Resumo de Capítulo 19 – Uma virada em Perverso de Winnie_welley
Capítulo 19 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Perverso, escrito por Winnie_welley. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Na manhã seguinte pegamos o jato de volta para a mansão. A noite anterior foi conturbada, mas pelo menos depois do que aconteceu não vi o Sebastian até entrar no avião, ele parecia estar com uma cara de ressaca, pelo visto a noite não foi nos braços da mulher loira. Sentei em uma cadeira afastada fingindo estar dormindo para não ser incomodada como da última vez, não tinha cara para olhá-lo depois desse fim de semana.
Descemos do avião indo direto ao carro conversível, o percurso inteiro foi em completo silêncio, virei o rosto para o lado observando a paisagem, para evitar qualquer contato.
Chegamos na mansão pela tarde, como de costume fui direto para meu quarto escoltada por Marília.
Entramos no quarto, ela pegou minhas malas e começou a arrumar as roupas.
Me joguei na cama e fitei o teto branco.
Meu coração acelerava ao pensar no dia anterior, em tudo, na mão dele em meu pescoço e no tecido da calça roçando em minha coxa.
Aperto meus olhos com força. O frio na barriga aumenta.
Sebastian foi evasivo, porém eu me perguntava porque não senti nada ruim em relação assim, claro, dizer aquelas coisas sobre a loira foi nojento, entretanto não mudou o fato das minhas pernas amolecerem toda vez que estávamos muito perto.
Olhei para Marília, ela estava guardando algumas coisas nas gavetas.
— Não vai me perguntar nada sobre a viagem?
— Acredito que não seja da minha conta.
Lanço um olhar incrédulo a ela.
— Tem certeza? Nem ao menos sentiu minha falta?
— Fiquei desocupada. Não gosto de ficar sem algo a fazer. — Ela coloca o que parecia ser minha aliança em cima da penteadeira. — Deveria usá-la.
— Não. Não preciso. — Volto a encarar o teto. Um suspiro despercebido sai.
— Vejo que voltou diferente. — Aproximou-se.
— Ah - suspiro-, Marília. Foi estranho.
Suas sobrancelhas se juntam.
— Ele tentou algo que você não queria?
— Não. — Penso — na verdade, sim e não. Estou confusa.
Sento na borda da cama, olhando para minhas mãos.
— Ao que parece, ele se divertiu com uma loira que conheceu no hotel.
Não vejo a expressão de Marília mudar. Parecia ser mais comum do que parece.
— Sebastian sendo Sebastian. — Balançou a cabeça. — Mas por que isso parece lhe incomodar?
Levanto da cama balançando a cabeça.
— Não incomodou, de maneira alguma. — Passo andar de um lado para o outro.
— Estou vendo. — Uma sobrancelha sua arqueia.
Meus ombros caem e der repente eu paro.
— Queria que o Ethan estivesse aqui.
Marília olha para seu colo, sem algo a dizer.
— Acredito que ele saberia o que me dizer agora. — Realmente não queria chorar na frente da Marília. — Pode me deixar a sós por um momento?
Ela assentiu e caminha em direção a porta.
Pelo primeiro vez eu realmente queria estar sozinha ali, mesmo com meus pensamentos martelando na cabeça, tentando evitar que meu coração batesse tão forte no peito quando recordava as palavras de Sebastian.
— Pensei que não desceria hoje. — Disse olhando para seu relógio.
— Se eu fizesse isso você iria me buscar de qualquer forma. — Rebato.
— É gratificante constatar o quanto você é submissa a mim. — Um canto de sua boca elevou-se.
Travo minha mandíbula. Vejo a cruz em sua têmpora contrair.
— Vamos logo antes que eu cogite voltar para o quarto.
Nós saímos da mansão, o carro dele já estava parado em frente ao chafariz. Harold que esperava por nós em frente a porta, entregou as chaves a Sebastian, depois abriu a porta do carona para mim.
— Obrigada, Harold. — Lanço um sorriso tímido a ele que não acenou com a cabeça.
Sento no banco e puxo o cinto, Sebastian liga o carro dando partida.
O caminho foi tranquilo, apenas a luz do farol iluminava a estrada, a noite estava bela e calma, eu conseguia ver estrelas pela janela. Lembrou-me a noite que conheci Sebastian, o céu estava exatamente assim, pronto para me receber.
Quase meia hora depois finalmente chegam em frente a uma residência, atrás de um portão havia a propriedade, não parecia um castelo as ruínas como a de Sebastian, mas parecia ainda mais impecável e cara.
Acordo de meus pensamentos com a porta de Sebastian sendo batida, saio do carro segurando a bolsa de mão que Marília me deu. Do lado de fora, um manobrista pegou as chaves das mãos de Sebastian conduzindo o carro para o estacionamento, ao lado de outros de marcas caras.
Meus olhos brilhavam.
Sebastian segura minha mão, olhando para meu dedo anelar, averiguando se eu estava usando a tal aliança. Puxo minha mão de volta.
— Já sei o que devo fazer. Você não precisa me dizer sempre.
Sinto seu olhar em cima de mim e depois ouço um sorriso nasal.
— Não deixe que eles devorem você.
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