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Um chefe irritante e irresistível (Celia Oliveira) romance Capítulo 88

Ao chegar em casa, exausta após um longo dia de trabalho. Tudo o que Marina deseja é um momento de paz, onde possa desligar a mente e descansar o corpo. Ela se apressa em tomar um banho relaxante, permitindo que a água quente lave o cansaço acumulado. Quando está prestes a vestir seu pijama confortável, um pensamento invade sua mente, deixando-a tensa. Lembra-se da promessa que havia feito a Sávio: eles se veriam naquela noite.

— Droga — murmura para si mesma, sentindo um peso no peito.

Sentando-se na beirada da cama, sente a consciência pesar pelo compromisso que havia assumido. Sua mente estava longe, repleta de lembranças e confusões que ela mesma ainda não entendia completamente. A tarde que passou com Victor, repleta de emoções intensas e momentos inesperados, a deixa profundamente desconcertada. Ela não consegue afastar as imagens que se formam em sua mente, dos toques, dos olhares, do jeito como ele a tratou.

Sem querer, Marina começa a comparar as atitudes de Victor com as de Sávio, e a diferença entre os dois homens se torna gritante em sua mente. Victor, com sua presença intensa, demonstrou uma sensibilidade que ela jamais havia esperado dele. O modo como ele reagiu ao descobrir que ela ainda era virgem a surpreendeu. Era como se, de repente, ele tivesse despido sua fachada de homem poderoso e inabalável para mostrar algo mais humano, algo que ela nunca havia visto.

Lembrando-se de Sávio, Marina se sente estranha. A reação que Victor teve hoje ao descobrir algo tão íntimo dela era exatamente o tipo de reação que esperou de Sávio na primeira vez que saíram como namorados. Naquela noite, Sávio não demonstrou a mesma paciência, o mesmo cuidado ou a mesma compreensão que Victor havia demonstrado. Ao invés disso, ele parecia apressado, como se o que realmente importasse fosse alcançar o fim esperado, sem se importar com os sentimentos que ela carregava ou os medos que tinha.

Essa percepção a faz questionar ainda mais o seu relacionamento com Sávio. Sabia que gostava dele, que havia algo genuíno entre eles, mas agora, a comparação inevitável com Victor a deixava inquieta. Ela nunca se permitiu pensar em Victor dessa forma antes, mas agora não podia evitar. Tudo o que aconteceu entre eles, toda a química que existia, estava bagunçando sua cabeça e seu coração.

Marina suspira profundamente, sentindo-se dividida. Ela precisava decidir. Não podia mais fingir que tudo estava bem com Sávio quando, na verdade, suas dúvidas estavam aumentando. Ao mesmo tempo, não sabia o que significava a relação com Victor. Tudo parecia tão novo, tão inesperado, que tinha medo de seguir qualquer caminho sem ter certeza do que estava sentindo.

Enquanto pensava nos dois homens, se lembra do que Victor disse mais cedo. “Eu vi seu namorado sair do motel com outra mulher”

Será mesmo verdade o que Victor lhe contou, ou ele disse aquilo apenas para perturbar mais a sua mente, que já estava caótica com tudo?

— Por que Victor mentiria? — se questiona. Victor podia ter todos os seus defeitos, mas não parecia um homem que precisava usar das mentiras para se dar bem em algo.

— Posso entrar?

Daniela aparece na porta do quarto da filha com a aparência abatida. Ela continua envergonhada com tudo o que aconteceu mais cedo.

Marina assente com a cabeça. Sua mãe entra e se senta na cama, enquanto observa a filha se vestir.

— Vai sair? — questiona Daniela.

— Sim, fiquei de encontrar com o Sávio hoje — revela, sem dar muitos detalhes. Mesmo que não assumisse, Marina se sentia ofendida por todas as acusações da mãe.

— Como está o relacionamento de vocês? — questiona, querendo criar um laço de conversa com a filha.

— Eu não sei — revela sendo sincera.

— Como assim? — Daniela a encara, confusa.

— Ainda estamos no começo e não sei te dizer como estamos. Se esqueceu de que esse é o meu primeiro relacionamento? — pergunta, com a voz impaciente.

— Sim, eu sei, mas vocês se gostam e é apenas isso que importa.

— Vamos ver se é apenas isso mesmo — comenta, terminando de vestir a sua roupa.

Ela amarra o cabelo num rabo de cavalo e sai do quarto, sem se importar se a mãe iria lhe acompanhar ou não. Marina vai até a cozinha e come algo leve, depois pega o celular e caminha em direção à porta da frente.

Enquanto espera pelo namorado, se senta na calçada de casa e fica mexendo no celular. Ela responde à sua avó que havia enviado uma mensagem mais cedo e avisa que nas férias irá visitá-la. Após responder a outras mensagens, seu dedo rola pela tela e, quando vê a foto de Victor em uma das conversas, decide parar para observá-lo.

“Tão perfeito”, pensa, enquanto olha para a foto do perfil de Victor.

Ela fecha os olhos e suspira lentamente, tentando entender o que estava se passando por sua cabeça e coração.

Os faróis de um carro dobrando a esquina chamam a sua atenção. Era Sávio. Ele estaciona o carro e desce com um sorriso no rosto, mas Marina sente o peso da situação que estava prestes a enfrentar. Quando ele se senta ao lado dela e a beija, o toque é frio e o beijo sem sabor.

— Boa noite, amor — ele cumprimenta, sem perceber a distância em seu olhar.

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