Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 242

Ao sair, a porta b**e suavemente e Marina fica sozinha no quarto, sentindo o peso das palavras da sogra. Mas em vez de deixar aquilo afetá-la, ela respira fundo e encara seu reflexo no espelho. O sorriso volta aos seus lábios, firme e decidido. Nada e ninguém estragaria aquele dia.

A porta do quarto se abre e sua mãe entra com uma expressão intrigada, claramente percebendo que algo aconteceu durante sua breve ausência. Ela olha para a filha, que continua diante do espelho, ajustando o véu com movimentos lentos e precisos.

— Está tudo bem por aqui? — pergunta, tentando soar tranquila, mas não conseguindo esconder a preocupação.

Mantendo o olhar fixo no próprio reflexo, Marina respira fundo antes de responder:

— Sim, mãe.

Estreitando os olhos, Daniela cruza os braços enquanto observa a postura da filha.

— Tem certeza? Porque aquela mulher saiu daqui com o olhar assustador.

Soltando uma leve risada irônica, Marina balança a cabeça.

— Ela sempre foi assim, mãe. E, pelo que acabei de constatar, sempre será.

Daniela dá um passo à frente, inclinando-se um pouco para tentar captar o olhar da filha.

— O que aconteceu, filha? — insiste, com a preocupação evidente em sua voz.

Marina se endireita, ajeitando a barra do vestido com uma calma que não reflete o furacão interno.

— Nada que eu já não esperasse — diz com firmeza. — Mas, uma coisa é certa: ela não vai estragar o meu dia. Isso eu garanto.

Daniela suspira, claramente desconfortável com o mistério.

— Se ela te disse algo que te ofendeu, não acha que deveria contar ao Victor? Ele precisa saber como a mãe dele está agindo — sugere.

Finalmente Marina vira-se para encará-la. Sua expressão é determinada, mas suave, mostrando que ela já havia refletido sobre aquilo.

— Não farei isso, mãe. Porque é exatamente isso que ela quer — explica, segurando as mãos da mãe. — Ela quer causar um drama, desestabilizar a mim e ao Victor, e nos fazer duvidar do que estamos construindo. É uma tentativa de nos dividir, e eu não vou dar a ela esse gostinho.

Daniela fica pensativa por um momento, mas logo seus lábios se curvam em um sorriso orgulhoso.

— Você tem razão, filha. Não deixe que nada ou ninguém estrague o dia maravilhoso que Deus preparou para vocês.

Sorrindo de volta, com os olhos brilhando, Marina conclui:

— E não deixarei, mãe. Hoje é o início de uma nova etapa, e não há espaço para mágoas ou ressentimentos.

Daniela a puxa para um breve abraço, ajustando o véu da filha antes de se afastar.

— Esse é o espírito. Agora, vamos terminar de arrumar tudo. O seu noivo está lá fora esperando para te ver caminhar até ele.

Sorrindo novamente, Marina sente o coração se aquecer com as palavras da mãe. A força de que precisava estava ali: em seu amor, na sua fé e na certeza de que nada seria capaz de apagar a felicidade daquele dia.

Sorrindo, os dois trocam um olhar cheio de cumplicidade. Ele estende o braço e ela o segura, sentindo a segurança e o amor que sempre estiveram ali.

— Vamos, minha menina. Tem alguém muito especial te esperando lá fora — José diz, com a voz firme, mas ainda emocionada.

Marina respira fundo e assente.

— Estou pronta, pai.

A marcha nupcial começa a preencher o ambiente, ressoando como uma promessa de amor eterno. As portas do salão se abrem lentamente, e Marina, apoiada no braço do pai, aparece, irradiando elegância e serenidade. Como se guiados por um magnetismo irresistível, os olhos dela encontram os de Victor.

Ele está em pé em frente ao altar, com o semblante mais sério do que o habitual, mas ao vê-la, uma transformação acontece. Sua expressão suaviza e um sorriso genuíno ilumina seu rosto, cheio de admiração e emoção. Victor respira fundo, como se estivesse tentando conter a torrente de sentimentos que o invade. Seus olhos brilham com um misto de orgulho, amor e uma leve incredulidade de que aquele momento estava finalmente acontecendo.

Marina sente as bochechas corarem ao perceber a intensidade do olhar dele. A segurança transmitida por José ao seu lado a ajuda a manter o passo, mas o mundo parece diminuir, deixando apenas ela e Victor naquele instante.

Victor mal percebe os murmúrios dos convidados ou a música ao fundo. Para ele, tudo desaparece, exceto a figura da noiva caminhando em sua direção, como um anjo envolto em luz. Ele não consegue evitar; sua mão vai instintivamente ao peito, como se pudesse acalmar o coração que b**e descompassado.

Quando ela finalmente para ao seu lado, Victor dá um passo à frente, estendendo a mão para ela.

Antes de seus dedos tocarem os dela, José se aproxima e declara:

— Cuide do meu bem mais precioso, isso é a única coisa que peço.

— Não se preocupe, sogrinho, eu sou capaz de dar a minha vida por ela — Victor diz, com toda a sinceridade.

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