Mesmo que soubesse estarem fazendo aquilo pela filha, Alice sentia-se estranha por estar passeando ao lado de Richard. Ela estava nervosa e caminhava olhando para os lados, como se estivesse com medo de que alguém os flagrasse ali, mesmo que não estivessem fazendo nada errado.
— Há alguma coisa errada? — Richard pergunta, ao perceber a inquietação de Alice.
— Não, não há problema algum — ela responde, tentando mantar a postura.
Os dois caminham lado a lado no pequeno parque que há atrás do condomínio onde ela mora. Nesse momento o lugar é pouco movimentado, fazendo o passeio ser mais agradável para Lily, que parece bem confortável no colo do pai.
— Você já começou a ajeitar as suas coisas para a viagem? — Richard pergunta, querendo saber como Alice está lidando com tudo.
— Sim, meu passaporte e documentos estão em dia e não serão um problema — denota. — Quando mudarmos a documentação de Lily, farei o passaporte dela também.
— Pode me avisar se precisar de ajuda com algo — Richard declara. — Lembre-se que agora a Lily tem um pai que fará de tudo por ela.
Lily começa a ficar sonolenta no colo de Richard, então ele a nina até que caia no sono. Ao perceber que a filha dormiu, Richard pega o celular do bolso e tira uma foto com ela. Aquela cena esquenta o coração de Alice, que faria de tudo só para estar naquela foto com eles.
— Já pedi a um amigo que consiga um apartamento para você, mas como quero no mesmo edifício que o meu, acredito que vá demorar um pouco — notifica, guardando o celular no bolso.
— Então, eu só me mudarei para os Estados Unidos com a Lily quando conseguir o apartamento? — questiona confusa.
— Não, vocês ficarão comigo até que as coisas se arranjem.
— Ficar com você? — pergunta, engolindo seco.
— Isso mesmo, quando chegarmos lá já terá um quarto separado para vocês duas ficarem.
— E isso não pode prejudicar você em nada? — contesta curiosa.
— A que está se referindo? Alice pondera, querendo perguntar sobre a noiva dele, mas tem medo de ser invasiva quanto à sua vida pessoal. Richard estava agindo como se não tivesse ninguém à sua espera, não usava aliança e, além disso, os dois haviam ficado juntos no dia em que ele chegou ao país. Aquelas atitudes não eram de um homem que estava prestes a se casar.
— A suas coisas pessoais — refuta, tentando não entrar naquele assunto. — Talvez a nossa presença lá atrapalhe a sua vida social — explica.
— Não se preocupe com isso, não costumo receber ninguém no meu apartamento — esclarece. — Sua resposta faz com que Alice creia fielmente que Richard não está mais em um relacionamento.
— E quanto ao meu trabalho? — pergunta ansiosa.
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Os comentários dos leitores sobre o romance: Querido CEO, seu bebê quer te conhecer!