Perverso romance Capítulo 43

Os 6 meses mais intensos da minha vida passaram. Acredito que nunca pensei que minha vida estaria tão calma e tranquila, não posso afirmar que eu e o Sebastian não brigamos, mas ultimamente, tudo parecia estar bem até demais.

Nos mudamos da mansão, para uma casa mais modesta, continua sendo muito para mim, porém é um começo. Cortamos metade dos funcionários, Marília continuava ao meu lado e alguns seguranças também, Sebastian temia que algo acontecesse comigo.

Conhecer o mundo uma segunda vez está sendo uma experiência estranha, a atualidade é como imaginava, mas não muda o fato de eu me sentir fora de órbita. Marília me ajudava com os eletrônicos, íamos à cidade com recorrência e o lugar mais legal de todos: ao cinema.

Apesar de estar me adaptando bem, Sebastian costumava me lançar um olhar de culpa por ter me privado de todas essas coisas incríveis, porém, acredito que para tudo há um propósito ou talvez ele só tivesse medo de eu me encantar mais ainda pelo mundo e decidir deixá-lo. Mas isso, por enquanto, estava fora de questão. Adorava estar casada com ele e viver a vida dos meus sonhos, ser esposa do homem que amo. Mesmo que, um dia quisesse conhecer os quatro cantos dessa terra só conseguia me imaginar ao seu lado.

Olho mais uma vez o cardápio, odiava qualquer carne crua e as galinhas minúsculas que costumavam nos servir. O único lugar que ainda não me acostumei é com esses restaurantes chiques que o Sebastian costumava me trazer, quase vomitei o caviar na cara dele outro dia.

— Fica linda até quando pensa no que vai pedir de jantar. — Indagou Sebastian tirando rapidamente minha atenção do cardápio escrito em letra cursiva.

Sebastian parecia não estar mais tão envolvido com "os negócios da família", mal me deixava sozinha em casa. Fiquei feliz por isso, mas sempre com um pé atrás, ele era imprevisível, mesmo se esforçando muito para mudar.

— Não me distraia, já estou quase decidindo.

— Podemos ficar mais meia hora aqui, não estou com tanta fome. — Reviro os olhos, sorrindo. — No fim sei que vai gostar mais dos acompanhamentos do que do prato principal.

— Em minha defesa, a salada tem sempre um molho que a torna incrível.

Ele apoia o queixo na mão enquanto me observa, fazendo aquela carinha de impaciência.

— Tudo bem, já sei o que vou pedir, senhor impaciente. — Coloco o cardápio na mesa.

— Não estou interessado no que vamos pedir, quero chegar em casa para ter minha real refeição. — Sua expressão de malícia fez um arrepio percorrer minha espinha. — Não acha justo?

— Totalmente, mas por que precisamos chegar em casa primeiro?

Desta vez eu apoio o queixo na mão, fazendo os lábios dele abrirem involuntariamente.

Por debaixo da mesa tiro o salto do pé e faço um percurso até tocar sua canela, meus dedos vão escalando a perna dele até parar em sua coxa. Sebastian toma um leve susto pulando na cadeira, mas sorrir de uma maneira tentadora. Continuo subindo até precisa me inclinar para fora da cadeira e tocar seu membro com o pé. O ouço suspirar.

A pressão zumbia nos meus ouvidos.

Apesar de meu rosto arder, eu sabia que as pessoas nas outras mesas estavam entretidas demais para perceberem que eu o masturbava por debaixo da mesa, com o pé.

Os movimentos ficaram mais rápidos, ele segurava na borda da mesa para não se contorcer. Senti a necessidade extrema de me pôr de joelhos e chupá-lo ali mesmo, mas não podia ser tão desequilibrada a esse ponto.

Sebastian encosta suas costas na cadeira, colocando as mãos atrás da nuca, me olhando como se desejasse me engolir.

O ambiente era tranquilo, com luzes em tons terrosos e um jazz suave tocava ao fundo, ele escolheu uma mesa mais afastada das outras, parecia que já previa minhas perversas intenções.

Sebastian segura meu pé com firmeza tirando-o de seu colo e levanta, ele puxava a ponta do camisa para baixo, na tentativa de esconder sua ereção.

Ri baixinho.

O mesmo se aproxima do meu ouvido.

— Venha resolver isso. — Sussurrou com seu lábios inferior tocando a carne do meu lóbulo.

Logo em seguida ele saiu sem olhar para trás, indo na direção dos banheiros.

Olhei para frente.

Meu coração estava acelerado de tanta adrenalina e minha pobre calcinha completamente encharcada, por isso pensei que seria uma ótima ideia segui-lo.

Costumávamos fazer isso em qualquer lugar que desse, semana passada ele fez um oral em mim enquanto estávamos em um bar.

Esperei alguns minutos e levantei, pigarreei indo na mesma direção que ele. Antes que eu pudesse decidir em qual dos banheiros entrar senti uma mão me puxando para dentro do banheiro masculino, Sebastian me colocou contra a parede e colocou a palma de sua mão contra minha boca.

— Shh... — exclamou ele com um olhar de predador.

Antes que eu pudesse protestar, ele me virou de costas e levantou meu vestido. Parecia ser a primeira vez que estava presenciando minhas nádegas, pois consegui ver pelo reflexo do espelho todas suas expressões.

Ele afastou minha calcinha para o lado.

Ouvi sua fivela e depois o zíper sendo aberto, em questão de segundos Sebastian já estava completamente dentro de mim.

Eu só não gemia alto, porque sua mão abafava meus gemidos.

Pelo reflexo eu observava os músculos de suas nádegas se contraindo a medida que ele enfiava em mim. Ele segurava a camisa com o queixo, deixando seu torso com músculos quase todo amostra.

Sebastian parecia um deus enquanto me fodia.

Mesmo que não tivesse calor, suor pingava seu rosto, sem impedido de me dar uma trégua sequer.

Olho para trás, encontrando seus olhos cinzas. Por deus, aquele homem tinha todo o meu coração e mais um pouco.

Ouvimos a porta do banheiro sendo aberta, rapidamente Sebastian me puxa para dentro da cabine mais próxima aonde volta a tampar minha boca.

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