Resumo do capítulo Capítulo 20 do livro Perverso de Winnie_welley
Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 20, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Perverso. Com a escrita envolvente de Winnie_welley, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
— Meu deus. — A mulher coloca as mãos em frente aos lábios. — Você realmente veio!
Acompanho o sorriso amarelo de Sebastian quando sua tia veio nos recepcionar, ela era uma mulher de cabelos castanhos e rosto maduro, bonita, muito elegante, os olhos tinha a mesma tonalidade dos dele, os lábios finos e as bochechas rosadas lhe deixavam bonita de certa forma. Inegavelmente eram parentes.
Seu olho desce até mim, percorreu dos pés a cabeça até seu sorriso se desfazer em meu rosto. Enquanto ela vestia um vestido de marca famosa, eu usava um que Marília disse que ficaria bom.
Já era uma ótima maneira de ser recepcionada.
— Jade. — Cumprimentou balançando a cabeça lentamente. Sua atenção volta para Sebastian. — Venha, vamos entrar! Vai congelar aí fora, querido.
Do lado de dentro dei de cara com a sala de estar, uma lareira aquecia o local enquanto do outro lado, perto de um dos sofás marrons estava uma grande árvore de Natal com caixas embaixo, nas paredes tinham diversas fotos de Sebastian, Nicolae e Amélia quando crianças.
Meu queixo caiu.
A mulher continua agarrada no braço de Sebastian, puxando ele para outro cômodo. Agora estávamos em uma sala mais iluminada, cheia de jogos de tabuleiro, com um pebolim. A sala estava cheia de rostos familiares, inconveniente Nicolae, entre outros que compareceram ao casamento. Eles vêm cumprimentar Sebastian enquanto eu me escondo atrás de suas costas. Quanto menos minha presença fosse notada seria melhor para mim.
— Ninguém esperava que fosse vir. — Disse um homem enquanto dava dois tapinhas na costa de Sebastian. Seu rosto era envelhecido, mas continuava com cara de bebê. O sotaque não negava, ele era daqui como o resto. — Como estão as coisas?
Sebastian levanta os ombros.
— Tudo indo bem.
O homem estende um copo com bebida para Sebastian que o pega sem pestanejar, esperava que ele não ficasse bêbado demais ao ponto de causar um acidente na volta para casa.
— Achei realmente que não fosse vir, até esqueci seu presente. — Um homem alto de cabelos grisalhos comenta.
— Não tem problema, mal lembrei de você também. — Retrucou Sebastian fazendo todos da sala gargalharem.
Sebastian me puxa para frente, fazendo olhares caírem sobre mim. Seu braço percorreu minha cintura, estabilizando sua mão na lateral da minha nádega, quase soltei um gritinho, mas causaria estranheza, afinal somos um casal. Isso não evitou que o local inteiro aquecesse.
— Como estão as coisas no casamento? — Uma mulher pergunta.
Vejo Sebastian virar o copo de uísque, aquela era a forma dele me dar a palavra? Ou garantir gargalhadas mais tarde por conta da minha resposta?
— Bem — pigarreio —, as coisas estão bem.
— É impossível as coisas estarem ruins quando se casou com o Sebastian. — A tia dele gesticulou. — Meu sobrinho tem todas as características de um homem perfeito.
Vejo o homem grisalho olhar de relance para ela, provavelmente seu marido.
— Viviane... — Murmurou ele.
— Sim. Um homem perfeito. — Afirmo em um tom confortável. — Mal a vi durante a cerimônia.
— É, eu preferi observar toda aquela situação.
Vejo outra mulher aproximar-se quebrando o clima.
— Sinto muito pelo seu pai não ter vindo, querido. — Viviane comenta.
Olho para Sebastian, vejo sua mandíbula tencionar, parece que Viviane não estava sendo inconveniente apenas comigo.
— Natacha ficou com ele no hospital, irei visitá-lo amanhã. — Informou Sebastian.
Hospital? Eu não sabia que o pai dele estava internado. Sebastian deveria estar triste por isso.
— Está belíssima. Vocês realmente fazem um casal perfeito.
Sebastian olha bem para mim e desce para meus lábios, talvez ele quisesse me beijar novamente, porém eu não queria fazer aquilo de novo, não com toda essa gente me olhando como se eu fosse uma atração de zoológico.
— Sim. — Respondo de imediato quebrando o clima.
Sebastian olha para algum lugar do salão, seus olhos se estreitam até ele firmar em alguém do outro lado, um homem bigodudo estranho, era esguio e não parecia ser da família, mas parecia familiar a ele.
Avisto Amélia, ela usava um vestido simples dourado, o cabelo longo estava com duas mechas presas para trás, tudo combinava em perfeita harmonia nela.
Sua mão me puxa para mais perto, me livrando do contato quente de Sebastian, a medida que o local esfriou meu coração voltou a bater normalmente.
— Estou feliz por você ter vindo. — Admitiu ela com um sorriso de orelha a orelha com o aparelho brilhando nos dentes.
— Também estou contente por vê-la novamente.
Mais uma vez ela me puxa, olho para trás, Sebastian não conversava mais com sua família, ao invés disso estava do outro lado do salão conversando com o homem esguio, uma expressão séria apoderou-se de seu rosto enquanto eu tentava ler seus lábios.
Amélia me puxou para sentar no sofá, próximo às crianças que brincavam com os brinquedos espalhados pelo chão.
— Como conseguiu convencer meu irmão cabeça dura a vir?
— Ah, eu nem sabia a respeito da festa. — Admito.
Suas sobrancelhas grossas se encontram.
— Ele não falou sobre a nossa festa anual de Natal? Sebastian é realmente um ogro. — Seus olhos reviram nas órbitas. — De qualquer modo, todo ano fazem essa festa, um encontro bobo para os parentes e minha tia se gabarem sobre suas vidas perfeitas.
Olho-lhes, os adultos conversando em uma rodinha, riam de qualquer coisa.
— Por que não gosta da festa?
— Eu preferia mil vezes estar em casa estudando do que ver tudo isso. Minha mãe sempre me puxa para essas coisas, o pior de tudo é que ela nem veio esse ano. — Seus ombros caem.
— Aqueles miseráveis... querem tudo o que é meu. — Bateu o punho na mesa com força. — Quero que aumente a segurança nas alas norte e oeste do galpão, e faça acordos melhores com os compradores que nos restam.
O homem mal pisca.
— Outra coisa — puxou o homem para mais perto pela gola da camisa —, arrume uma maneira de me trazer a cabeça daquele merda do Andrea! Estou farto de idiotas.
Pisco algumas vezes.
Sebastian estava combinando a morte de alguém? Quem era Andrea? Quem eram os Clifford? Tantas questões surgiram na minha cabeça, porém aquela conversa confirmava as minhas suposições sobre o Sebastian ser alguém perigoso.
Sebastian dá as costas para o homem com os dedos na testa até mirar seus olhos na minha direção, apertando os olhos para saber quem bisbilhotava pela fresta. Saí de lá em passos largos, voltando para o salão.
Eu sabia que não era da minha conta, mas fiquei curiosa em relação ao que ouvi, Sebastian ficaria irritado por me pegar espionando seu trabalho, mas seria mais uma das mil coisas que eu não daria a mínima.
° ° °
Mesmo acostumada com a mesa farta que Marília costumava colocar diariamente, essa conseguiu me surpreender. Havia tanto tipo de comidas diferentes, um porco envernizado com uma maçã na boca bem no centro da mesa, aves, carnes, tudo que poderia existir como prato natalino, o que deveria ser uma visão dos céus se tornou um verdadeiro tormento após eu ouvir aquela conversa, meu estômago estava embrulhado. Sebastian não evitou olhar-me o jantar inteiro, mal tivemos tempo para falar sobre o que ouvi.
Revirava as ervilhas em meu prato enquanto eles conversavam sobre coisas de gente rica, não dei ouvidos, tinha coisas mais importantes na minha cabeça agora.
— Mal tocou na comida. Está se sentindo bem? — Perguntou uma mulher do meu lado.
— Só estou um pouco enjoada. — Mostro um sorriso amarelo.
O jantar pareceu parar por uns segundos. Olhei para os lados tentando entender o porquê.
— Não completaram nem dois meses de casados. — Murmurou Viviane.
— Sebastian não brinca em serviço. — Incrementou Nicolae. Eu mal tinha o visto durante a festa, porem ele não aguentaria ficar mais de dois minutos no mesmo ambiente que eu sem me julgar.
— Não estou grávida, se é isso que estão pensando.
— Claro que não está. Sebastian nunca teria coragem.
— Claramente. — Finalizo.
Peço pelo olhar para Sebastian que fôssemos embora, porém ele desviou para a tia. O clima estranho estendeu-se, pois ninguém mais tinha coragem para abrir a boca.
Limpo o canto dos meus lábios abandonando completamente a refeição.
— Obrigada por terem me recebido, mas não estou muito bem essa noite.
Levanto da mesa completamente atordoada. Ouço vozes vindo da sala, porém ignoro.
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