Não posso continuar aqui. Que burrice, o que eu estava pensando?
Viro e começo caminhar rapidamente para o meu carro. Quero que tudo isso acabe o mais rápido possível. A dor que estou sentido faz com que eu perca o ar.
- Marco! - Sua mão puxa o meu braço com força e em um solavanco me viro pra ela, que está ofegante.
- Desculpa, eu...
- Você bebeu? Está cheirando bebida. Você veio bêbado? - Coloca as mãos no meu rosto para olhar nos meus olhos, seu toque me acalma.
- Um pouco. Não quero atrapalhar - Com muita dor tiro as suas mãos e as seguro um pouco antes de soltá-las. Merda, eu quero ela.
- Atrapalhar o quê!?
- Vocês dois. - Indico com a cabeça onde eles estavam e percebo que Henry não está mais lá.
- Não estamos juntos. Ele só veio conhecer o Pedro. - Explica agitada.
- Tá bom, Amélia. - Fico irritado. O bichinho do ciúmes começa a se mostrar.
- Marco, você veio até aqui por quê? - Ela está feliz. Porque estou tão bravo? Afinal, o Pedro sempre teve um pai.
- Não sei. Não sei. Pra ver você se acariciando com o pai do seu filho, eu acho.
Seu semblante muda. As sobrancelhas juntam e os lábios fazem uma linha reta sem expressão no seu lindo rosto.
- Desculpa, não entendi? - A ironia toma conta da sua voz e percebo que a irritei.
- Claro que vocês ficariam juntos, parecem um comercial de margarina juntos.
- Não estamos juntos. - Reforçou.
- Mas deveriam, afinal vocês têm um filho.
Me arrependo de dizer no momento em que termino de falar. A bebida não está me deixando pensar direito e faz com que eu seja impulsivo, ciumento e idiota.
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