Prazer sem limites: Sob o domínio do meu chefe. romance Capítulo 8

— O quê? Está completamente louco?

— Façamos uma aposta. Se estiver de vermelho, eu ganho um beijo. Mas não qualquer beijo. Um de verdade. Com língua. Daqueles que você se lembra dias depois. Se não estiver... bem, você pode ir embora da minha sala sem dizer uma palavra.

— Eu não vou mostrar nada e, muito menos, apostar — disse, cruzando os braços.

— Porque sabe que perderia — retrucou ele, com um sorriso provocador.

— E, por acaso, eu também perdi... porque estava realmente ansioso para ganhar esse beijo dessa sua boquinha tão atrevida.

Laura virou o rosto, sentindo as bochechas queimarem. Era impossível não sentir o efeito dele em seu corpo. E ele sabia disso. Usava cada palavra, cada gesto, como um golpe calculado.

— Se alguém ligar, diga que estou resolvendo assuntos pessoais — disse ele, já pegando as chaves do carro na mesa e a carteira do bolso.

Antes de sair, parou diante dela e segurou seu queixo com delicadeza, mas com firmeza o suficiente para obrigá-la a encará-lo.

— Cuidado com os seus jogos e provocações, Laura. Um dia, você pode me provocar demais e não gostar das consequências.

E, então, a beijou. Um beijo rápido, mas intenso, cheio de promessas não ditas. Quando se afastou, Laura estava atônita, o coração batendo como um tambor em seu peito.

— A gente se vê — disse ele, saindo pela porta como se nada tivesse acontecido.

Laura permaneceu parada por um longo momento, tentando organizar os pensamentos. Sentia-se invadida, provocada, mas também... viva. Como se cada célula do seu corpo tivesse sido despertada.

Mas não podia ignorar o medo que ele também despertava. Heitor era instável. Um homem com demônios demais. E, ainda assim... era impossível ficar longe dele.

Suspirando, ela ajeitou o blazer sobre o corpo, tentando esconder a camiseta rasgada por baixo. Enquanto saía da sala, sussurrou para si mesma:

— Ele vai me destruir... e eu estou deixando.

De repente, enquanto voltava à sua sala após chamar dois funcionários para organizarem a bagunça deixada por Heitor, Laura se pegou pensando nas palavras dele. A frieza, a raiva contida... mas, acima de tudo, a dor camuflada em cada gesto.

Ele havia mencionado a “vadia da madrasta” com tanto desprezo que não foi difícil para Laura juntar as peças. Pelo que entendeu, o pai de Heitor havia se casado com a mulher que Heitor amava. Ou ainda ama.

E era por isso que ainda doía. Por isso, a simples menção ao pai, à madrasta, ao hospital, fazia os olhos dele ganharem aquele brilho sombrio de quem luta todos os dias contra um passado que se recusa a cicatrizar.

Laura sentou-se lentamente em sua cadeira, com a mente girando. Agora tudo fazia um pouco mais de sentido. O sarcasmo, o desprezo pelas relações humanas, a dificuldade em confiar... Ele estava ferido, e não apenas por orgulho. Mas por amor. Um amor traído, talvez impossível. Talvez impróprio.

"Ela deve ter sido tudo pra ele", pensou Laura, encarando a tela do computador sem enxergar nada. "E o pai dele... roubou."

A ideia soava absurda, mas, em famílias ricas e poderosas, onde os sentimentos são muitas vezes moedas de troca, nada parecia realmente impossível.

descobrindo um pouco sobre Heitor 1

descobrindo um pouco sobre Heitor 2

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