Perdição de Vizinho romance Capítulo 11

Resumo de Capítulo 10: Perdição de Vizinho

Resumo de Capítulo 10 – Capítulo essencial de Perdição de Vizinho por Alê Santos

O capítulo Capítulo 10 é um dos momentos mais intensos da obra Perdição de Vizinho, escrita por Alê Santos. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Ella

Os dias foram passando lentamente ou era eu que estava ansiosa demais para o tal encontro. Mas também pudera! Não saio com um homem desde que me divorciei, há mais de um ano, chega até a ser estranho fazer isso depois de tanto tempo. Um medo começou a tomar conta de mim, receio que o cara queira algo mais e eu não corresponda às expectativas dele. 

Hoje é o dia do meu encontro e eu deveria estar saltitante, mas não. Estou extremamente nervosa e a ponto de desistir. 

Nada disso, Ella. Você já foi muito longe para dar pra trás agora. Relaxa e segue o roteiro.

Repreendo-me mentalmente por minha covardia. Sou uma mulher bonita, gostosa e poderosa, não preciso que um homem aprove isso ou me faça sentir o que já sei que sou. 

O nervosismo é tamanho, que já vasculhei meu guarda-roupa inteiro e ainda não achei nada adequado para a ocasião.

Sento na cama, bufando e solto uma lufada de ar, desanimada. Até que meus olhos miram um tecido preto. Me agacho sobre o amontoado de roupas no chão e puxo, sorrindo ao perceber que acabo de encontrar o que procurava. O look perfeito.

Um macacão longo e preto, boca de sino, contendo uma pequena transparência na área da costela e um decote avantajado, porém, não extravagante e com alças grossas. Retiro a toalha do corpo e visto-o rapidamente, virando de costas para o espelho para enxergar o zíper e fechá-lo. Aliso o tecido, desde a minha barriga até as coxas e sinto-me deslumbrante.

Me maqueio e prendo os cabelos em um rabo de cavalo alto, deixando uma pequena mechinha solta em cada lado do rosto. Borrifo perfume nos lugares apropriados, seios, atrás da orelha, pescoço, pulsos e periquita. Nunca se sabe o que pode acontecer.

Coloco meus pertences numa bolsinha de mão e leio as mensagens de boa sorte dos meus amigos em nosso grupo do whatsapp.

Oliver: Arrasa, amiga! E não esquece a camisinha. 

Dou uma gargalhada com as peripécias dele e me apresso em sair de casa para não me atrasar. Marcamos de nos encontrar no Mirante Rocinha, um restaurante muito famoso por ser atração turística do Rio de Janeiro e fica de frente para o Pão de Açucar. Lugar requintado e cheio de conforto ao mesmo tempo, com bancos altos e mesas de madeira. As luzes dos postes refletem nas taças de vidro penduradas de cabeça para baixo, criando um ambiente perfeito para um encontro.

(...)

Paro em frente ao restaurante e manobro o carro para estacionar, então sigo para dentro do lugar, descendo a escada de madeira. Fico meio em dúvida sobre quem poderia ser o tal homem com quem marquei de me encontrar — já que nunca o vi antes — mas olhando para um canto mais afastado, vejo um homem sozinho, olhando para a vista em sua frente. Ele tem as mesmas descrições do Nathan, seu olhar está distante. Talvez esteja pensando que levou um bolo.

Desço os últimos degraus da escada, caminhando até ele, toco de leve em seu ombro e ao virar o rosto para mim, seu parece surpreso.

— Ella? — me olha de cima a baixo com um sorriso encantador, mirando cada parte do meu corpo.

— Sim e você deve ser o Nathan, certo? — sorrio e estendo a mão para nos cumprimentarmos.

Ao invés de um aperto de mãos, ele leva minha mãos aos lábios, beijando o dorso como um perfeito cavalheiro. E, por alguma razão, eu revirei os olhos internamente.

— É um prazer conhecê-la e devo dizer, com todo respeito, mas você é ainda mais bonita pessoalmente. — elogia sorrindo.

— Obrigada. Digo o mesmo sobre você. — retribuo, analisando seu corpo, que é digno de um deus e não perde em nada para o Justin.

No que você está pensando, Ella? Isso é hora para pensar ou sequer comparar esse pedaço de mau caminho em sua frente, com o Justin?

— Está tudo bem? — Nathan me tira do transe, percebo seu cenho franzido.

Pisco repetidamente.

— Anh… Sim, claro. — sento-me no banco alto de frente para ele e a brisa leve do vento sopra meus cabelos. Por sorte está preso e bem arrumado.

— Então, o que quer beber? — pergunta, me entregando o menu com o cardápio.

Abro e folheio-o, passando os olhos por todas as bebidas deliciosas.

— Um martini. 

— Ótima escolha! — acena para o garçom — Dois martinis, por favor — o mesmo anota os pedidos e sai — O que faz, Ella? — ele apoia os cotovelos sobre a mesa e me olha sorrindo.

— Sou advogada. 

— Uau! Eu jamais diria isso, você não tem jeito de advogada. Não querendo ofender.

— Você é a segunda pessoa que me diz isso. Acho que tenho que começar a pensar em mudar de profissão, hein. — rio, o levando a rir também.

— Bobagem, tenho certeza de que é muito boa no que faz.

— Olha, modéstia à parte, mas sou ótima. Jamais perdi uma causa. 

O garçom coloca as bebidas sobre a mesa e ficamos por um bom tempo conversando, bebendo e rindo. Descobri que o Nathan é fotógrafo, ele me mostrou alguns de seus trabalhos que me deixaram completamente encantada.

A noite estava sendo bem agradável, até eu ver quem eu menos esperava, entrando no restaurante. Só pode ser karma. Justin, Nando e mais duas mulheres. Como se soubesse que eu o estava observando, Justin olha para mim disfarçadamente, dando aquele sorriso sexy que me desmonta inteira e me faz imaginar coisas que eu não deveria. Para completar, ainda pisca para mim. Reviro os olhos internamente.

— Algum problema, Ella? — Nathan toca em meu braço, acariciando-o.

— Anh… É, desculpa. Achei ter visto alguém conhecido, mas foi apenas impressão. — forço um sorriso.

Eles sentam próximo a nós e nos minutos que se passam, Justin sempre dá um jeito de me olhar, o que me deixa desconfortável, porque não consigo mais focar no homem maravilhoso e encantador a minha frente. Mesmo que não olhasse para o meu vizinho, meu pensamento vai o tempo todo até ele. 

— Vou ao banheiro, já volto. — informo e levanto da cadeira, ajeitando minha roupa.

Vejo Justin passando por nós e indo até onde estão seus amigos.

— Você se incomodaria de irmos embora? — comprimo os lábios temendo sua reação.

Não posso mais permanecer no mesmo ambiente que o meu vizinho. Sentindo como meu corpo está reagindo a presença dele.

— Fiz algo errado? — ele franze o cenho.

— Não, de forma alguma. Só não estou me sentindo muito bem. — minto.

— Oh, claro. Podemos ir. Só pedirei a conta antes. — ele acena para o garçom, que não demora a vir até nós.

O homem traz a comanda e Nathan paga. Então saímos. Faço o possível para não olhar para o Justin na saída do restaurante.

(...)

— A noite foi muito agradável. — do lado de fora do lugar, nos despedimos antes de entrar em nossos carros.

— Foi mesmo, faz tempo que não me divirto tanto. — comento.

— Podemos repetir a dose? 

Nem sei como responder a sua pergunta, porque apesar de ter curtido bastante o encontro, estar com ele, não senti nada, nenhuma faísca. Foi mais como um encontro entre amigos.

— É, pode ser. A gente se fala. — tento não demonstrar minha falta de interesse.

— Me empresta seu celular? — pede e eu fico confusa. Nathan ri — Para salvar meu número, assim podemos conversar e marcar alguma coisa. 

— Ah, sim. Tudo bem. — retiro o celular da bolsa, entregando-o.

Ele digita rapidamente e me devolve.

— Prontinho. — sorri.

— Vê se não me deixa esperando demais, gostei muito de você, Ella. Esperarei ansiosamente seu contato. — se aproxima de mim, beija minha bochecha e vai até seu carro.

No caminho de volta para casa, só consigo pensar no Justin e em tudo que ele me faz sentir. Honestamente, já não tenho mais tanta certeza se isso é apenas um desejo carnal, uma simples atração sexual ou algo a mais e, sinceramente, espero que seja, pois, odiaria me ver apaixonada por um homem que não quer nada além de sexo.

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