Resumo de Capítulo 17 – Uma virada em Sal, Pimenta e Amor(Completo) de Diana
Capítulo 17 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Sal, Pimenta e Amor(Completo), escrito por Diana. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Não gosto de ficar sem o que fazer. E embora Alexander me peça para aproveitar para relaxar, nesses dias, coisa que eu nem lembro a última vez que eu fiz, eu não consigo.
Já tenho lindas roupas que Mara me entregou já de manhã, das compras que outrora fizemos. Já tenho um cabelo muito bonito, para combinar agora com toda essa roupa, e tenho o emprego dos meus sonhos, o que parece acentuar que estou vivendo o que outrora qualquer outro estaria querendo viver no meu lugar. E eu estou encantada com tudo isso, pois, de fato, parece que estou sonhando.
E então, decido que não vou ouvir o que Alexander diz. Na verdade, preciso começar a andar com minhas próprias pernas e preparar o local onde vou trabalhar. De fato, tenho meus toques, como dizem por aí, e preciso segui-los com afinco. Para isso, ligo para Mara, pois sei que se eu ligar para Alexander, ele não vai me deixar em paz, dizendo que eu não preciso trabalhar hoje, mesmo que eu queira.
– Oi docinho, como você está? – Me pergunta Mara e percebo que enquanto ela fala comigo ela está digitando alguma coisa. Fiquei a pensar onde será que ficava a sede de escritórios, onde Alexander trabalhava, outra, das milhares coisas que eu não sabia sobre ele e que teria que perguntá-lo assim que pudesse.
– Eu estou bem, e você? Ale "ta" te dando muito trabalho? Precisando de uns puxões de orelha? – Pergunto, o que faz Mara rir abertamente no telefone achando muito graça.
– Oh, docinho. Você é muito hilária! Me fazendo rir do meu chefe, ai ai. Mas não, docinho. Nos últimos dias ele vem dando menos trabalho. Só pelo fato de eu não ter que despachar uma piriguete toda noite, minha filha, já estou nas nuvens! – Disse Mara, o que me fez engolir em seco enquanto ouvia isso. Na verdade, só fiquei a pensar naquela frase terrível: despachar uma piriguete toda noite. De alguma forma isso tinha me tocado. Me dado um certo enjoo raivoso. Mas o que era isso? Talvez seja nojo de ver mulheres se rebaixando a esse nível. Mas será que é somente isso? Decidi parar de pensar nesse momento, antes que me arrependesse tarde demais.
– Sim. – Disse e Mara suspirou.
– Mas me diga, Sara, no que posso ajudá-la? – E então eu passei a narrar para Mara a chatice de Alexander em não me deixar trabalhar, em não me deixar começar a agilizar as coisas para a nova sede de um novo restaurante Falcão. Mara ficou em silencio por esse tempo, apenas me ouvindo e, quando enfim eu terminei de falar, ela falou:
– Relaxa, docinho. Alexander é assim mandão mesmo. Mas eu te entendo perfeitamente, Sara. Faz o seguinte. Vai até a nova sede e procura o administrador, Arnaldo o nome dele. Ele é super gente fina. Fala que a Mara deixou. Ele só se entende comigo. Como não abriu ainda, Alexander não vem se metendo nesse novo restaurante. Coitado, tem outros milhares para se preocupar. Mas então, como eu disse. Procura ele. Ele vai ajudá-la no que precisar e faça seus retoques no que precisar. Arnaldo tem o cartão da firma para qualquer coisa que precisar comprar. Então é só você procurar ele. Ale ainda não te deu um cartão não é mesmo? – Ela perguntou e, depois da quantidade de informações que eu tinha recebido, eu só conseguia piscar atônita e perguntar:
– O que? – E Mara riu mais uma vez de mim enquanto falava:
– Eu devolvi o cartão que ele me deu para comprar as coisas para você. Ele disse que ia dar para você então. Aparentemente não deu ainda. Mas tudo bem. Vou lembrá-lo hoje. Até mais Sarinha. – E Mara desligou antes que o meu ser atônito protestasse e dissesse que não queria maldito cartão algum, que não estava sendo comprada coisíssima alguma. Enfim, mas eu tinha ficado atônita a ligação toda e Mara sabia como deixar os outros assim.
Respirei fundo e decidi que ia para o meu emprego. Outro momento me resolveria com Alexander sobre essas coisas envolvendo Alexander e sua mania de comprar os outros.
*
– Vamos Dobby. Ae Dobby! – Comemorei ao ver o meu lindo carro ligar novamente. Uhu! Depois de tanto tempo tendo me abandonado, ele enfim estava vivo! Isso era um milagre! Nunca agradeci e odiei Dobby ao mesmo tempo. Mas ele merecia. E eu decidi dar uma de louca enquanto reclamava para o meu próprio carro, enquanto dirigia, o quanto ele tinha sido um Dobby mal.
– Você me abandonou quando mais precisei! Tudo bem que eu não seria chefe agora se não fosse esse abandono, mas hey! Isso não se faz, okay? Você foi um dobby muito mal! Já imaginou se eu tivesse ficado gripada? Ou se Alexander fosse um assassino? Olha no que você me meteu seu malvado! – E continuei reclamando para o ser inanimado, como se esse fosse vivo, até quando cheguei onde seria a nova sede das redes Falcão.
A fachada ainda estava coberta, escondendo o logotipo da rede. O logotipo era uma das coisas mais bonitas que eu já tinha visto. Era um falcão desenhado em preto com contornos finos e ao lado havia escrito Falcão.
Mesmo sem a fachada, tudo andava ali em pleno vapor. Havia pintores pintando a calçada do lado de fora do restaurante, outros moços colocando um vidro na entrada e, conforme eu adentrava o restaurante, os trabalhos continuavam. Havia algumas mulheres limpando o teto, outros homens envernizando as cadeiras de madeira antiga do restaurante. Na cozinha, um homem estava lavando toda a louça mais uma vez e um casal havia chegado com alguns mantimentos mais não perecíveis para estocar na parte de trás do restaurante. Estava tudo tão em completo movimento que só percebi que um homem tinha se aproximado de mim quando ele me cumprimentou:
O dia, após isso, passou tranquilamente. Comecei minhas anotações num bloco de folhas que carrego comigo e passei a fazer os testes que nunca achei que teria tempo para fazer. Eram muitos e eu acreditava que aquele dia não seria suficiente para tantos, mas não ligava. Ainda haveria algum tempo relativo até a inauguração e eu aproveitaria esse tempo para isso: Cozinhar.
Conforme terminava alguma receita, mesmo não estando ainda ao meu agrado perfeccionista por completo, eu oferecia aos empregadores dali, pois não sabia quanto tempo deveriam ficar, coitados, trabalhando sem comer alguma coisa. Num primeiro momento eles negavam, diziam que não havia necessidade, mas depois de grande insistência minha, de que não queria levar essas coisas para o lixo, eles concordavam e acabavam comendo.
Fiquei boa parte do dia assim e somente a noite consegui ter acesso mais calmamente ao meu celular. Observei que havia apenas uma mensagem de Alexander, dizendo que estava preso no trabalho, e nada mais. Concordei, enquanto continuava com o que queria.
Talvez em parte eu também estivesse querendo fugir das pessoas. A cozinha me mantinha compenetrada na comida e em mim mesma e nada mais. E isso me era um alívio, pois grandes tumultos já me bastavam nas reuniões de família. Agora, também, com vovó e mamãe em casa, era ainda pior, pois todo o barulho do qual eu não gostava, estavam concentrados no meu miniapartamento. E disso, eu preferia fugir.
– Dona Sara, nosso trabalho acaba agora, as 19h. A senhora pretende ficar mais algum tempo? – Pergunta Senhor Arnaldo coçando a parte da cabeça careca. Estava concentrada treinando mais uma das ideias fenomenais que achei que tinha. Olhei-o e dei um sorriso amarelo. Na verdade, se pudesse, eu queria continuar até mais tarde, mas não queria atrapalhar o Senhor Arnaldo a esse ponto.
– Não, que isso... – Disse, mas acho que Arnaldo percebeu que eu estava só tentando não atrapalhá-lo, já que ele logo arrumou uma maneira de melhorar a situação.
– Dona Sara, façamos assim. Hoje não dá para eu ficar, mas amanhã eu faço uma cópia da chave da porta da cozinha. Tem um segurança que fica de ronda no prédio. A única parte que ele não faz ronda é nos fundos. Daí eu te dou a chave da cozinha para você trancar, e você sai pelo acesso da frente, que o seu João cuida da senhora até a hora que a senhora quiser ficar aqui. O que "cê" acha da ideia, senhora? – Ele pergunta e a ideia não precisou nem chegar ao meu cérebro direito ao ponto de eu gostar dela. Concordei no mesmo segundo.
– Mas é claro Seu Arnaldo! Fechou então! – Disse fazendo o homem rir enquanto balançava a cabeça diversas vezes. Estava fechado então.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Sal, Pimenta e Amor(Completo)
Esse livro é certamente o melhor que eu ja li aqui no site,pelo titulo achei que ia ser picante mais fiquei feliz ao perceber que não teve sexo no contexto....