Resumo do capítulo Capítulo três de Procura-se um pai
Neste capítulo de destaque do romance Romance Procura-se um pai, Katrina Cortesia apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
- Então vai sem ninguém e deixa eles te queimarem na fogueira. - Deu os ombros com naturalidade.
A ideia da Gabi não era ruim, só quem conhece os meus pais sabe o quanto eles iriam conseguir destruir o meu Natal com o típico comentário "Mas e o pai?" ou com aquele olhar de piedade.
Céus, uma mulher não pode engravidar e não lembrar quem é o pai? Eu hein.
- Afinal, quem é ele? - Me dei por vencida. Confiava na Gabriela, ela não me colocaria em uma enrascada.
Pensando pelo dia que ela me chamou para um encontro às escuras, onde o boy dela era maravilhoso porém ronronava para comer - gostos peculiares lembra!?- e o meu batia no meu ombro, o detalhe é que eu fui de salto e me senti passeando com uma criança. Sem contar que ele era gago.
Acabo de me arrepender por ter perguntado.
- Ele é bonitão. - Elogiou animada. - Tem vinte e sete anos, a família é ótima, ele que é a ovelha negra. Mas não de maneira ruim ou violenta, ele ainda tem espírito de menino, talvez isso que falte em você.
- Pode ser que tenha um dentro de mim, você acha que falta menino?
- Não! - vira os olhos - Um pouco de animação sabe, positividade. Poxa, é Natal amiga.
Ela tinha razão. Não podia me excluir do mundo e me isolar no meu apartamento por conta de uma gestação.
Sou auto-suficiente para cuidar dessa criança, e depois da crise de pânico dos meus pais, eles vão querer alugar a casa da frente.
Os dois dias que seguiram foram de vômitos e enjoos, não sabia se era pelo fato da gravidez ou nervosismo já que o primo da Gabriela estava a caminho.
Vão ser apenas seis dias, o que pode acontecer de pior é ele dizer na ceia que é alugado.
A portaria interfonou e eu autorizei a entrada dele. Sinto as mãos soadas e o coração bater forte contra o peito, a ânsia vem novamente e eu tento ignorar enquanto ando pela sala de um lado para o outro. Resolvi mandar uma mensagem para a Gabi.
Amélia
Gabriela, já estou arrependida.
Gabriela está digitando...
A campanhia tocou.
Fechei os olhos com força e balancei a cabeça diversas vezes.
Tocou novamente. Ele sabia que eu estava ali, por que não esperava?
Mais uma vez.
Gabriela
Ele é um gato, vc vai adora. Bjs na criança
Bloqueei o celular após ele apertar a campanhia pela quarta vez e abri a porta.
Céus...
Alto, aproximadamente 1,80cm com cabelos negros e pele bronzeada, olhos castanhos penetrantes.
- Olá! - Deu um sorriso jovial, balançando a mão na frente do meu rosto.
- O-oi.
- Estou um pouco assustada. - Comentei enquanto passávamos o cinto.
Depois de quase chutar ele, consegui convencer de que eu poderia dirigir sem entrar em trabalho de parto com um mês de gestação.
- Com o que? A gravidez ou sua família?
- Com você. - Falei e sorri com a falsa cara de espanto dele.
- Eu? - Colocou a mão no tórax, foi impossível não olhar o quanto ele era sexy. - Sou um amigo que está te ajudando.
- Sendo pago para me ajudar. - A forma como aquilo mexia comigo ficou explícita na minha voz.
- Quando a Gabi comentou, eu não pensei duas vezes antes de aceitar, Amélia. - Pela primeira vez seu tom de voz foi sério.
- A quantia foi boa? - Zombei e ele balança a cabeça.
- Nenhuma mulher tem que passar por isso sozinha. Eu posso ser o bode negro da família mas...
- Ovelha. - Céus! Por que eu o corrigi quando ele estava falando algo tão bonitinho?
- Você acabou com o momento. - Indagou e soltou uma gargalhada gostosa. Os dentes brancos reluziram e seria bom observá-lo assim por um tempo.
Em poucos minutos de viagem, Marco já havia contado da infância, adolescência e grande parte da vida adulta.
Falou o suficiente para me deixar mais tranquila e familiarizada com ele.
Enquanto ele ria da minha história do dia que engravidei, percebi que aquela viagem poderia ser melhor do que eu imaginava.
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