Procura-se um pai romance Capítulo 1

Resumo de Capítulo um: Procura-se um pai

Resumo de Capítulo um – Uma virada em Procura-se um pai de Katrina Cortesia

Capítulo um mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Procura-se um pai, escrito por Katrina Cortesia. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Ela jurou que aquela festa seria ótima.

Gabriela me atormentou a semana inteira, pediu e implorou para acompanhá-la e eu acabei cedendo.

Ela prometeu que seria incrível e que eu precisava conhecer pessoas novas.

Mas eu já conhecia: ela.

Nunca fui muito de socializar com as pessoas, presumo que fortaleci meu elo com ela por conta de trabalharmos juntas na mesma empresa.

Por ser uma empresa de materiais cirúrgicos e ela ser uma das vendedoras, conheceu um médico jovem que a convidou para uma festa.

Não imaginava que essa festa voltaria à tona depois de tantas semanas. Cá estou eu, olhando desacreditada para o teste positivo na minha mão, jogada no canto do banheiro da minha casa.

Pensei que não poderia ficar pior, mas eu não lembrava quem era o pai. Eu não lembrava de boa parte daquela festa em uma mansão imensa. Lembro apenas de olhos azuis e o corpo quente contra o meu, lembro do seu cheiro agradável e da voz rouca, mas se colocá-lo na minha frente, jamais reconheceria. Esse é um dos motivos pelo qual eu costumo não sair.

Abaixei a cabeça e coloquei ela entre as minhas pernas finas. Isso não pode estar acontecendo comigo, justo comigo. Grávida aos vinte e quatro anos de um homem desconhecido, parabéns você ganhou um prêmio de burra do ano.

Seria engraçadíssimo contar para os meus pais...meus pais.

- Porra! - Levantei a cabeça em choque.

Meus ombros pesaram e senti o gosto amargo subir pela minha garganta, foi o tempo de inclinar até o vaso e despejar tudo ali.

**

Gabriela entra no escritório apressada e tranca a porta assim que passa por ela. Os seus saltos fazem barulho até chegar na frente da minha mesa e apoiar as duas mãos, inclinando-se pra mim. Fez uma careta ao ver meu rosto com olheiras fundas e olhos vermelhos.

Por isso não aparecia no trabalho há três dias e ignorava qualquer tipo de mensagem.

Porém, hoje resolvi mandar um: to grávida. Pra ela.

- Você o que, Amélia? - Indagou, franzindo o cenho.

- Xi! - Adverti, a última coisa que eu queria era perder esse emprego.

- Grávida? - Perguntou baixinho. Acenei com a cabeça e ela fez uma careta triste.

- Pois é. Vou passar o natal grávida e isolada no meu apartamento sozinha.

- Gabriela Menezes... - Repreendi.

- Ele é um gato, só que não presta, porém faz tudo por dinheiro.

- E eu pensei que isso não poderia ficar pior. - A risada escapou entre os meus lábios.

- Ou podemos procurar o pai do bebê. - Da os ombros, parando na frente da mesa.

- Acho ótimo! - Falei em uma falsa empolgação -, podemos falar: olá, engravidei de você, quer passar o natal comigo?

Massageei as têmporas, aquilo estava me dando uma dor de cabeça danada.

Uma hora meus pais teriam que saber que eu estava grávida, mas queria adiar o máximo possível e de preferência dar a notícia com uma distância segura deles e dos seus julgamentos.

Me sentia uma adolescente, uma bela adolescente irresponsável.

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