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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 270

Os dias seguintes após o término do julgamento foram os mais difíceis, afinal, em todo o lugar só se falava sobre isso. Televisões, mídias sociais e todos os meios de comunicação dedicavam espaço ao caso, analisando cada detalhe das sentenças de Andressa, Joana e Xavier.

Mesmo assim, Victor e Marina escolheram se dedicar a pequenos gestos para recuperar a normalidade. Eles decidiram evitar assistir noticiários e se afastaram temporariamente das redes sociais. Rodrigo e Valentina também se mostraram presentes, oferecendo apoio e ajudando a manter um ambiente mais leve.

Após dois meses de toda a repercussão, eles começam a retomar a normalidade. O trabalho volta a ocupar boa parte dos dias, mas agora, como recém-casados, ambos aprendem a equilibrar as responsabilidades profissionais com os momentos a dois.

É uma tarde de sexta-feira, e Victor está em seu escritório, mergulhado em pilhas de documentos que se acumularam nas últimas semanas. Ele mal nota o tempo passar até ouvir uma leve batida na porta. Levantando os olhos, vê Marina entrando. Um sorriso imediato ilumina seu rosto.

— Você não imagina como ilumina o meu dia quando aparece por aqui — diz ele, com um tom carinhoso, enquanto deixa os papéis de lado para dar atenção a ela.

Marina sorri, colocando a bolsa em uma cadeira próxima, enquanto se aproxima da mesa.

— Confesso que estava me segurando para não vir mais cedo, mas estava tão atarefada que não consegui — responde ela, olhando-o com doçura.

— Eu não me importo que deixe o trabalho de lado para me fazer uma visita — declara ele, estendendo a mão para puxá-la para mais perto.

Ela ri, brincando enquanto se senta no colo dele.

— Como meu chefe, você não deveria dizer algo assim — provoca.

Victor inclina-se e beija suavemente seu pescoço antes de sussurrar:

— Não falo isso como seu chefe. Falo isso como o seu homem.

Ela sente um leve arrepio com a proximidade e toca delicadamente o rosto dele, observando-o com um olhar cúmplice.

— Não me fale desse jeito, se não vou esquecer todos os meus compromissos para me trancar nesse escritório com você.

— Que tal começarmos agora mesmo? — ele insinua, tocando suavemente as coxas dela e subindo a sua saia.

— É o que eu mais queria — sussurra em seu ouvido, deixando uma leve mordida no lóbulo de sua orelha. — Mas não foi por isso que vim — revela, se afastando rapidamente.

A atitude inesperada dela o deixa sem reação.

— Não me provoque, loirinha — ele diz, fechando os olhos e tentando se conter.

— Meus pais nos chamaram para jantar hoje à noite — diz ela, mudando de assunto, mas ainda com o tom leve. — O que acha?

Mesmo suspirando levemente, o sorriso dele não desaparece de seus lábios.

— Acha que já não tivemos jantares familiares o suficiente para preencher uma década inteira? — brinca.

— Talvez, mas eles sentem sua falta. E não posso culpá-los, afinal, você é irresistível — Marina responde com uma risada.

— Tudo bem. Só vou porque você pediu. Mas confesso que o que gostaria mesmo de fazer esta noite era outra coisa — diz, com um olhar cheio de malícia, enquanto seus lábios formam um sorriso tentador.

Ela estreita os olhos sem deixar que o sorriso escape de seus lábios.

— Não se preocupe com isso, amor. Teremos o restante da noite só para nós — responde, piscando e jogando um beijo no ar.

Antes de fazer um gesto com a mão, chamando-a de volta para se sentar em seu colo, ele a observa com um olhar cúmplice.

— Agora que já decidimos isso… vem aqui, vem! — convida-a, em tom brincalhão.

— Você sabe muito bem que não foi uma decisão nossa, Rodrigo. As coisas foram tão… intensas que não tivemos escolha. Mas não se preocupe, a lua de mel virá, e quando vier, vamos desaparecer por um bom tempo.

Rodrigo ri, balançando a cabeça.

— Certo, mas até lá, vai ter que aguentar mais alguns jantares em família. Eu e a Valen temos algo importante para contar a vocês — anuncia, com um sorriso enigmático, antes de se virar para sair.

— Ei, não venha com segredinhos, Rodrigo! — Victor protesta, franzindo o cenho, mas o irmão apenas ri, balançando a cabeça.

— Vocês vão saber na hora certa — responde, já na porta. Sem dar mais explicações, ele sai da sala, deixando ambos novamente sozinhos.

— O que será que eles têm a dizer? — Marina pergunta, cruzando os braços com uma curiosidade evidente em seus olhos.

— Provavelmente nada de mais — Victor diz, dando de ombros. — Deve ser para anunciar que finalmente marcaram a data do casamento. Você sabe como o Rodrigo gosta de fazer suspense. Não precisa ficar tão curiosa.

Claramente não satisfeita com a resposta, Marina arqueia a sobrancelha, mas antes que possa continuar o assunto, Victor se aproxima dela com um sorriso malicioso.

— Agora, vamos voltar ao que realmente importa — murmura, envolvendo a cintura dela com os braços e puxando-a para mais perto.

— E o que seria isso? — ela pergunta, fingindo inocência, enquanto um sorriso brinca nos lábios.

— Deixe-me refrescar sua memória — sussurra ele, antes de beijá-la lentamente, fazendo com que o resto pareça perder importância.

Quando finalmente se afastam, Marina sorri e acaricia o rosto dele.

— Acho que agora me lembro onde paramos — brinca, antes de envolvê-lo em outro beijo, como se nada mais no mundo importasse além daquele momento.

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