Resumo de Capítulo 21 – Perverso por Winnie_welley
Em Capítulo 21, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Perverso, escrito por Winnie_welley, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Perverso.
O mordomo abre a porta para mim, o vento frio arde nas minhas bochechas, mas continuo andando. Sebastian preferiu que todos pensassem que eu, uma pobretona, estivesse atrás de um homem rico para me bancar, ele preferiu assim sendo que eu não estou aqui por querer. A raiva tomava conta do meu peito, eu queria socar ele, odiava aquela expressão de satisfação em seu rosto ao me ver em saia justa.
Sinto uma mão segurando meu braço me puxando para trás.
— Me solta, Sebastian! — Grito.
— Vai tentar fugir mais uma vez? — Ele puxa meu braço para cima — você realmente não desiste.
Puxo meu braço mais uma vez. Por que ele se achava no direito de me segurar daquela forma?
— Não vou fugir, apenas queria sair de lá. Posso?
Soltou meu braço piscando algumas vezes. Coloca as mãos na cintura esperando que eu arredasse o pé de volta, mas não voltaria nem que me pagassem. Nicolae era insuportável, mas eu não sabia que o resto da família era assim também.
— Quero ir embora.
Sebastian dá as costas para mim, andando em direção ao carro, sem opções eu o segui.
Abri a porta e sentei no banco do passageiro puxando o cinto de segurança, ele deu partida, finalmente saímos de lá. O silêncio entre nós não era confortável, o ouvia respirar fundo enquanto eu mantive minha postura de irritada com os braços cruzados em frente ao peito.
— Não deveria ter saído daquele jeito.
— Não? — Olho para ele incrédula. — Sua tia estava nitidamente me tratando como uma interesseira!
— Ela não disse isso. — Seus olhos continuam fixos na estrada.
— Não disse, mas foi o que deixou a entender! — Alego. — Lembrando que eu não estou aqui pelo seu dinheiro, muito menos porque o quero, você me quer aqui, você precisa de mim por algum motivo. O mínimo que deveria fazer é não deixar essas situações chegarem a esse ponto.
Ele morde o lábio inferior com força. Vejo seu indicador batendo no volante de forma rápida. A estrada era escura, não conseguia entender como Sebastian conseguia dirigir de forma tão tranquila em local assim, parecia realmente uma bela prisão.
— Não devo nada a você.
Maneio a cabeça lentamente.
Ele estava sem respostas, por isso disse isso, sabe que estou certa, mas nunca admitiria isso. No pouco tempo que convivo com ele percebi que admitir estar errado não era seu ponto forte.
— Você me deve, deve sim. É sempre mais fácil para você. Ninguém te humilha, afinal, ninguém pode te humilhar se não você manda matar! Eu vi você conversando com aquele homem.
Ele vira o volante parando no acostamento, então tira seu cinto voltando seu torso olhando bem para mim, de forma tão intensa que quase me fez desviar, porém, me mantive firme.
— Não deveria falar sobre coisas que não sabe.
— Saberia se você me dissesse pelo menos o mínimo!
Ele respira fundo rolando seu olhar para a estrada.
— Você é o culpado de tudo, de absolutamente tudo! Minha vida estava prestes a chegar ao fim, mas você resolveu salvá-la e ferrar ainda mais! — Meus olhos se encheram de lágrimas. — Eu deveria estar morta agora e nada disso teria acontecido. Carregue o preço por me manter viva, Sebastian. Então não venha me dizer que não deve nada a mim, porque deve!
O reconhecimento despontou no seu rosto. Ficamos em um silêncio confuso, tentava organizar meus pensamentos, mas pelo menos meu peito aliviou por eu ter finalmente falado tudo o que penso, talvez se não fizesse isso agora explodiria. Então vieram as lágrimas despencando em meu rosto. Odiava a ideia de me derramar perante ao Sebastian, mas consegui ser forte por muito tempo, não tinha como controlar isso depois de tudo que esbravejei.
— Não é para sempre. — Disse ele.
— O quê?
Enxugo as lágrimas nas minhas bochechas.
— Só preciso de você até meu pai morrer, então te libero de tudo.
Minhas sobrancelhas se juntam.
— C-como assim?
Seus olhos encontram os meus, pareciam tão escuros que por um momento jurei serem pretos, mas não era isso, suas pupilas estavam dilatadas ao ponto que só era possível ver um pequeno círculo azul contornado-as.
— Estou dizendo que se fizer tudo como eu disser em pouco tempo estará livre.
— Ela não pode ter filhos, então depois que minha mãe morreu praticamente adotou eu e o Nicolae.
— Isso explica ela ser tão... Protetora. — Me preparo para fazer a próxima pergunta. — Sua mãe morreu de quê?
A mandíbula dele travou, as mãos apertaram firme o volante. Mais um sinal para eu me calar, o silêncio dele era o sinal mais nítido de que aquela não foi uma boa pergunta.
Encostei minhas costas no banco, encolhendo os ombros.
— Não cheguei a conhecer meus pais. — Indago observando a estrada. — Eles me deixaram em frente a um orfanato quando tinha oito meses.
Quando se é órfão geralmente não percebe até alguém lhe dizer que você não tem ninguém para chamar de pai ou mãe e isso machuca mais do que qualquer coisa. Sebastian deveria saber bem como era esta sensação.
— Decidi procurá-los quando tinha treze anos, então descobri que eram viciados. Minha mãe faleceu de alguma doença não tratada e meu pai sumiu do mapa. — Mordo o lábio inferior com força. — As crianças no orfanato diziam que eu era culpada por isso.
— Não foi culpa sua.
— Eu sei. Mas, durante tanto tempo ouvindo isso pareceu se tornar verdade. — Olho para minhas mãos. — Uma mentira contada mais de uma vez passa a ser verdade.
Ele olhou-me ligeiramente. Minha intenção em falar sobre isso era demonstrar-lhe que eu também tinha minhas feridas em relação aos meus pais, e que pelo menos com isso pudesse confiar em mim para fazer essa situação dar certo.
Fomos o resto do caminho em completo silêncio, ambos sem palavras.
Cheguei na casa e não precisei nem que Marília me levasse para o quarto, fui sozinha. Joguei-me na cama e deixei todas as lágrimas descerem sozinhas pelo meu rosto, as que eu segurei enquanto estava com ele.
No outro dia, Marília bateu a porta como se costume, ela sempre trazia o café da manhã para mim, mas hoje não havia nenhuma bandeja em suas mãos.
— Sebastian pediu para que a senhora desça para o café. — Advertiu ela. — E há uma visita para você lá embaixo.
— Eu? Pra mim?
Marília não costumava dizer a mesma coisa duas vezes, então corri para me arrumar.
Comentários
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Amei demais ❤️...