfred, traga o carro. – Disse para o guarda que ainda se mantinha perto de nós sem saber o que fazer. Ele então assentiu, saindo de nossa direção e, felizmente, as pessoas voltaram a andar como se nada tivesse acontecido. Eu já não era, ainda bem, mais atenção pública.

– Você está bem? – Perguntou-me um Seth visivelmente alterado me estendendo a mão. Toquei a sua mão levemente enquanto me levantava. Não queria mais olhar para nada, o medo estampado na minha face depois das ameaças feitas por Matheus.

Ele estava bem desfigurado mesmo. E apavorante também.

Seus olhos pareciam que estavam roxos e o nariz levemente torto e com tampão. Os lábios rachados e uma fúria estampada em cada palavra que ele direcionara a mim. Eu não conseguia digerir tudo o que ele achava de mim. Toda a mentira, estampada ali, que somente ele não conseguia ver. Tudo bem, menti que Seth não estava aqui? Ok. Mas eu nunca tinha sido infiel a ele. Mesmo quando a atração entre eu e Seth parecia palpável.

– Estou. – Respondi seca, porque ainda estava pensando nas palavras que Matheus tinha me dito. Então o carro chegou rapidamente e nós dois adentramos o espaço de trás. Ali, finalmente segura, não consegui segurar as malditas lágrimas. O que estava acontecendo com meus hormônios? Eu não costumava chorar por qualquer coisa...

– E eu queria bater na minha cara agora por sempre fazer besteiras e não ter cumprido a minha promessa. – Arqueei uma sobrancelha sem entender do que Seth falava. Ele não deixou que eu perguntasse já se auto respondendo: – Eu prometi que ia cuidar de você, mas deixei que ele fizesse isso contigo. – Disse Seth e ameaçou tocar-me, fazendo todos os músculos do meu corpo se retesarem, mas ele desistiu na última hora, retornando a mão até a base do corpo. O meu coração que estava disparado pareceu demorar para voltar ao normal.

– Não há problema, Seth. Você me salvou do mais importante. Aquilo? Na rua, Matheus não ia tentar nada muito grave. – Pelo menos eu achava e tentava convencer Seth do meu achismo. Eu tinha percebido que já não conhecia mais quem era Matheus.

– Mas eu insisto. – Seth respirou fundo e, por um segundo, eu senti a sua respiração muito próxima de mim me desconcertando e me fazendo esquecer o que eu estava fazendo ali parada na frente dele. – Eu quero cuidar de você, Agnes. – E, a princípio eu não compreendi aquela frase. Seth estava olhando para baixo.

– Do que falas, Seth? – Perguntei sentindo meu rosto esquentar severamente pela proximidade de Seth e pelo seu olhar tão próximo de mim, me desconcertando, que eu só conseguia sentir falta de ar.

– Eu falo, Agnes, do que eu... – Mas Seth foi impedido de falar pelo toque estridente do seu celular e me peguei rindo, pois nunca tinha visto o som do toque de Seth sem que esse estivesse no silencioso e, para minha surpresa, ouvir a Marcha Imperial era atestar, de alguma forma, que Seth conhecia Star Wars. Ainda que soasse muito arrogante para seu estado de senhor Riquinho – Um minuto. – Ele me disse e piscou. – A gente termina essa conversa já, já. – Ele me disse e meu coração acelerou no peito por um segundo, embora não conseguisse identificar que espécie de término de conversa estávamos tendo, que até agora eu não compreendia.

– Alô? – Então sua sobrancelha se arqueou visivelmente curioso. – Mãe? Quem te falou isso? – Ele me olhava ainda de forma desconcertante e eu só conseguia pensar em como queria ser uma mosquinha para ouvir do que eles falavam. – Alfred, eu devia imaginar. Você subornou meu amigo para contá-la sobre tudo o que está acontecendo aqui? – Dessa vez eu que estava intrigada pelo rumo da conversa. – Aham, sei. Segurança da Agnes. Por que eu não posso ser seguro suficiente para ela. – Seth revirou os olhos e eu ri baixinho tentando esconder o quão hilário estava achando aquilo tudo. – Certo. Aconteceu isso mesmo. Mas ligue para o celular dela que ela te conta melhor. – Ele me lançou um sorriso. Parecia dizer: “Não quero falar com a minha mãe e contar a história toda, então sinta-se em casa para fazer por conta própria.” E eu não ia negar. Afinal, Sra. Zilena precisava ouvir o que tinha acontecido da minha boca e eu precisava ser mais madura e arquear com as consequências de tudo. Saber lidar com tudo. E se a forma de eu lidar com tudo, era enfrentando as lembranças e contando a Sra. Zilena, eu faria sem reclamar. Ela merecia. – Vou avisá-la então para atender o telefone. Até mais mãe. Que a paz esteja com a senhora também. – E então Seth desligou me lançando um sorriso cretino e eu tentei não pirar ao ouvir o meu celular tocar. Antes de eu atender, contudo, Seth decidiu falar:

– A gente termina a conversa depois. Você está me devendo um jogo de ontem, mocinha. – Ele piscou e eu quase dei língua para ele. – Depois que a Sra. Zilena te encher de perguntas e mais perguntas até você dizer chega, a gente joga. Vou ficar te aguardando. – E eu concordei sem falar muita coisa, porque o celular continuava tocando e eu não queria deixar a ligação da Sra. Zilena cair na caixa postal. E um aceno de cabeça já era resposta mais que suficiente para o rapaz- criança.

– Alô? – Disse atendendo a Sra. Zilena. Dei um tchau com a mão para Seth que se trancou em seu quarto e fui então em direção ao meu, sem muita escapatória das perguntas da mãe dele. Ela parecia tão aflita quanto minha mãe vai ficar o dia que eu a contar sobre isso. E então eu só pude suspirar. Ia ser uma longa conversa.

*

– E foi isso. – Disse terminando de contar a história fatídica que tinha terminado agora pouco. Sra. Zilena ouvia com a atenção. Contei que seu filho tinha me ajudado, mas preferi não entrar em detalhes, já que não sabia como a Sra. Zilena poderia encarar a presença de Seth dormindo no chão do meu quarto. Fora que eu poderia perder o meu emprego por tê-lo sujeitado a isso.

– Que menino horrível, Agnes. – Disse Zilena ainda remoendo tudo o que eu tinha dito. – A sua mãe já sabe disso? – Encolhi no meu canto. Não sabia como minha mãe encararia isso tudo se ela soubesse. A verdade é que estando minha irmã com o novo tratamento, enchê-la com isso só faria o meu coração doer ainda mais. Afinal, ela já estava enfrentando tantos problemas. Não devia ter que se preocupar comigo também.

– Ainda não. – Comecei. – Mas a minha amiga já deve estar contando para ela. Eu pedi para contá-la, já que não estou tendo muito tempo para ligações. – Menti. Não era uma mentira, de fato, já que eu sabia que Fernanda contaria para a minha mãe assim que encontrasse com ela, mas, talvez, um adiantamento da verdade.

– Tudo bem. Fico mais aliviada assim. Eu não gostaria de saber que minha filha foi ameaçada pelo seu antigo namorado. – Zilena suspirou. – Mas os guardas estão aí e Seth está cuidando bem de você, não é mesmo? – Ela me perguntou só para confirmar. Senti meu rosto corar de vergonha.

– Sim, claro. Acredito que não vamos sair do hotel até voltar a viagem pela manhã de amanhã. Então pode ficar tranquila, Srta. Zilena. Está tudo bem. – Ela riu baixinho no telefone.

– Tenho certeza que está. Bem, boa noite, Srta. Agnes. – Disse terminando a conversa.

– Boa noite. – Respondi por fim.

Fiquei ainda um tempo olhando para a minha imagem refletida no espelho. Perceptível as marcas ao redor do pescoço. Agora, eu era um ser cheio de marcas de dedos vermelhas e isso era frustrante. Bufei e decidi não me olhar mais enquanto seguia para um banho. Olhar-me mais uma vez só me geraria ainda mais pavor depois de tudo o que aconteceu. A dor continuaria por muito tempo. Se eu ficasse pensando nela, ela não ia sumir, pelo contrário, aumentaria. E havia muitas outras coisas importantes para eu me preocupar. Matheus não era – e não seria – uma delas. Não mesmo.

E com esse pensamento, segui para o banho a fim de espantar os monstros que se formavam na minha cabeça e apaziguar a dor que assolava o meu peito. Eu precisava ser forte. Por Sophia, por mim. Por Seth... E pelo pobre famigerado do Matheus.

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