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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 281

Seu coração parece parar por um segundo enquanto as linhas finalmente aparecem. Ela pisca algumas vezes, certificando-se de que não está vendo errado. Um nó se forma em sua garganta e suas mãos apertam o mármore frio da pia.

— É... positivo? — sussurra, com a voz quase inaudível, tomada por uma mistura de choque e emoção.

Lá, diante dela, as duas linhas nítidas indicam o que tanto desejou ver por tanto tempo. Seus lábios se entreabrem em um sorriso hesitante, e uma lágrima solitária escorre por sua face.

Um turbilhão de pensamentos invade sua mente, desde a alegria incontida até a incerteza sobre como compartilhar a notícia com Victor. No entanto, por um instante, se permite apenas sentir.

Ela leva a mão ao ventre, como se estivesse se conectando com aquela nova realidade, e sussurra com a voz embargada:

— Eu vou ser mãe…

Temendo que tudo não passasse de uma ilusão, abre rapidamente a segunda caixa, com as mãos ainda trêmulas. Ela repete cada passo com precisão, tentando conter a ansiedade que aperta seu peito. Seus pensamentos correm em todas as direções, mas, no fundo, sua mente já parece ter aceitado a verdade que se desenha diante de seus olhos.

Assim que o resultado positivo se confirma pela segunda vez, Marina cobre a boca com as mãos, sentindo uma onda avassaladora de emoção tomar conta de si. Em um instante, seus olhos se enchem de lágrimas e, incapaz de conter a felicidade, ela começa a pular de alegria no pequeno banheiro.

— Meu Deus… é real! — exclama, rindo e chorando ao mesmo tempo, abraçando a si mesma como se quisesse eternizar aquele momento.

A felicidade transborda de seu peito, preenchendo o ambiente com uma energia que ela nunca imaginou sentir. O sonho que parecia tão distante finalmente se tornara realidade.

Enxugando as lágrimas com as costas das mãos, sai do banheiro e se depara com Suzan, que continua ali, de pé, aguardando silenciosamente. Ao ver os olhos brilhantes e o sorriso radiante da chefe, Suzan entende imediatamente a resposta, sem que nenhuma palavra precise ser dita.

— Deu positivo, Suzan! — exclama, emocionada. — Eu estou grávida!

Um sorriso genuíno se espalha pelo rosto de Suzan, que rapidamente se aproxima e a envolve em um abraço caloroso.

— Parabéns, dona Marina! — felicita, com os olhos igualmente marejados. — Que esse bebê traga muitas alegrias para a senhora e para o senhor Victor.

— Obrigada! — responde com a voz animada e trêmula. — Eu estou tão feliz, Suzan, que mal consigo conter a agitação dentro de mim! — diz, rindo de pura felicidade. — Quero contar para o Victor agora mesmo. O que acha?

Suzan assente.

— Acho que a senhora deve fazer isso, sim. Tenho certeza de que ele ficará radiante com a notícia.

Acenando, ela pega o teste de gravidez nas mãos e caminha decididamente até a porta. Mas, ao estender a mão para a maçaneta, para de repente, hesitando.

— E se eu fizesse uma surpresa? — questiona, pensativa.

Suzan sorri ainda mais, divertida com a indecisão da chefe.

— Seria uma ideia incrível!

No entanto, Marina morde o lábio inferior, balançando a cabeça.

— Mas não sei se conseguiria guardar essa emoção por muito tempo… — confessa, girando a maçaneta com um sorriso travesso. — Se eu não contar agora, acho que vou explodir! — brinca, saindo apressada, com o coração transbordando de alegria.

Caminhando até o elevador, tenta organizar os pensamentos, buscando uma forma de contar a notícia de um jeito especial, algo que realmente surpreenda Victor. Seu coração b**e acelerado, e a ansiedade mistura-se à felicidade que mal consegue conter.

Assim que entra no elevador, encara sua própria imagem refletida no espelho. Seus olhos brilham, e um sorriso involuntário se forma em seus lábios.

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