Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 7

Patrícia, com seus trinta anos e a beleza estonteante que sempre carregou como uma arma, engoliu em seco. Seus olhos verdes, normalmente altivos, estavam marejados. Os cabelos loiros perfeitamente penteados, sua postura firme. Mas por dentro, ela estava devastada.

— Heitor, por favor... — sua voz saiu num sussurro, embargada.

— Nem eu nem seu pai tivemos culpa. Simplesmente... aconteceu. Eu era jovem, imatura, e ele... ele também. A vida nos atropelou. Não foi por maldade, simplesmente aconteceu.

— Aconteceu? — ele riu sem humor, com um toque de escárnio.

—Me trair com meu próprio pai ,não foi um acidente ,foi uma escolha dos dois e eu nunca vou perdoa-los por isso. Olha a ironia da vida você preferiu meu pai por causa de grana e hoje eu sou muito mais risco que ele.

— Some daqui. E nunca mais coloque os pés nessa holding. Se eu vir você aqui outra vez,eu pessoalmente jogo você na rua..

Patrícia vacilou, ferida pelo desprezo dele. Saiu em silêncio, olhos marejados, mas também com o orgulho ferido e uma raiva latente pela forma como ele ainda a tratava, mesmo depois de tantos anos.

Assim que a porta se fechou atrás dela, a tempestade irrompeu. Heitor chutou a cadeira, arremessou o celular contra a parede, virou sua mesa com um empurrão feroz. Papéis voaram, porta-canetas se espatifaram no chão. A fúria dele era mais que visível: era quase tangível.

Laura, que ouvia os sons de destruição do lado de fora, congelou. Um calafrio percorreu sua espinha quando ele ligou o aparelho de comunicação e sua voz soou com rigidez:

— Laura. Na minha sala. Agora. É urgente.

O coração dela bateu acelerado. Cada passo até a sala dele era uma mistura de medo, tensão e uma inquietação que ela não sabia nomear. Respirou fundo antes de empurrar a porta entreaberta.

— Senhor Arantes eu...

— Entre. E tranque a porta! — ele vociferou sem nem olhar para ela.

— O quê? Eu acho melhor chamar alguém da limpeza ...

— Eu mandei entrar e fechar a porra da porta! Por acaso é surda?

A fúria dele a atingiu como um tapa. Mas Laura, talvez movida pelo susto, talvez por puro instinto, perdeu o medo.

— Não, eu não sou surda. E também não sou seu capacho. Sou sua funcionária. Não tem o direito de gritar comigo desse jeito!

Ele se virou, os olhos ardendo de raiva. Avançou dois passos.

— Quem você pensa que é pra me desafiar? Está despedida. Pegue suas coisas e suma da minha frente! Vocês são todas iguais! Não valem nada!

— Ah, então é isso? Vai gritar e me demitir só porque não aceito ser tratada como um lixo pelo senhor ? Se pensa que vou aceitar esse comportamento só porque está acostumado a ter tudo que quer, está enganado! Sou eu que me demito!

— Não antes de eu te dar a certeza que você disse que não tinha — disse Heitor, a voz baixa, controlada, mas com um tom de ameaça velada que fazia a pele arrepiar.

Ele se aproximou lentamente, os olhos fixos nos dela com uma intensidade cortante. Parou a poucos centímetros de seu rosto, tão perto que Laura podia sentir o hálito mentolado dele roçar seus lábios como uma provocação silenciosa.

— Do que está falando? — perguntou, a voz saindo mais fraca do que gostaria.

Heitor sorriu de lado, sem humor. Seus olhos a fitaram como se enxergassem além da superfície.

— Da sua mensagem provocadora ontem à noite. Aquela em que você disse que não tinha certeza de nada. — Ele segurou a mão dela com firmeza, mas sem brutalidade, e a levou até seu peito.

— Acha que meu coração bateria assim se eu não te quisesse, Laura?

Ataque de fúria 1

Ataque de fúria 2

Ataque de fúria 3

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