Joguei os saltos pelo quarto e fui tomar um banho relaxante, necessitava disso o dia inteiro.
A água quente relaxava os músculos tensos do meu corpo, dando uma sensação de tranquilidade.
Tranquilidade não era bem a coisa que eu sentia nesses últimos dias, com a novidade de que eu seria uma mãe solteira e sem família, pois meus pais com certeza iriam me deserdar.
Mãe solteira, jamais imaginaria que me tornaria uma. Jamais me imaginei com um filho, ou filha. Saber que alguém estava sendo gerado dentro de mim dava calafrios. Procurava não pensar muito nisso, e graças ao trabalho que estava ocupando grande parte dos meus dias, eu conseguia evitar esses pensamentos.
Exceto quando os enjoos esfregavam na minha cara o quanto eu estava encrencada.
Enrolei a toalha no meu corpo e fui para o quarto, vejo o visor do celular aceso e confiro para ver se é o trabalho.
"Oi! Tudo bem?"
A mensagem de um número desconhecido me chamou a atenção.
Enquanto em trocava, imaginava quem poderia ser.
Coloquei uma camiseta larga e me joguei na cama com meus travesseiros cheirosos e aconchegantes.
"Quem é?"
Digite a mensagem e peguei o controle e liguei a televisão mesmo sabendo que eu não iria assistir. Estava morrendo de sono.
"Marco, oras."
Franzi o cenho e balancei a cabeça confusa, deveria ser engano. Bloqueei sem responder e continuei mudando os canais.
O celular vibrou e continuou, olhei para ver quem estava ligando e era aquele mesmo número. Virei os olhos, que saco.
- Oi, boa noite. Deve ser engano. - Falei quando atendi.
- Não é você que está procurando um pai temporário? - A sua voz era morna e rouca, gostosa de ouvir.
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