Perverso romance Capítulo 48

Resumo de Capítulo 47: Perverso

Resumo de Capítulo 47 – Capítulo essencial de Perverso por Winnie_welley

O capítulo Capítulo 47 é um dos momentos mais intensos da obra Perverso, escrita por Winnie_welley. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Arrastei a mesa até próximo do basculante, era pesada, mas com esforço consegui. Subi na mesa com dificuldade e aproximei meu rosto do basculante, do lado de fora só conseguia ver a floresta de pinheiros coberta de neve e atrás o sol se pondo. Passei meu braço pelo buraco da janela, o espaço era apertado demais para meu corpo. Sacudi o basculante numa tentativa de quebrá-lo, mas a solda nem sequer se moveu. Apoiei minha testa na parede, exausta e com frio.

Todos os dias eu costumava fazer isso, quando os meus pensamentos me levavam a acreditar que nunca sairia daqui. Talvez eu nunca saísse.

Alguns dias passaram, sabia quando era noite por conta do basculante e comia apenas uma vez por dia, geralmente era pão ou uma sopa com ingredientes duvidosos.

Ouvi a porta sendo destrancada, desci da mesa em uma velocidade que me fez cair no chão.

Anna apareceu com dois capangas, ela usava um batom vermelho vinho e o mesmo casaco de peles, porém desta vez era marrom chocolate.

Saber que Anna estava envolvida nisso me deixou ainda mais triste, pois realmente acreditei que ela fosse diferente. Sebastian sempre teve razão, ela não era quem eu pensava ser. Em toda minha visa sempre fui enganada pelas pessoas cujo confiei, talvez o problema fosse eu por ser tão tapada a ponto de não ver que as pessoas podem ser bem cruéis às vezes. Ela me lança um olhar penoso.

— Ainda está tentando sair? — Perguntou retoricamente.

— Não entendo porque ainda vem aqui, quer me ver cada dia mais na merda?

— Talvez. — Disse ela se aproximando de mim. — Mas desta vez você vem conosco, nos temos novidades.

Antes que eu corresse os capangas agarraram meus braços e me arrastaram para fora.

Anna caminhava logo atrás de nós, eu podia ouvir o barulho de seus saltos no chão.

Eles me arrastaram por corredores escuros e sujos.

Desisti de me debater, minhas energias estavam escassas.

Chegamos a um quarto com alguns quadros e a parede tinha um tom de sujeira, a minha frente estavam alguns homens sentados à beira de uma mesa bem servida com pernil, vinhos e frutas, Martíni estava lá conversando com eles, assim que chegamos os capangas me soltaram no chão e a porta atrás de mim, foi fechada.

Continuei no chão, com as mãos caídas ao lado do corpo, olhando para minhas pernas.

— Ela não parece estar em boas condições. — Ouço o homem falar com um sotaque diferente. — Você disse que ela era bonita e jovem.

— Levante seu rosto, menina. — Martíni fala.

Permaneço imóvel, sentindo meu lábio inferior tremer e meus olhos serem encharcados.

— Levante o rosto, agora! — Disse ele mais uma vez com a voz mais grave.

Continuo na mesma posição, até sentir alguém empurrando minha mandíbula para frente com força, obrigado-me a olhar para cima.

A expressão do homem voltou-se para um sorriso porco, a ponto que me deu dor no estômago.

Tentei mover minha cabeça, mas seguravam meu rosto com tanta força que chegava a doer.

— Fique quieta, ratazana! — O homem que me segurava falou ao meu ouvido.

Anna observava a cena toda ao lado de Martíni, com uma expressão de diversão.

— Tudo bem, vou comprá-la, mas antes preciso testar o produto.

Arregalo meus olhos. O capanga me segura com mais força.

Martíni olha para Anna.

— Não seria justo, você já vai comprá-la, tem muito para aproveitar com ela. — Argumentou ele.

— Quero ter certeza que ela suprirá minhas necessidades, você sabe que sou um homem exigente.

Anna levanta a mão, ainda com os olhos voltados para mim.

— Então duplicados o valor e cinquenta por cento do pagamento será adiantado. — Disse ela com uma voz fria.

— Mas já estou pagando uma fortuna por essa garota!

Anna olhou-lhe.

— Estamos falando sobre uma garota jovem e saudável que pode lhe dar muitos filhos, não é sobre uma das suas esposas velhas. — Anna ergue o pescoço. — Se não quiser, há muitos que pagaria até mais do que isso por ela.

O homem pareceu estar apreensivo, mas logo em seguida ergueu a mão para ela que apertou com firmeza.

— Tudo bem.

Martíni sorrio mostrando os dentes amarelados, orgulhoso de sua companheira ser tão boa para os negócios.

Anna se aproxima de mim em passos curtos, rebolando o quadril magro deixando todos na sala sedentos e se abaixa a minha altura, se apoiando nos calcanhares. Ela leva a mão até meu rosto e tira os cabelos de minha face.

— Isto vai acabar em breve, eu prometo.

May também dizia a mesma coisa, sempre que ia me oferecer a alguém, ela costumava dizer que seria rápido e que logo eu sairia do quarto, mas as meninas sempre provaram o contrário, quanto mais imersivo nesta vida mais difícil é de sair.

— Sabe, conversei com o Sebastian esses dias, ele pareceu tão leve, tão bem sem você, me disse isso enquanto estava em meus braços.

Os olhos dele se arregalaram rapidamente e seus braços afrouxaram ao redor da minha cintura. Ele mirou os olhos estatelado em mim.

— Sua, maldita...

Omar caiu no chão com a barra que arranquei do basculante enfiado em alguma parte de seu peito. O sangue rapidamente se espalhou e quando olhei para mim, eu também estava manchada com seu sangue.

Levei as mãos trêmulas até a boca, em choque.

Eu o matei?

Olhei para cima, o mesmo homem que me segurava mais cedo estava na porta, olhando-me e em seguida para Omar, no chão. Antes que ele fizesse algo, ouvimos barulhos de tiro e ele saiu correndo, porém, trancou a porta.

Bati os punhos na porta, com o máximo de força que pude. Omar ainda estava agonizando ao meu lado e seu sangue estava prestes a tocar meus pés descalços.

Os tiros não pararam e cada vez mais barulho, fui para cima da mesa e sentei lá abraçando as pernas.

Vi Omar dar seus últimos suspiros de vida antes de afogar com seu próprio sangue e morrer com os olhos vidrados em mim, me culpando, pois eu o matei.

— D-desculpe, eu não queria fazer isso... — Sussurro como se ele ainda pudesse me ouvir.

Apertei meus olhos com força, abraçando mais forte minhas pernas.

Não sei quantos minutos passaram, acordei meus devaneios com passos apressados no corredor.

Os barulhos de tiros não cessaram e der repente os passos pararam em frente a porta.

Comecei a temer o que aconteceria comigo se vissem o corpo do Omar jogado no chão, tive muita sorte de chegar até aqui com vida.

A pessoa do outro lado começou a empurrar a porta com a força do corpo.

Chorei baixinho, com as mãos na boca.

A porta foi arrombada, a maçaneta caiu no chão, torta.

Prendi minha respiração.

Sebastian apareceu na porta, com o peito exasperado olhando para mim e depois para o corpo — já sem vida do homem que me compraria — caído no chão.

— Jade...

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Perverso