A água ainda escorria quente, deslizando como um véu de fogo sobre a pele deles. Fernando tinha Bianca contra o azulejo frio, o contraste arrepiando-a por inteiro. Seus corpos se moviam em sincronia, como se tivessem esperado toda a vida por aquele instante. O ritmo era intenso, desesperado, e ao mesmo tempo doce, como se cada estocada fosse uma confissão de amor e arrependimento.
— Eu não vou te perder… nunca mais — murmurava Fernando, a voz rouca de desejo e dor, como se fosse uma promessa gravada na alma.
Bianca não conseguiu responder. Seus gemidos suaves ecoavam pelo banheiro, se misturando ao som da água que caía sem cessar. As mãos dela agarravam os ombros dele, as unhas marcando sua pele como se temesse que ele desaparecesse se a soltasse.
Ele a puxou ainda mais para perto, os lábios colados em seu pescoço, sugando, beijando, provando cada pedaço dela. A sensação era tão arrebatadora que Bianca fechou os olhos e deixou o corpo guiar-se pelo dele.
O clímax veio arrebatador, quase cruel de tão intenso. Bianca arqueou-se toda, gemendo o nome dele, enquanto Fernando a envolvia com força, enterrando-se fundo nela uma última vez antes de se desfazer em seu interior, o corpo inteiro tremendo com a explosão do prazer.
Ofegantes, os dois permaneceram abraçados sob o jato quente, como se o mundo tivesse parado ali. Só existia o calor, a pele colada, os corações batendo no mesmo compasso.
Ele a pegou no colo, sem soltá-la, e a carregou até o quarto. Bianca descansou a cabeça no ombro dele, exausta, mas com um sorriso pequeno e sereno nos lábios. Pela primeira vez em muito tempo, ela se sentia em casa.
Antes de deitar, Bianca insistiu em ver Valentina. Caminhou até o quarto da menina, ainda envolta na toalha, e ficou alguns minutos ali, observando-a dormir tranquila. Os cachinhos espalhados pelo travesseiro, a respiração leve e compassada… Bianca sentiu os olhos marejarem.
Fernando aproximou-se por trás, passando os braços pela cintura dela.
— A nossa filha tem sorte de ter você — sussurrou contra seu ouvido.
Ela virou-se, com sorriso feliz , ao ouvi-lo falar “nossa filha”. Os olhos dele estavam cheios de ternura, e Bianca sentiu o coração se apertar.
Voltaram juntos para o quarto, deitaram-se. Fernando puxou-a para o peito, como se quisesse fundi-la nele. O silêncio entre eles não era vazio; era cheio de tudo o que ainda não tinham dito.
— Eu estive agindo como um tolo ciumento e possessivo… — ele começou, a voz baixa, carregada de arrependimento.
— Deveria ter ouvido minha mãe. Mesmo sem te conhecer como eu conheço, ela nunca duvidou de você, do seu caráter.
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