Resumo do capítulo Capítulo 8 do livro Perdição de Vizinho de Alê Santos
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 8, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Perdição de Vizinho. Com a escrita envolvente de Alê Santos, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
Ella
Depois das palavras do meu vizinho gostoso, de me deixar tentada — assim como eu estava fazendo com ele, quando o provoquei, dançando com o Oliver — continuei bebendo pelo que pareceram horas, já estava bastante alterada, sem ter muita noção do que acontecia ao meu redor. E tudo isso por pura raiva de mim mesma, por querer ser mais solta se tratando de homens, dar sem me importar que no dia seguinte o cara esquecesse meu nome. Enquanto perco de aproveitar a vida, meu ex segue por aí com a vagabunda com quem me chifrou, ou até possa estar fodendo várias, já que não tenho notícias dele há um bom tempo.
— Já chega, minha rainha. Você já bebeu demais. — meio desnorteada pelo álcool em meu organismo, ouço a voz do Oliver.
— Ah… Me deixa… Estou… bem. — minha voz sai embolada.
— É, dá pra ver como está bem. — Alexia ou Barbara comentam rindo, não tenho muita certeza de qual delas falou.
— Vamos, gata. A noite acabou. — Oliver tira o copo de minha mão e me apoia no ombro.
— Eu amo vocês, são os melhores amigos da vida. — passo a mão no rosto do Oliver, acariciando.
— Cara, quando ela se lembrar desse vexame amanhã, isso vai dá muito ruim. — Barbara comenta em meio a risada.
Solto uma gargalhada e já nem sei mais do que estou rindo.
Eles me colocam no carro e tentam fechar a porta, mas eu coloco o pé para fora, impedindo-os de fechar.
— Eu quero ir no meu carro, não posso deixar aqui, ele vai sentir falta de mim. — a risada dos três é como uma escola de samba em meus ouvidos.
— Entra aí, bebum e deixa de conversa.
— Precisam de ajuda aí? — essa voz é familiar.
Vejo meu vizinho se aproximando de nós.
— Vai embora, Justin! — peço com a voz embolada.
— Opa! E como precisamos, Ella é horrível bebendo. — Alexia comenta rindo, levando meu vizinho a rir também.
— E ela disse que é forte para bebidas… — sorri sexy me encarando.
— Não acredite em tudo o que ela diz, é maluquinha. Uma maluquinha do bem, mas não deixa de ser. — Barbara responde em tom de brincadeira.
— Podem deixá-la comigo, eu a deixarei em casa em segurança, prometo.
— Eu não vou sair com você. — tento retrucar, porém, minha voz embolada não ajuda em nada.
— Ella, você não está em condições de decidir nada, apenas vá com ele. E você, por favor, não seja um psicopata. — Oliver se direciona ao Justin.
Meu vizinho gostoso ri nasalmente.
— Relaxa, cara. Ela está em boas mãos.
— Disso não tenho a menor dúvida… — meu amigo dá uma secada no corpo do Justin, descaradamente — Até mais, foi um prazer te conhecer. — ambos apertam as mãos.
— Tenha uma ótima noite, minha deusa. — Oliver beija minha testa e sorrio para ele.
Barbara e Alexia se despedem de mim rapidamente e Justin me tira do carro da Barbara, me pegando no colo e levando para o meu.
— Onde está a chave? — pergunta, estando ainda comigo em seus braços fortes.
— Não sei, devo ter jogado fora. — o respondo sem ter muita noção do que digo.
Ele ri.
— Você não deveria beber assim. Deixa eu ver se está em sua bolsa.
Ergo a mão, segurando-a e lhe mostro. Me coloca no chão, pressionando meu corpo contra o material metálico do carro para eu não cair e abre a bolsa, procurando pela chave. Observo seus movimentos, admirando o quanto ele é lindo e não demora a encontrar a bendita, balançando no ar.
— Não se mexe na bolsa de uma dama… Poderia ter coisas que você não deveria ver… — mesmo com a voz embolada, reclamo.
Justin põe uma mão em minha cintura, aproximando seus lábios do meu ouvido.
— Garanto que eu iria amar ver o que tivesse aqui dentro… — sussurra, me causando arrepios.
Clica no botão, destravando a porta do carro, abre e me coloca sentada no banco do passageiro, fechando o cinto envolta do meu corpo, não deixando de mirar meus lábios.
Ao concluir sua tarefa, dá a volta, entrando no lado do motorista, girando a chave na ignição e acelerando.
(...)
Justin estaciona em frente aos prédios em que moramos e noto um carro parar bem atrás de nós em seguida.
Reconheço o carro como sendo do homem que está ao meu lado, ou pelo menos muito parecido. De repente, tenho a sensação de que meu estômago está embrulhando.
— Droga! — sinto a bile subir, me fazendo prender o ar na boca, evitando o constrangimento de vomitar na frente dele.
— O que houve? — me olha preocupado, enquanto desliga o motor do carro.
— Eu… Eu preciso… — não concluo minha frase, solto o cinto rapidamente, nem sei como consegui realizar essa proeza e abro a porta, correndo para fora do veículo.
Coloco literalmente todos os meus órgãos para fora, ao menos é essa a sensação que tenho. À medida que vomito, sinto meus cabelos sendo afastados do meu rosto. Olho para o lado e vejo Justin segurando-os em um rabo de cavalo, evitando de sujá-los e massageando minhas costas. Mesmo constrangida, pois, não era dessa forma que eu imaginava terminar a noite, continuo vomitando até não ter mais o que botar para fora.
Respiro fundo, passando o dorso da mão nos lábios, limpando qualquer resquício de vômito.
— Tá tudo bem aí? — agora estando um pouco mais consciente, vejo o Nando se aproximando de nós.
— Sim, ela só bebeu demais. Valeu por trazer meu carro, fico te devendo essa. — Justin o responde, ainda segurando meus cabelos levemente.
— Fica bem, vizinha. — Nando tenta descontrair a situação, o que não funciona muito.
— Como exatamente imaginou que eu fosse? — me olha intensamente, como se pudesse desvendar minha alma.
— Ah, você sabe… Fui casada com um cafajeste, me gabo de saber reconhecer um quando vejo.
— Cafajeste? É assim que me vê? — franze o cenho com um sorriso cínico nos lábios.
Meneio a cabeça em afirmação.
— Sim — tomo o restante do café forte e sem açucar, porém, muito saboroso — Daqui consigo ver perfeitamente o que acontece em seu apartamento, não me orgulho em admitir isso, mas é inevitável, quando nossas janelas são de frente uma para a outra.
— O que seria a definição de cafajeste para você, Ella? — passa a língua nos lábios, esperando por uma resposta.
— Um cara como você, que pega todas e não passa de uma noite com nenhuma. — ele ri nasalmente.
— Sou solteiro, Ella. Pessoas solteiras vivem assim.
— Eu não vivo assim. — ele fica sério, bebe o restante do café, depositando a xícara sobre a mesinha de centro e apoia um dos braços no recosto do sofá.
— Porque não quer. Você é livre para fazer o que bem entender, mas deve ter medo de viver. O que diria se eu dissesse que quero te beijar agora? — mira meus lábios e engulo em seco com seu jeito de falar sem pudor.
— Você quer? — meus lábios ficam entreabertos após minha pergunta.
— Sim e não é só isso. Queria te foder em todos os lugares possíveis dessa casa, porque quando te admiro através da janela do meu apartamento, não sabe as coisas que imagino fazendo entre quatro paredes com você.
Meu corpo inteiro estremece ao som de suas palavras que soam como música para os meus ouvidos. Faz muito tempo que não me sinto desejada por um homem.
Desvio o olhar do dele.
— Não é certo…
— O quê não é certo? Eu quero, você quer, somos adultos. — mordo levemente o lábio inferior.
— Você é mesmo muito presunçoso, garantindo que eu quero.
Justin aproxima o corpo do meu, sua mão direita que estava até agora no recosto do sofá, se direciona para a minha nuca, me causando arrepios e fazendo-me fechar os olhos ao mínimo toque dele em minha pele.
— Se não quer, então porque essa boca gostosa que me deixa duro somente em olhá-la, está pedindo um beijo meu? — sussurra bem rente ao meu ouvido, fazendo o ar que sai de sua boca ao falar, me deixar molinha.
Respiro fundo, ainda de olhos fechados, tentando fingir que minha calcinha não está completamente molhada. Meu vizinho lambe o lóbulo da minha orelha, deslizando-a pela minha bochecha e indo até minha boca. Beija o canto dos meus lábios, mordiscando-o de leve e dá uma apertada firme em minha cintura. Solto um gemido involuntário.
— Eu te quero, Ella. Mas não farei nada sem o seu consentimento. — volta a sussurrar em meu ouvido.
Aperto os olhos, sentindo meus mamilos enrijecerem. Quando decido tomar uma dose de coragem e ceder, um barulho de porta me faz abrir os olhos. Ele havia ido embora, consegui ver apenas sua mão fechando a porta, antes de me deixar aqui incendiada pelo desejo que me causou.
Trouxa!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Perdição de Vizinho
Lindo, estou chorando 😢 😢 até agora...