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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 277

Após convencer Marina de que poderiam ter um bebê, Victor se dedicava com entusiasmo a concretizar esse desejo. Sempre que tinha uma oportunidade de ficar sozinho com ela, não dava trégua.

— Victor, por favor, você tem uma reunião em trinta minutos — diz ela, tentando conter a apreensão, enquanto o vê trancando a porta do escritório.

Ele sorri de canto, aproximando-se dela com um olhar confiante.

— Não se preocupe, meu bem. Esse tempo é mais do que suficiente para nós — responde, segurando-a suavemente pela cintura.

E assim se passaram alguns meses, marcados por uma ansiedade silenciosa que crescia a cada pequeno sinal. Sempre que Marina sentia um leve enjoo ou percebia alguma mudança em seu corpo, a esperança se acendia nos olhos de ambos, cheios de expectativas e sonhos ainda não concretizados. No entanto, a chegada da menstruação vinha como um balde de água fria, dissolvendo as ilusões e trazendo consigo uma frustração difícil de disfarçar. Ainda assim, entre suspiros e olhares cheios de cumplicidade, eles se recusavam a desistir, alimentando a esperança de que, em algum momento, a notícia tão esperada finalmente chegaria.

Após mais um dia de trabalho, Marina chega em casa com o marido, mas, ao contrário do habitual, não entra de imediato. Com um leve suspiro, avisa a Victor:

— Vou sair um pouco, preciso ir à casa dos meus pais.

Ele a observa por um instante, franzindo levemente a testa.

— Quer que eu vá com você? — pergunta, num tom educado.

Forçando um sorriso, ela balança a cabeça em sinal de negação.

— Não precisa, amor. Pode ir descansar, eu não vou demorar.

Após se despedir com um beijo rápido, ela caminha até a casa dos pais. O ar do fim da tarde é fresco, mas não alivia a inquietação que cresce em seu peito. Quando chega, encontra a mãe regando as plantas no jardim da frente.

Ao avistar a filha, Daniela ergue o olhar, surpresa.

— Mari? Que surpresa te ver a essa hora! — diz, segurando o regador nas mãos.

Marina sorri de canto, mas seus olhos carregam uma seriedade incomum.

— Oi, mãe… Que bom encontrar a senhora sozinha…

Notando de imediato a mudança no tom da filha, Daniela larga o regador, aproximando-se com preocupação.

— Aconteceu alguma coisa, Mari?

Marina desvia o olhar e balança a cabeça rapidamente.

— Não é nada, mãe. Eu só queria saber se a senhora está livre amanhã cedo para ir comigo a um lugar.

A fala da filha a faz franzir o cenho e a apreensão cresce em sua expressão.

— Claro, filha… Mas onde quer que eu te acompanhe?

Mordendo os lábios, Marina desvia o olhar, enquanto seus dedos inquietos se enroscam entre si.

— Numa consulta médica — declara, num tom de voz baixa, quase um sussurro.

Daniela arregala os olhos e o seu semblante se torna ainda mais preocupado.

— Consulta médica? Você não está se sentindo bem?

Suspirando profundamente, Marina percebe que não pode mais fugir das perguntas.

— Eu estou bem… — hesita, mexendo no anel de casamento com nervosismo. — É que… eu só quero saber se há algo de errado comigo.

Daniela estreita os olhos, tentando compreender a aflição da filha.

— Como assim?

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