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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 297

Fernando se levantou de súbito, a cadeira girando e batendo contra a parede. As mãos tremiam de raiva, mas o que o dominava era o medo. Um medo como nunca havia sentido.

— Se você encostar um dedo nelas, Walter… eu juro que eu te mato! — rugiu, a voz carregada de ódio.

— Calma, calma… — Walter interrompeu, com aquela frieza que parecia se divertir com a aflição dele.

— Eu não vou fazer nada com elas , claro se você fazer exatamente o que eu disser.

O silêncio do outro lado foi interrompido pela voz abafada de Bianca, implorando:

— Fernando, não venha! Não faça o que ele disser!

Mas logo veio o som seco de um tapa e o choro desesperado de Valentina.

Fernando quase deixou o telefone cair. A imagem mental da esposa sendo agredida e da filha apavorada incendiou cada fibra do seu corpo.

— Maldito! — urrou, a voz quebrando. — Se você tocar nelas, eu acabo com você!

— Se você continuar me ameaçando — Walter disse, a voz baixa e molhada de desprezo do outro lado da linha

— vou ficar muito zangado, Fernando. E quando eu fico zangado, acabo fazendo coisas das quais depois me arrependo. Coisas que não quero fazer.

O som daquelas palavras comprimiu o peito de Fernando como uma prensa. Ele sentiu a sala girar, igualmente dominado pelo ódio que já fervilhava e por um medo novo, mais racional, que vinha da responsabilidade absoluta pela vida da mulher e da filha. Respirou fundo, controlando a ira que dizia para ele fazer loucuras — atacar sem pensar, encontrar Walter e acabar com tudo ali mesmo — e ao mesmo tempo escutou o tom cortante do sequestrador, que não deixava espaço para ingenuidades.

— É simples — continuou Walter, com uma calma cruel, como se estivesse descrevendo uma receita de bolo.

— Eu vou te mandar um endereço. Você vai até lá, sozinho. Vai fazer o que eu pedir. Não chame polícia, não traga ninguém. Se você tentar forçar ajuda, se organizar um resgate improvisado, se fizer algo estúpido… você estará assinando a sentença delas. — Ele pausou, e na pausa havia o som do prazer que alguém sente quando está no controle.

— Chegou a hora de acertarmos as contas, Fernando. Não tente fingir que não entende.

A frase “chegou a hora de acertarmos as contas” soou como sinos de funeral. Fernando sentiu o mundo encolher ao redor dele; por um segundo, foi só o telefone, a voz de Walter, e um silêncio que cheirava a chumbo. Havia, naquele comando, uma história inteira de ressentimentos, de escolhas e consequências, mas agora não eram lembranças — eram um ultimato.

Ele sabia que, se vacilasse, perderia tudo.

Chamou a nova secretária, a voz mais firme do que realmente sentia:

— Cancele todos os meus compromissos. Hoje.Tenho um assunto importante para resolver.

Ela assentiu, sem ousar questionar. Fernando saiu apressado, e em menos de um minuto já estava dentro do carro, acelerando sem olhar para trás. O endereço que Walter havia mandado parecia gravado em sua mente como um selo de fogo. Cada quilômetro percorrido era acompanhado pela sensação de que estava andando rumo ao próprio inferno. Mas se esse era o preço, ele pagaria.

Enquanto isso, em um cômodo abafado e sombrio, Bianca se mantinha firme apenas pelo instinto de mãe. Walter, talvez entediado, talvez certo do seu controle absoluto, havia permitido que ela ficasse com Valentina nos braços. A menina soluçava baixinho, o rostinho afundado no peito da mãe, e Bianca a embalava com palavras quebradas, mas carregadas de amor:

— Shhh, meu amor… a mamãe está aqui… vai ficar tudo bem, eu prometo…

Promessas que nem que custasse a sua vida ,ela irá cumprir , para proteger sua filha.

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