A noite chega e Alice continua com a cabeça apoiada no peito de Richard, enquanto ele acaricia seus cabelos. Depois do que fizeram, nenhum tem coragem de iniciar uma conversa, com medo de estragar aquele momento.
O único som que existe no quarto é o som do ar-condicionado, que se mistura às suas respirações. Tudo está aparentemente calmo, até que o telefone de Richard comece a tocar. Ele pega o celular e olha para a tela, vendo o nome de Madeline. Rapidamente, rejeita a ligação.
Embora não tenha visto quem estava ligando para Richard, Alice percebe que ele começa a ficar tenso, então decide se levantar, antes que ele comece a dizer alguma coisa.
— Está tarde — diz ela, procurando as suas roupas no chão. — Preciso ir para casa.
Richard pensa em pedir que ela fique, mas sabe que não é uma boa ideia, ainda mais quando o seu telefone volta a tocar novamente.
Mais uma vez, ele rejeita a ligação, desligando o telefone dessa vez, entretanto, Alice sente-se um pouco desconfortável com aquilo.
Richard também se levanta e veste sua roupa, depois se senta na ponta da cama.
— Pense no que eu te disse — ele diz, vendo que ela já está pronta para ir embora. — Vá para os Estados Unidos comigo.
— Mas acabei de ser contratada — explica.
— Não importa, eu também posso te arranjar um emprego em minha empresa, se esqueceu? Mesmo que não tenha se formado, eu posso te encaixar numa vaga — anuncia.
— Eu me formei — revela, com um sorriso. — Consegui meu diploma há alguns meses.
A notícia surpreende Richard.
— Parabéns. — É o que ele consegue dizer.
— Obrigada — responde, sentindo-se tímida, ao notar que os dois voltaram a se tratar como estranhos.
— Vou arranjar emprego e um apartamento para que você e a Lily fiquem — explica de modo compreensível. — Não deixarei que falte nada para você até que se estabeleça e, quanto à Lily, assumirei as minhas responsabilidades como pai.
Alice sabe que a proposta de Richard é boa, mas sente haver algo errado em tudo aquilo, embora não consiga interpretar naquele momento.
— Vou pensar — diz ela.
— Você tem até amanhã às dez para me responder — anuncia. — Não posso ficar muito tempo no país, mas ficarei até que todas as minhas responsabilidades legais sejam concluídas. Meus advogados entrarão em contato com você caso não me dê uma resposta positiva.
— Será que não posso ter mais um pouco de tempo para pensar? — pede.
— Não, Alice, creio que já estou sendo muito generoso com você, então, por favor, pense muito bem. — A face dele começa a endurecer novamente, revelando toda a sua frieza que havia sumido durante algumas horas quando estavam na cama.
Alice assente, pega a sua bolsa e sai dali.
Quando sai do quarto, sente que algumas lágrimas ameaçam cair e se sente usada por Richard.
— Eu não devia ter feito isso — sussurra, ao se lembrar que se deixou levar pelo desejo.
Enquanto dirige para casa, sente um grande vazio novamente no peito, pois não sabia o que significava o que aconteceu entre eles.
Ao chegar no apartamento da mãe, Alice encontra o seu pai na sala, sentado com Lily no colo. Quando George a vê, lança um olhar confuso.
— Onde estava até agora, filha? — pergunta, aparentemente preocupado.
— Resolvendo umas coisas — responde, se aproximando do pai.


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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!