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Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 298

O tempo ali parecia não passar. O silêncio era cortado apenas pelo barulho distante de passos e, de vez em quando, pelo riso baixo de Walter do outro lado da porta, como se ele se divertisse com o sofrimento delas. Bianca fechava os olhos e, por segundos, tentava se lembrar da voz de Fernando, do olhar dele, da segurança que sempre transmitia. Era nisso que se agarrava: Que ele viria salva -las , mas por outro lado ,ela sentia um medo terrível que ele fosse resgata-las e Walter o matasse .

Horas depois, quando a noite já havia se espalhado como um véu negro do lado de fora, a porta se abriu com violência. Walter surgiu, à sombra dele, ainda mais ameaçadora na escuridão.

— Levantem-se. — A ordem saiu firme, sem espaço para discussão.

— Vamos dar uma voltinha.

O coração de Bianca quase parou. "Voltinha" A palavra ecoou em sua mente como sentença.

Segurar Valentina com força foi seu primeiro reflexo.

— Por favor, Walter… ela é apenas uma criança… deixe ela aqui e me deixe ligar para avó dela vim buscá-la .— sussurrou, implorando em desespero.

Ele ergueu uma sobrancelha, o sorriso frio surgindo novamente, como quem saboreava cada súplica.

—Nada disso , ela virá conosco..E para seu bem e da sua filhinha ,faça exatamente o que eu digo. Não me obrigue a ensinar a você e ao Fernando o que acontece quando me irritam.

Bianca engoliu o choro, apertando ainda mais a filha contra si. O instinto gritava para proteger Valentina de qualquer forma, e naquele momento ela entendeu que o silêncio e a obediência eram sua única arma.

Walter fez um gesto com a cabeça, indicando a porta.

— Vamos.

Cada passo de Bianca era como caminhar sobre cacos de vidro. O medo pesava, mas sua determinação de não deixar a filha sozinha a mantinha erguida. Ao atravessarem o corredor escuro, ela sabia que algo pior estava por vir. O “jogo” de Walter estava apenas começando, e Fernando teria que entrar nele — ou as consequências seriam irreversíveis.

A noite parecia mais pesada do que qualquer outra. O carro atravessava a estrada deserta, os faróis cortando a escuridão como lâminas pálidas. Bianca segurava Valentina contra o peito, tentando transmitir uma calma que ela não sentia. Cada solavanco do veículo parecia ecoar em seu coração já estraçalhado pelo medo.

.

Walter dirigia em silêncio, apenas o som do motor preenchia o espaço. De vez em quando, pelo retrovisor, seus olhos se encontravam com os de Bianca, e ela via neles algo que não era apenas raiva — era dor, uma dor profunda, corrosiva, que escondia muito mais do que simples vingança.

Quando finalmente chegaram ao casarão isolado, no meio de uma clareira cercada por árvores retorcidas, Walter mandou que descessem. Bianca obedeceu, as pernas trêmulas, protegendo Valentina como se fosse seu último escudo.

No interior da casa, a tensão se condensava no ar. Walter as colocou em uma sala quase vazia, onde apenas uma cadeira no centro parecia esperar por alguém. Ele mandou Bianca sentar e puxou outra cadeira, arrastando-a para perto. Armado, encostou-se na mesa improvisada diante dela, os olhos fixos, duros, e ao mesmo tempo úmidos de algo não resolvido.

— Você deve estar se perguntando por quê, não é? — a voz dele saiu baixa, quase um sussurro carregado de ódio contido.

— Por que eu trouxe você aqui, por que fiz tudo isso.

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