- Mas não é Natal. E quando você comprou? Ficamos juntos o tempo todo.
- Seu pai. - Os lábios esticaram em um sorriso travesso - Eu vi enquanto sua mãe nos levou para caminhar, e disse a ele. Bom, quis ser prestativo e buscou pra mim. Pra você. - Esticou a pequena caixinha de veludo azul marinho.
Em cima, a assinatura da joalheria que tinha na cidade. Uma das mais caras e procuradas, uma franquia que acidentalmente deu certo em uma cidade pequena com poucos habitantes.
Ele pegou na minha mão, provavelmente por perceber que eu estava intacta e surpresa, esticou meu braço e colocou a caixinha na minha palma, fechou a minha mão com a sua por cima. Transferi meu olhar para os castanhos que novamente já me olhavam curiosos.
- Abre. - Pediu baixinho.
Suas mãos soltam das minhas e eu lamento internamente por isso. Abro a caixinha e minha vista embaça no mesmo instante.
Era um colar fino de ouro, acompanhado de um pingente de bebezinho e ao lado um relicário. Ver aquele pingente mexeu emocionalmente comigo, ver que ele pensava no bebê também.
- Marco. - Uma lágrima solitária escorre pelo meu rosto enquanto olhava o seu presente delicado.
- Aqui dentro - Abriu o relicário. - Você perguntou onde eu estava na noite em que tudo aconteceu, então peguei uma foto minha e a Gabi me mandou uma sua, um amigo meu é um gênio do Photoshop e conseguiu juntar nós dois em um abraço. - Sorrio com mais lágrimas no rosto ao ver a montagem de nós dois dentro do relicário.
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