Perverso romance Capítulo 32

Sebastian não saiu de perto de mim como imaginei, ele permanecia lá olhando para o teto branco sem qualquer palavra a dizer.

Segurei a enxurrada de perguntas que se formaram na minha garganta, não queria estragar aquele momento de forma alguma, mal me importei se estava completamente nua ao seu lado.

Deito de barriga para baixo com os olhos virados para ele, observando seu rosto e a maneira rítmica que o mesmo passou a piscar.

— O que está pensando? — Ele pergunta.

— Tantas coisas, se for dizer tudo vamos ficar o dia inteiro aqui.

Ele sorrir mostrando os caninos.

— Não me importaria, contanto que fosse enquanto você geme.

As palavras se perderam na minha boca, senti minhas bochechas formigarem. Sebastian percebeu e me puxou para seus braços.

— Não fique tímida, é muito tarde para retroceder. — Disse antes de depositar um beijo na minha têmpora.

Os olhos azuis-escuros dele foram de encontro com os meus, podia ver seu desejo formando novamente por baixo do lençol.

— Cante para mim, Jade.

Pensei, não vinha nenhuma música em mente agora, tudo sairia sentimental demais, então comecei com uma que minha mãe costumava cantar para mim quando era criança. Minha voz saiu doce, Sebastian fechou os olhos enquanto suspirava, ele era o maior apreciador da minha voz que já conheci.

Quando finalizei a canção me perguntei se podia beijá-lo, mas ele o fez antes de mim. Sua boca tinha gosto de desejo, a minha implorava para tê-lo mais uma vez.

Sebastian ficou por cima de mim novamente, apoiando um de seus braços na cama e o outro apertando minha cintura com força.

Mal percebi quando seu membro me adentrou novamente, ele simplesmente deslizou para o meu interior com uma incrível facilidade.

Nossas testas estavam juntas, meu corpo acompanhava seus movimentos com maestria, a cama rangia entregando aos empregados o que fazíamos no quarto.

— Cavalgue em mim, por favor. — Sussurrou ele em meio aos meus cabelos.

Sem habilidade alguma, o empurrei para o lado, Sebastian deitou esperando qualquer movimento meu, sentei em seu colo cobrindo meus seios, mas o mesmo puxou meus braços balançando a cabeça.

Joguei minha cabeça para trás quando ele me adentrou novamente, fazendo meu corpo inteiro vibrar.

Não precisei que ele me ensinasse, em pouco tempo eu já rebolava em cima dele como se fosse experiente naquele tipo de coisa.

Sebastian gemia, na verdade, o que me inspirava mais era ver sua expressão de prazer, saber que eu estava lhe proporcionando prazer era melhor que receber.

Deitei sobre seu corpo, beijando seus lábios carmesins, juntando nossos corpos, pois já sentia falta do calor dos seus braços.

Apoiei minhas mãos para trás em suas coxas, rebolando cada vez mais, gemendo a cada movimento que seu membro fazia dentro de mim, o êxtase já se formava no meu interior novamente, percebi que ele também não demoraria para chegar ao seu clímax.

Ouvimos a porta sendo destrancada, Marília abriu a porta, me joguei ao lado do Sebastian cobrindo meu corpo em completa vergonha. Marília arregalou os olhos, suas bochechas coraram instantaneamente.

Talvez não tenhamos feito tanto barulho assim.

— Perdão... senhores. — Ela saiu batendo a porta.

Olhei para Sebastian com vergonha, mas ele parecia segurar o riso então caímos na gargalhada.

— Que vergonha. — Puxo o lençol até o rosto.

Ele puxa o pano do meu rosto com uma expressão completamente diferente.

— Isso me deixa ainda mais excitado. — O sorriso sumiu completamente.

Não demorou até ele estar novamente dentro de mim, finalizando o que começamos, me fazendo sentir importante apenas com olhares.

• • •

Marília voltou algum tempo depois que o Sebastian deixou meu quarto, ela não parecia preocupada com o que viu, já eu morria de vergonha enquanto observava a empregada levando todos os cacos de vidro embora.

Marília penteava meus cabelos com a mesma cara de sempre, senti a necessidade de me explicar.

— Marília eu...

— Senhora?

Olho para meus pés.

— Sinto muito pelo que viu hoje cedo.

Ela funga.

— Já vi isso mais do que você pensa, não é nada de mais, é o que casais fazem, afinal. — Respondeu indiferente.

— Não somos um... casal.

— Não? Amigos que não são.

Observo meu reflexo no espelho, as manchas vermelhas no meu pescoço indicavam outra coisa.

— Ele veio aqui essa noite, me contou tudo. — Ela para de pentear meus cabelos. — Absolutamente tudo, Marília. Acho que não consigo mais ficar aqui.

— Isso é realmente muito sério.

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