Resumo do capítulo Capítulo 38 de Perverso
Neste capítulo de destaque do romance Romance Perverso, Winnie_welley apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Sebastian seguiu o caminho inteiro bufando feito uma criança, eu segurava o riso virando o rosto para o outro lado. Jamais pensei que uma simples calcinha fosse tirá-lo tanto do sério, e estava adorando ver suas veias latejando no pescoço.
Permaneci calada, às vezes arrumava os cabelos pelo espelho do banco do carona ou abria mais as pernas propositadamente, não queria que ele esquecesse que eu usava apenas o vestido naquela noite. Apesar de arrepios subirem na minha espinha só de lembrar dos seus lábios me devorando, conseguia me manter restrita aos seus toques, afinal já estava um pouco saciada.
Chegamos em frente a um grande salão, este ficava mais próximo à cidade. Duas lanternas gigantes iluminavam a porta de entrada com dois seguranças de cada lado, ambos vestidos de preto, havia também um tapete vermelho percorrendo o caminho até a entrada das grandes portas.
Sebastian estacionou o carro, assim que desligou o motor olhou para mim com uma sobrancelha arqueada, ignorei sua investida e sai do carro batendo a porta. Ele saiu logo em seguida batendo com mais força ainda. Arrumava o batom dentro da minha Clutch Channel quando Sebastian tocou meu cotovelo, roubando minha atenção.
— Jade, por favor...
Reviro os olhos com força.
— Posso até levá-la de volta, mas pelo céus, diga-me algo. — Implorou ele.
— Não queria colocar a droga da calcinha, vai ficar choramingando por isso até quando? — Pergunto ríspida.
Ele solta meu cotovelo, visivelmente decepcionado.
— Não esqueça que quem fodia com outras garotas era você. — Olho bem para ele — a semanas atrás não se importava nenhum pouco com o que eu fazia, o que te fez mudar isso?
Seus lábios abriram-se, mas ele nem sequer disse uma palavra antes de sermos interrompidos por um homem branco de nariz grande que veio cumprimentar Sebastian. Ele me puxou com tanto força para o seu lado que colidirmos. Forcei um sorriso fingindo que o pisão em seu pé não foi proposital.
— Vamos? — Perguntou o homem sorrindo.
Entramos no salão com música ardendo os tímpanos, havia muita gente estranha com roupas extravagantes e homens que me olhavam dos pés a cabeça. Por um momento pensei que ter vindo sem calcinha foi uma péssima ideia, principalmente com tantas escadas para subir.
Do lado de dentro mais parecia uma balada, luzes cortavam o salão, havia muita fumaça e mesas de jogos de cassino. Um verdadeiro inferno.
Sebastian me puxou para uma roda de pessoas ao redor de uma mesa de poker, dentre eles estava Anna, ela usava um vestido tubinho preto singelo e um coque baixo, Michael também estava lá, com uma camisa social aperta até o peito e os cabelos bem cortados, mal evitava olhar para mim e quando Sebastian notava, desviava.
Peguei uma taça de bebida, teria que estar bêbada para aturar aqueles amigos dele de nariz em pé. Sebastian não apostava, ele mal olhava para a mesa, parecia estar aqui para negócios, quando ele afrouxou sua mão da minha cintura me afastei um pouco olhando ao redor. No centro havia uma pista de dança, do outro lado, um bar, o barman encantava as pessoas fazendo malabarismos com as garrafas e coquetéis.
Dei um gole da bebida, a mais amarga que já tomei.
— Está linda, Jade. — Anna fala próximo a mim.
Encontrei seus olhos escuros com um sorriso amarelo nos lábios, não nos vimos desde quando ela previu o futuro e eu fui arrogante acreditando Sebastian havia mudado por minha causa.
Uma verdadeira idiota.
— Obrigada, você também. — Retribuo o elogio no mesmo tom, ela realmente era uma mulher encantadora. Olhei para a bebida na minha taça, completamente envergonhada. — Olha, eu queria te pedir desculpas por aquele dia...
Ela fez um gesto com a mão.
— Eu também não me ouviria se fosse na época que namorava ele. — Ela suspira — a maneira que falei com você também não foi nada gentil.
— Tudo bem.
Ambas olhamos para o Sebastian que ria de algo que um homem estranho falou.
— Sebastian me magoou, mas eu fui ingênua demais.
Ela maneia a cabeça para o lado.
— Esse é o dom dele. — Suas palavras saíram em forma de conforto, Anna queria que eu sentisse que ela também sofrerá, mesmo que nossa relação com ele tenha sido diferente. A mesma volta a olhar para mim — lembre-se, estou sempre disposta a te ajudar.
Anna saiu de perto de mim, apertando meu ombro. Fiquei paralisada enquanto sentia o seu toque esvair, observando Sebastian de longe. Por que meu coração tinha que se apaixonar justo por ele? Sebastian nunca foi gentil comigo, ele nunca chegou nem aos pés do que Ethan foi, mas mesmo assim ainda o olho com ternura. Seus olhos cinzas encontram os meus por segundos e eu desviei virando as costas, ignorando as palpitações do meu peito.
Tomei o resto da bebida em apenas um gole, bêbada conseguiria me sair melhor daquela situação.
[...]
A noite se arrastava, a música ao redor era tão chata quando as conversas com os amigos do Sebastian.
Levando da cadeira já meio zonza, segurando na mesa para não cair.
— Aonde vai? — Perguntou Sebastian.
— Quero mais bebida.
Vou até o bar, vendo as coisas ao meu redor girando, mas ainda conseguia manter a linha sóbria.
Pedi um martíni do barman, em menos de um minuto já estava na minha mão.
Na hora de voltar para a mesa, eu não sabia ao certo, talvez fosse coisa da minha cabeça, mas havia uma loira sentada no meu lugar, agarrada no braço do Sebastian. Minhas sobrancelhas se juntaram, e eu caminhei mais depressa até lá. Quando cheguei, meu rosto pegou fogo, Lola estava ao lado dele acenando-me, com aqueles seios cirurgicamente perfeitos em cima do Sebastian.
Segurei firme a taça, por sorte o vidro não quebrou na minha mão.
Engoli toda a vontade de gritar com o Sebastian e ir embora dali, apesar das outras mulheres na mesa me olharem com pena, cochichando, ainda assim não podia me descabelar por algo que tinha certeza que iria acontecer.
Claro, Sebastian chamaria Lola aqui para me fazer passar vergonha, ele adorava me machucar, parecia que esse era o único motivo que me mantinha presa a ele.
Ao invés de sentar em uma cadeira vazia, dei meia volta na direção oposta, indo para qualquer lugar longe dali.
Atravessei a multidão colidindo com as pessoas, estava tão atordoada que mal percebi quem estava a minha frente.
Meus olhos secos não queriam chorar, ao invés disso, sentia ódio, puro e genuíno do Sebastian, ele sabia que a Lola sempre me afetou de uma maneira diferente, mesmo tendo até minha alma presa a ele, parecia não ser o suficiente. Me humilhar, zombar de mim era divertido, ver meu coração destruído e meus olhos vermelhos alegravam aquele humor sádico dele.
Em uma parte mais afastada, onde só podia ouvir o som abafado, joguei a taça na parede, os cristais se desfizeram em milhões de pedaços, quase acertando o Sebastian que vinha logo atrás de mim. Pedi aos céus e inferno que pelo menos um caco atingisse seu rosto, queria que ele também se sentisse machucado, embora não fosse o suficiente do que já me fez passar.
Sebastian cobriu o rosto com os antebraços, assim que abaixou olhou pata mim e em seguida para os restos da taça estilhaçados no chão.
Virei para frente, encarando um canto qualquer.
— Vai embora daqui.
— Jade...
— Sai daqui! — Volto para ele. Minha voz saiu tão rancorosa que assustou até a mim. Olhei para meus pés. — Você já sentiu algo por mim além de qualquer sentimento ruim?
Ele não responde, mas assentiu devagar.
— Então por que me machuca? — Umedeço os lábios — Sebastian, você chamou ela aqui somente para me ferir. Você é a pior pessoa que eu já conheci, e olha que o meu mundo é repleto de pessoas terríveis.
— Eu não a chamei.
Sorrio sarcástica.
— Então quem chamou? Deve ter sido uma acaso, ela sem querer esbarrou os peitos em você! — Esbravejo.
Sebastian passo as mãos no rosto com força.
— A atenção já temos, ele está olhando para cá como um touro furioso desde que sentei aqui. — Falou ele. — Tente rir de qualquer coisa que eu falar, e toque minha perna sugestivamente.
Gargalhei mais uma vez jogando a cabeça para trás e toquei a coxa do Michael inclinando meu tronco para mais perto do dele.
Ele sorrir.
— Você é boa.
— Obrigada.
Michael levanta do banco segurando minha mão.
— Vamos para a pista, ele já deve estar bufando.
Segui Michael até a pista, começamos a dançar com passos desajeitados, só por diversão, mas ele puxou minha cintura para mais perto dele. Meu sorriso desfez a medida que senti o calor dele emanando na minha pele, seu perfume diferia de qualquer outro que já senti, era o terceiro homem que tive tão perto de mim durante toda minha vida.
Michael olhava para meus lábios e eu para os seus, eram carnudos e bem desenhados, podia senti-lo rígido na minha barriga, me assustou a princípio, mas eu já sabia que ele não estava ali apenas para me ajudar, queria uma casquinha tanto quanto eu.
Suas mãos apertaram minha cintura, me trazendo para mais próximo dele. Talvez fosse a bebida, pois Michael parecia tão atraente quanto o Sebastian. Antes que nossos lábios se tocassem, o mesmo me virou de costas para ele, encochando minhas nádegas. Soltei um gritinho com o impacto.
— Faça sua parte, Jade. — Sussurrou ele no meu ouvido.
Concentrei-me em olhar para Sebastian, ele estava completamente voltado para nós com uma cara nada boa. Movimentei meu quadril, rebolando no Michael, de forma desajeitada, mas causou efeito, porque o Sebastian levantou da cadeira com os punhos cerrados, porém não deu nenhum passo. Ao invés disso, respirava fundo.
Michael me virou de volta olhando para si.
— Ele vai me matar. — Ele diz rindo, seu sorriso era perfeito, cheio de dentes brancos e certinhos. — Mas foda-se.
As mãos dele foram para a minha nuca levantando minha cabeça o suficiente para um beijo, quando os lábios de Michael tocaram os meus pude ter certeza que passamos do limite.
Não precisei empurra Michael, ele foi simplesmente arrancado de mim por Sebastian, com um força tão ríspida que quase me levou junto.
Pisquei uma vez, Sebastian estava em cima do Michael.
Pisquei pela segunda vez, Michael levou o primeiro soco de muitos.
Na quarta, já havia uma multidão ao nosso redor, horrorizada com tudo.
A princípio Michael ria, tentando convencer com o amigo de que não passava de uma brincadeira de mal gosto, mas isso parecia enfurecer mais o Sebastian que não o soltava. Michael então começou a revidar como pôde, tentando socar a costela de Sebastian, mas ele estava em total desvantagem.
Coloquei as mãos em frente a boca quando vi sangue saindo das cavidades do Michael.
Sebastian não parava, dava socos com os dois punhos, chutes com o joelho, usava tudo a seu favor.
Eu estava em completo choque, vendo Michael perdendo as forças.
Alguns homens tentaram tirar o Sebastian de cima de Michael, já desacordado, mas foi em vão.
Tirei meus sapatos e fui para cima do Sebastian tentando acalmá-lo, segurei seu ombro o puxando.
— Para, por favor! — Implorei o puxando para trás.
Sebastian não percebeu ser eu, estava cegado pela raiva e simplesmente me deu um soco com o punho livre tão forte que eu caí para trás vendo estrelinhas. Não sei o que aconteceu depois, tinha apenas fleches de memórias, sei que ele parou quando me viu caída no chão e que tentou me pegar nos braços, mas Anna interviu.
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Amei demais ❤️...